Consumo de moda em França recuperou em julho

As compras de têxteis e vestuário aumentaram quase 10% em julho no mercado francês, de acordo com o Institut Français de la Mode, que destaca, contudo, que as comparações devem ser vistas com cautela.

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Os resultados definitivos do mês de julho do IFM Panel dão conta de um aumento de 9,5% do volume de negócios dos distribuidores de têxteis e vestuário em França em comparação com julho de 2022. «É preciso, no entanto, precisar que a referência de julho de 2022 é fraca: -14,1% em comparação com julho de 2021», sublinha o Institut Français de la Mode (IFM).

Além disso, o calendário dos saldos foi favorável ao mês de julho este ano, uma vez que os saldos, que estavam inicialmente agendados para 28 de junho a 25 de julho, foram prolongados até 1 de agosto em apoio dos comerciantes prejudicados pelos tumultos. Em 2022, o período de saldos decorreu de 22 de junho a 19 de julho.

Em comparação com o período pré-covid, a atividade comercial de julho de 2023 continua 2% abaixo da de julho de 2019.

Por canal de venda, no mês de julho, tanto as lojas físicas como online registaram uma subida comparável: +9,1% e +10,7, respetivamente.

Em valor, as vendas de têxteis e vestuário nos primeiros sete meses do ano aumentaram 2,2% em comparação com o período homólogo de 2022, mas sofreram uma queda de 0,7% a preços constantes.

«Em última análise, [os números] continuam muito atrás dos primeiros sete meses de 2019 (-6,8% em valor). O volume de negócios de todos os canais de distribuição diminuiu face a 2019, exceto nas cadeias de supermercados», refere o IFM.

Para o período entre janeiro e julho de 2023, as vendas online do conjunto dos circuitos de distribuição diminuíram 4,3% face a igual período do ano passado, enquanto a atividade comercial dos pontos de venda físicos beneficiou de uma subida de 3,7%.

«Se a tendência de descida das vendas online continuar, a sua quota nas vendas totais pode diminuir ligeiramente em 2023 em comparação com a do ano passado (foi de 18% em 2022)», indica o IFM.