A confiança do consumidor aumentou acentuadamente para um máximo de 76 meses em março, de acordo com o índice de sentimento económico da Comissão Europeia. Todos os sectores de atividade, com a exceção da construção, registaram em março um aumento no sentimento, o que sugere que a crise ucraniana não teve um impacto negativo generalizado. O índice de sentimento económico da Comissão Europeia para a Zona Euro aumentou para 102,4 pontos em março, a partir dos 101,2 pontos registados em fevereiro, 101,0 pontos em janeiro, 100,4 pontos em dezembro e 89,0 pontos em abril de 2013. O índice está acima de um mínimo de 38 meses de 85,8 pontos verificado em outubro de 2012. A maioria dos países verificou uma recuperação geral na confiança, incluindo: Alemanha, França, Itália, Espanha, Países Baixos, Portugal e Grécia. A confiança subiu para novos máximos no sector dos serviços (máximo de 32 meses), sector industrial (máximo de 31 meses) e sector do retalho (máximo de 33 meses). A confiança do consumidor em toda a Zona Euro aumentou acentuadamente em março, ficando ao nível mais alto desde novembro de 2007. A perspetiva dos consumidores sobre a situação económica recente, as perspetivas económicas e as suas finanças pessoais melhoraram em geral em março, estando bastante menos preocupados com o emprego. Olhando para o futuro, a esperança para a Zona Euro é que o atual crescimento da confiança irá incentivar as empresas a aumentar os seus planos de emprego e investimento, segundo consideram os analistas da IHS Global Insight. Espera-se que a melhoria da confiança dos consumidores, estabilização dos mercados de trabalho e uma inflação muito baixa nos preços ao consumidor (limitada a 0,7% em toda a Zona Euro em fevereiro), sustente cada vez mais os gastos dos consumidores nos próximos meses. Além disso, os dados mais recentes mostram uma modesta recuperação no crescimento dos salários da zona euro no quarto trimestre de 2014. Apesar do desemprego na Zona Euro cair em geral do seu pico de setembro de 2013, continua elevado, afetando 19,056 milhões de pessoas em janeiro de 2014, representando uma taxa de desemprego de 12,0%. Os analistas da IHS duvidam que o número de desempregados desça acentuadamente durante algum tempo. Enquanto isso, o crescimento dos salários em toda a Zona Euro ainda é bastante limitado, apesar de ter recuperado no quarto trimestre de 2013, e a política fiscal apertada continua ainda a afetar os consumidores em diversos países.