Apresentada ao mercado em 1989, nos últimos anos, a produtora de vestuário em malha tem vindo a explorar geografias e a munir-se de ferramentas que lhe sirvam de bússola na internacionalização.
Recentemente, a Consifex autonomizou o departamento de design e desenvolvimento – que garante a criação de 12 coleções anuais –, instalando-o num pavilhão no Parque Industrial de São Veríssimo.
«Há cada vez mais procura de empresas com departamentos de design próprios por parte dos clientes», afirmou a diretora comercial Celeste Brito ao Jornal Têxtil, num artigo publicado na edição de outubro.
Impulso externo
Este mesmo departamento é o responsável pela coleção própria de homem, mulher e criança da Consifex, que tem vindo a ser apresentada em feiras internacionais, de Londres a Munique.
Garantindo modelagem, corte, confeção de pequenas séries, acabamento e embalamento, o mercado externo absorve «99,9%» da produção da Consifex, com países como Alemanha, Holanda, França, Espanha e Itália na linha da frente das exportações realizadas pela empresa de Barcelos.
Como boa aluna que é, a Consifex cedo percebeu que um importante requisito para triunfar além-fronteiras era a participação em salões internacionais, tendo sido inclusivamente uma das expositoras na primeira edição da Munich Apparel Source (ver 34 + 9 em Munique).
«Foi a segunda feira que fizemos. A primeira foi em Londres, a Fashion SVP, em junho passado», revelou Celeste Brito. «Trabalhamos imenso com o mercado alemão e queremos também alargar um pouco o nosso leque de clientes», justificou sobre a escolha.
Selo de qualidade
Lado a lado com a aposta no design – o showroom da empresa conta com mais de 100 modelos –, para continuar a somar novos clientes no portefólio, a Consifex – PME Excelência em 2016 – tem garantido as certificações GOTS, BSCI, Oeko-Tex e ISO 9001.
«Gostamos sempre de pensar que o melhor cartão de visita que podemos ter é reconhecerem-nos numa loja e saber que aquele produto que está a ser apresentado e vendido por uma marca produzido pela Consifex e, se tiver uma boa qualidade, isso também vende», sublinhou Celeste Brito.
Numa avaliação global, 2017 está a ser um ano de mudança. «É um ano que está a pautar-se pela diferença porque também estamos a fazer coisas novas, portanto, está a ser interessante», resumiu a diretora comercial.
De olhos postos no futuro, a ambição passa por adicionar os mercados nórdicos ao mapa. «Seria interessante», reconheceu a diretora comercial. «Já temos um cliente dinamarquês, um sueco, mas queremos alargar. Não é um volume significativo. Mas é um mercado em expansão», adiantou ao Jornal Têxtil.