Conceito de luxo

Qual a especialidade do luxo anglo-saxónico? A resposta a esta pergunta foi suscitou o debate da VIII Conferência do diário económico «Les Echos» que reuniu marcas de luxo como a Estée Lauder, a Tiffany & Co., Paloma Picasso e Hermès. A definição de luxo não é de todo consensual. Para os americanos o luxo está associado ao prazer, à satisfação e ao conforto; os franceses acrescentam a vertente de valor-mercado definindo luxo como “algo a que nos permitimos excepcionalmente” e uma vertente estética: “algo refinado e sumptuoso”. Jean Daniel, um consultor americano especializado, dá algumas pistas: «Um produto de luxo deve ser concebido a partir da mais alta qualidade de matérias primas, desenvolvidas num estilo único e durável, realizado de acordo com os mais altos cânones de manuseamento». Para a Estée Lauder, luxo não rima com elitismo, por isso tenta baixar os preços para tornar o luxo acessível. Marc Vincent, director da divisão têxtil do grupo Richemount, compara: “Em Inglaterra o luxo é desprovido da noção culpabilizadora de inutilidade que lhe é dada em França. De facto, o luxo inglês reveste-se de dois aspectos: de um lado a tradição, sempre perene, que denota um saber-viver em conforto e descrição longe da ostentação latina. Por outro lado, uma criatividade capaz de gerar uma rebelião contra as restrições.”