Este resultado surge na sequência de uma subida de 14,2% nas exportações Intra-UE27 (totalizaram 2.917,04 milhões de euros), enquanto as exportações Extra-UE27 aumentaram 21,8% (totalizaram 1.068,12 milhões de euros). De salientar que as exportações ficaram 1,6% acima do verificado em igual período de 2019.
No que se refere à evolução homóloga mensal, verifica-se no conjunto das exportações de têxteis e vestuário um incremento de 9,1% no valor exportado em setembro face ao verificado no mesmo mês de 2020. Quando comparamos o valor das exportações de setembro de 2021 com setembro de 2019, verifica-se que este se encontra 3,6% acima do registado antes do impacto da pandemia.
Analisando em concreto as duas categorias de produtos de vestuário (com uma quota conjunta próxima de 58% das exportações), observou-se uma subida de 28,0% nas exportações de vestuário de malha (capítulo 61), para 1.714,49 milhões de euros, enquanto as exportações de vestuário exceto malha (capítulo 62) cresceram 2,9%, para 578,87 milhões de euros. No caso do vestuário de malha, o mercado Intra-UE27 aumentou 26,4%, enquanto o mercado Extra-UE27 aumentou 35,6% entre janeiro e setembro, relativamente ao período homólogo do ano anterior. As exportações de vestuário exceto malha destinadas ao mercado Intra-UE27 cresceram 2,8% em relação a igual período de 2020, enquanto as exportações destinadas ao mercado Extra-UE27 subiram 3,0%.
As exportações de outros têxteis confecionados (capítulo 63, que representa perto de 15% das exportações), que incluem a grande proporção dos têxteis-lar, registaram uma subida homóloga de 5,0% (para 597,15 milhões de euros), resultante de uma descida de 7,6% no mercado intracomunitário e uma subida de 28,7% no mercado extracomunitário. Isolando as quatro subcategorias de produtos associadas aos têxteis-lar (i.e., posições 6301 a 6304), verificou-se uma subida de 41,7% no valor das exportações.

Para além das três principais categorias de produtos, salienta-se pela positiva, no conjunto dos primeiros nove meses do ano e entre as categorias com maior representatividade (quota na ordem de 3% do valor total das exportações), o desempenho dos artigos de algodão (capítulo 52) com uma subida de 28,7%, das fibras sintéticas ou artificiais descontínuas (capítulo 55) com uma subida de 19,3%, dos tecidos de malha (capítulo 60) com uma subida de 18,5% e dos tecidos impregnados e revestidos (capítulo 59) com uma subida de 18,2%. Pela negativa, o destaque vai para as pastas, feltros, falsos tecidos e cordoaria (capítulo 56), com uma descida de 2,4%.
Importações sobem
Ao nível das importações, a representatividade nos primeiros nove meses do ano foi composta, por ordem decrescente, pelo vestuário de malha (22,6% das importações), vestuário exceto malha (22,3%), artigos de algodão (16,3%), filamentos sintéticos ou artificiais (8,3%) e fibras sintéticas ou artificiais descontínuas (6,7%).
De janeiro a setembro, observou-se uma subida homóloga de 6,8% nas importações portuguesas de têxteis e vestuário (para 2.954,58 milhões de euros), resultado da subida de 11,0% nas importações intracomunitárias (para 1.937,70 milhões de euros) e da descida de 0,3% nas importações extracomunitárias (para 1.016,88 milhões de euros). De referir que as importações ficaram 9,7% abaixo do verificado em igual período de 2019.
Considerando, em particular, o mês de setembro, verificou-se uma subida de 10,7% nas importações, em termos da comparação com o mesmo mês de 2020. Na comparação com setembro de 20219, verifica-se que as importações ficaram 0,1% acima.