Comax fecha e despede 140 pessoas

A empresa Malhas Comax, uma empresa de confecção têxtil localizada em Tamel, S. Veríssimo, no concelho de Barcelos, fechou as portas e deixou no desemprego 140 trabalhadores. De acordo com o Público, o encerramento foi decretado pelo Tribunal Judicial de Barcelos na sequência da falência decretada a pedido do Banco Espírito Santo, um dos principais credores da Comax. A empresa encontrava-se desde 1992 em processo de viabilização económica. Pelo menos 50 dos empregados da Comax deverão ser integrados em outras empresas do mesmo patrão. Mas são os trabalhadores com idades superiores a 45 que constituem uma grande preocupação para o Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes, “vai criar situações difíceis para a maioria dos trabalhadores” adverte Manuel Gil, dirigente do sindicato, em declarações ao Público Ainda assim a Comax deixa salários em atraso, uma situação que surpreendeu os responsáveis sindicais: “A empresa tinha encomendas, sempre pagou… Só pode ser uma situação de incumprimento das dívidas”, diz Manuel Gil.Também os empregados foram apanhados de surpresa: “Nunca faltaram ao pagamento. Só dois dias antes de fecharem é que o patrão nos chamou e nos disse que estava mal, mas, quando apareceram os funcionários do tribunal a fechar as portas, ficámos sem saber o que dizer”, disse ao Público uma operária. A Comax foi criada há mais de vinte anos e já empregou mais de 200 trabalhadores. Foi pioneira no sector porque foi a primeira a atribuir regalias sociais no concelho e a pagar subsídio de assiduidade aos trabalhadores. Também patrocinou várias grupos desportivos.