Com um uniforme de serviço fabricado com um tecido especial e um par de mecanismos de busca nocturnos, os soldados poderiam discretamente ver mapas detalhados sob a forma de imagens infravermelhas que apareceriam na superfície dos seus uniformes. Na Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, os fatos militares são alvo de aplicações tecnológicas. Aqui, um grupo de cientistas está a conceber imagens que podem ser imprimidas num nanofilme (molécula microscópica) orgânico e flexível. O processo inclui uma impressora a jactos de tinta e uma bateria. O nanofilme é fabricado por camadas de polímeros condutores, quem contêm polímeros que emitem luz (LEPs) que brilham em tons de verde quando são activados através de uma descarga. Começamos com uma camada de polímero condutor, explica Ghassan Jabbour, professor investigador associado de ciências ópticas, na universidade e membro da equipa de design. Depois será necessária uma cada de eléctrodos para ligar à parte positiva da bateria. Esta camada é colocada dentro da impressora. Contudo em vez de tinta simples Jabbour usa uma solução orgânica. Os químicos utilizados nesta tinta reagem com o polímero condutor de forma a imprimir a imagem desejada no material. Conseguimos imprimir os padrões modificando a conductividade das secções do polímero condutor, explica Jobbour, a zona onde o padrão não está pintado não irá emitir nenhuma luz o polímero não pode receber a corrente por isso também não emite luz, acrescenta. De seguida começa a injectar electrões que são transportados pelo material polimérico e activam as partes impressas do material para mostrar o desenho, acrescenta o professor. Apesar da equipa estar a trabalhar em protótipos do material, este ainda não está pronto para entrar em produção. A parte de produção ainda não está prevista, afirma Dunbar Birnie, um outro membro da equipa. Não é possível escrever a receita e mandar os estudantes fazê-la. Existem muitas variáveis para analisar tensão da superfície, o coeficiente dos solventes e dos polímeros, a viscosidade e a solubilidade é um problema multifacetado, argumenta Birnie. Pensamos que será possível deixar o fato à chuva mas para isso necessita ter um melhor revestimento. Precisamos de um material ainda melhor, afirmou Jabbour. Se a equipa conseguir ultrapassar estas dificuldades, o material poderá ter um vasto leque de aplicações. Mas, e como relembra Jabbour, esta inovação ainda necessita de mais investigação para o seu desenvolvimento.