Collove de corpo inteiro

A marca portuguesa de collants Collove não perdeu ritmo e embalou-se no desporto para abrir espaço na Première Vision em Paris, revelando os produtos que marcam as tendências e as novidades que não falham o tempo.

Apesar da recente existência da linha de desporto, Pedro Soares Pinto, diretor comercial da Custoitex, detentora da marca Collove, assegura que «está a ter um crescimento» consequência da contínua popularidade do athleisure no lifestyle quotidiano (ver Athleisure é tendência do ano).

Aproveitando a corrente e os mecanismos disponíveis para seguir a maré, a Collove orienta-se para o sentido mais vantajoso desta tendência, «o desporto está na moda, e existem cada vez mais marcas de desporto, mais marcas a nascer do desporto e que procuram fornecedores, principalmente, da tecnologia que utilizamos, que é o seamless, ou seja, roupa sem costuras».

O leque de produtos foi bastante variado para a marca conhecida pelos collants que, na última edição da Première Vision Paris, presenteou os visitantes com roupa interior e exterior para desporto bem como roupa de desporto para grávidas, apresentando ainda a linha shapewear e os habituais collants, meias e mini-meias, assim como toda a roupa interior que vai desde o bodie à camisola interior e t-shirt, sem deixar de salientar o facto de todos os artigos serem seamless.

A inovação não se debruça apenas no design dos produtos, mas surge também em forma de preocupação com matérias-primas sustentáveis e diferenciadoras. «Cada vez mais testamos matérias-primas, incorporamos bambu, algodão reciclado, micromodal. Fazemos várias incorporações para tornar os produtos diferentes, cada um com as suas características, uns mais quentes outros mais frescos, uns antibacterianos» aponta Pedro Soares Pinto ao Portugal Têxtil.

A marca, que regista 70% do volume de negócios resultantes do mercado interno, tem procurado reforçar a competitividade através da internacionalização. «A internacionalização é sempre boa e o private label é bom porque nos permite trocas de experiências», sem nunca perder o foco no mercado nacional, garante Pedro Soares Pinto.

Consciente do ritmo habitual de crescimento relativo aos dois segmentos que integram a Custoitex, o diretor comercial afirma que a evolução é «mais rápida em termos de private label, o que é normal, porque as marcas já funcionam e então acaba por ser uma subcontratação de produção», revelando ainda que «em termos de marca, estamos agora a tentar desenvolver o mercado espanhol, trabalhando lado a lado com o português, da mesma forma».

A estratégia adotada relativamente ao mercado espanhol será, no geral, semelhante à estratégia praticada internamente. «Vamos trabalhar em Espanha como se do nacional se tratasse, com agentes e com distribuição direta», adianta Pedro Soares Pinto ao Portugal Têxtil.

Ainda que existam mais desafios na expansão de uma marca além-fronteiras, a Collove começa a despertar o interesse em França e no norte da Europa, tendo estado igualmente presente na mais recente edição da feira Fashion SVP em Londres, com o intuito de absorver o mercado inglês.

Dispondo de um know-how com décadas de aperfeiçoamento, a Custoitex assume que as vantagens de trabalhar em private label são calculadas pela partilha de experiências, a entrada nos mercados externos e o acesso direto às tendências atuais.

«O private label é muito importante e daí também querermos crescer nessa área. Primeiro porque são clientes mais rápidos de trabalhar e segundo porque há uma troca de experiências muito importante e ficamos a conhecer bem os mercados, os países dos clientes, ficamos a conhecer o que é que eles procuram e o que é que não procuram», explica o diretor comercial da empresa.