O desenvolvimento, realizado no âmbito do projeto Texboost, é uma evolução face ao colete anterior produzido pela Polisport, que incluía um painel rígido e um têxtil ligados por parafusos e exigia uma assemblagem mais morosa, como desvendou Hugo Caracol, diretor de inovação da empresa especialista em equipamentos para ciclismo e motociclismo off-road. «Com este projeto, o que era pretendido era uma diminuição de tempo e custos no processo. Além disso, queríamos dar conforto, flexibilidade de movimentos, ergonomia, um melhor fitting e design», assumiu Hugo Caracol, atingindo, assim, «algo mais apelativo para o utilizador final», acrescentou.
Na parte têxtil, que se desejava que fosse macia e proporcionasse conforto termofisiológico, com respirabilidade e barreira térmica, foram testadas mais de 60 combinações, «porque qualquer variação influenciava o processo de injeção», destacou o diretor de inovação. A seleção recaiu sobre uma malha 3D, um não-tecido, uma malha de jersey e um polimérico de proteção ao impacto TPE. Já a parte exterior «tinha que ter a proteção ao impacto, logicamente, e depois tinha de ser de fácil lavagem», apontou Hugo Caracol, ressaltando ainda que «a parte estética era algo também muito importante para os próprios pilotos».
O colete foi validado com pilotos em termos de flexibilidade, ergonomia e liberdade de movimentos. «Este produto demonstra uma grande flexibilidade em relação a um produto convencional, tem uma parte rígida e toda uma parte mais maleável, que se ajusta muito ao corpo e evitamos, com a sobre-injeção, toda a parte das fixações que tínhamos no anterior projeto, não só a nível de parafusos e fixações, como mesmo a componente da costura, que também é muito reduzida», apontou Hugo Caracol.