Desde o início do ano que as exportações nacionais de têxteis e vestuário não param de crescer. Segundo os números avançados pela ATP – Associação Têxtil e Vestuário com base nos dados provisórios do INE, as empresas portuguesas do sector venderam, em maio, mais 10,6%, para 406,8 milhões de euros, aos mercados externos em comparação com o mesmo mês do ano passado, contribuindo para que entre janeiro e maio as exportações tenham aumentado 11,2%, para um total de 1,96 mil milhões de euros, «com todas as categorias de produtos a assumirem bons resultados», destaca Paulo Vaz, diretor-geral da ATP. Os filamentos sintéticos ou artificiais (+43%, para 39,1 milhões de euros), as pastas, feltros e artigos de cordoaria (+18,9%, para 121,3 milhões de euros), o vestuário e acessórios exceto malha (+16,9%, para 285 milhões de euros) e o vestuário e acessórios de malha (+11,9%, para 779,3 milhões de euros) foram as categorias com melhor performance. «Os artigos têxteis confecionados, onde se incluem os têxteis para o lar, registaram um crescimento superior a 4% nas suas exportações», sublinha Paulo Vaz, que aponta ainda a boa performance dos artigos de algodão, com um crescimento de 11,6%, para 69,2 milhões de euros. Em termos de destinos, a União Europeia mantém-se como o principal mercado do made in Portugal, com Espanha (com uma quota de 31,6%), França (14,2%), Reino Unido (8,8%), Alemanha (8,3%) e EUA (4,5%) a constituírem o top 5 dos destinos das exportações nacionais do sector. «É notável a dinâmica de crescimento para alguns países, nomeadamente para a Noruega (+81,3%), Angola (+26,1%), França (+22,9%), Roménia (+20%), Polónia (+19,9%), China (+18,9%), EUA (+16,2%), Espanha (+14,6%) e Suécia (+14,3%)», enumera o diretor-geral da ATP. Em sentido contrário, as importações registaram igualmente um crescimento de dois dígitos (+10,6%, para 1,43 mil milhões de euros) nos primeiros cinco meses do ano, com um aumento das compras de tecidos impregnados (+23,2%, para 50,4 milhões de euros), tecidos de malha (+23,1%, para 42,8 milhões de euros), outros artigos têxteis confecionados (+15,7%, para 54,4 milhões de euros), vestuário e acessórios de malha (+15,2%, para 330,5 milhões de euros) e vestuário e acessórios exceto malha (+14,5%, para 372,5 milhões de euros). Os principais fornecedores foram Espanha (34,5%), Itália (13%), Alemanha (8,1%), França (7,7%) e China (5,8%), embora mercados como Marrocos (+221,1%), Irlanda (+37,4%) e Reino Unido (+21,8%) tenham reforçado a sua posição. No final do período, a balança comercial nacional registava um saldo positivo superior a meio milhão de euros (cerca de 526,6 mil euros).