A Mississippi State University (MSU), localizada nos EUA, está a utilizar plantas geneticamente modificadas no seu plano de criação de algodão para obter melhores variedades de algodão para os produtores. «Esperamos que algo de relevante surja deste trabalho, para ajudar os agricultores», refere Peggy Thaxton, criadora de algodão no Delta Research and Extension Center da MSU. Thaxton está a utilizar o pólen de uma linha de algodão transgénico do Estado do Mississippi com o objectivo de obter cruzamentos que possam ser utilizados pelos produtores privados de algodão. As experiências são desenvolvidas em conjunto com Ted Wallace, criador de algodão da MSU no campus universitário de Starkville, e com a Monsanto, empresa produtora de sementes geneticamente modificadas. Thaxton quer fundamentalmente aumentar a produção e a qualidade da fibra da linha de algodão geneticamente modificado (ou transgénico) da MSU. «A qualidade da fibra é muito importante para mim e para o programa para o futuro dos agricultores», refere Thaxton. «Esperamos conseguir linhas de algodão transgénico de qualidade muito elevada, desenvolvidas de forma a podermos ser competitivos no mercado internacional». Bill Meredith, distinguido investigador genético e criador de algodão no serviço de investigação agrícola (Agriculture Research Service) do departamento norte-americano de agricultura (U.S. Department of Agriculture) em Stoneville, concorda que a actual qualidade e produtividade das fibras precisam de melhorar. «O mundo está a modificar-se e os nossos principais clientes estão no estrangeiro», refere Meredith. «Eles desejam fibras que sejam diferentes das lançadas durante a década de 1990. De forma a maximizar os resultados dos nossos produtores, é necessário aumentar a produtividade e a qualidade da fibra e utilizar bem os transgenes». Outras características que Thaxton quer incorporar são: resistência a fungos, resistência a doenças e resistência a insectos. «Espero incorporar características na linha de algodão transgénico que a empresas privadas não façam», refere Thaxton. «Eles querem aumentar a produtividade porque têm de vender as suas sementes, mas nós somos mais flexíveis, na medida em que podemos trabalhar também com outras propriedades». O algodão transgénico, ou algodão que foi geneticamente modificado para conter características artificiais à planta original, é semeado em mais de 98% da área produtora de algodão do Mississippi. Um recente acordo com a Cotton States, unidade de negócio da Monsanto, permite aos produtores de algodão da MSU adicionarem as características transgénicas já incorporadas pela Monsanto no seu programa de desenvolvimento. «As probabilidades de um produtor ver uma variedade de algodão do Estado do Mississippi são significativamente melhoradas caso seja transgénico», refere Wallace. «A Cotton States permite a entrada no mercado de produtos que de outra forma não seria possível. Dá aos criadores de plantas o acesso a tecnologia que normalmente não teríamos acesso». Wallace criou a primeira linha de algodão transgénico da MSU por intermédio da Cotton States, ao enviar para a Monsanto, para integração de características, um algodão de elevado desempenho que ele próprio desenvolveu. «Uma das minhas variedades, MISCOT 8806, teve um desempenho na ordem dos 95% entre os melhores nas verificações comerciais, justificando a integração da característica», refere Wallace. «Em Maio de