Há cem anos, a 21 de Janeiro de 1905, nascia na pequena cidade portuária francesa de Granville um nome que viria a ser incontornável no mundo da moda: o de Christian Dior.
Artista por vocação, Dior revolucionou a maneira de vestir nos anos cinquenta. Após o período de restrições imposto pela Segunda Guerra Mundial, o criador impôs um estilo marcado por sofisticação, glamour e feminilidade elevada ao extremo. Visionário, rapidamente percebeu que nem só de roupa vive a moda, sendo o primeiro a comercializar perfumes e acessórios associados à sua marca. Hoje, cem anos passados sobre o seu nascimento, esses conceitos continuam a fazer sentido nas criações Dior, marcadas pelo ar sonhador e extremamente feminino. E qual a mulher que não sonha com uma peça do criador pendurada no guarda-fatos? Em 1947, e após ter trabalhado na maison do estilista francês Lucien Lelong, Dior concretiza o seu mais ambicioso plano: ter um atelier próprio. O número 30 da avenida Montainge, nos glamourosos Campos Elíseos, foi a direcção escolhida, mantendo-se até hoje. Nascia, assim, a primeira casa Dior, desde logo ligada a um novo estilo e à imagem da mulher parisiense. No curto espaço de dez anos, o estilista foi bem sucedido na tarefa de criar uma casa cujo nome alcançasse fama no Mundo inteiro e tornou-se pioneiro ao obter licença para comercializar cosméticos e acessórios, política desde logo seguida por muitos outros estilistas.