De acordo com os dados apresentados pelo Emerging Textiles, as importações norte-americanas de vestuário continuaram em baixa no mês de Maio. A quebra generalizada reflecte na realidade uma nova subida nas importações com origem na China, enquanto os outros principais fornecedores registaram uma evolução negativa no mercado norte-americano. Os dados relativos à evolução nos primeiros cinco meses do ano, vêm confirmar a tendência verificada no início do corrente ano (vernotícia no PT).
Após uma quebra de 3,25% em volume no mês de Abril, relativamente a igual período de 2003, as importações norte-americanas de vestuário registaram uma quebra de 5,12% em Maio. Nos primeiros cinco meses do ano, as importações de vestuário registaram uma quebra de 1,4%, no entanto, o preço médio das importações não registou qualquer variação no período em questão.Mais uma vez, a China conquistou quota de mercado, com as importações em Maio a aumentarem 27,35%, após terem sido registadas subidas de 38,75% em Março e de 20,26% em Abril. Em simultâneo, as importações de vestuário com origem no México registaram uma quebra superior a 14%, mantendo a tendência verificada em Abril com uma quebra de 9,38%.Todos os restantes principais fornecedores de vestuário para o mercado norte-americano registaram quebras significativas em Maio, fazendo prever a tendência negativa na evolução das suas vendas após a eliminação das quotas de importação.Durante o mês de Maio, o volume das importações com origem nas Honduras e em El Salvador registaram quebras de 9,67% e de 10,83%, respectivamente, enquanto as importações com origem no Bangladesh e no Vietname registaram quebras que atingiram os 17,5% e os 24,38%.No entanto, as importações com origem na Índia e na Indonésia registaram subidas ligeiras, enquanto a Coreia do Sul registou uma subida significativa de 18,45% no mês de Maio. Apesar de ter beneficiado de uma forte subida nos meses anteriores, as importações norte-americanas registaram uma diminuição do volume durante o mês de Maio.Os fornecedores de menor dimensão continuaram a ter vantagem no acesso isento de quotas e de taxas. Como exemplo temos o caso da Jordânia, com uma evolução positiva de 61% em Maio e uma subida de 70% nos primeiros cinco meses do ano. Outros exemplos são os casos do Peru e de Madagáscar.As importações norte-americanas nas categorias mais sensíveis registaram uma clara descida nos primeiros cinco meses do ano, em especial nas categorias de vestuário de algodão.As importações registaram quebras nas categorias 338 (camisas em malha para homem e criança), 347 (calças para homem e criança) e 352 (roupa interior de algodão), com diminuição do volume na ordem dos 4,88%, 14% e 10% no período de Janeiro a Maio de 2004, relativamente a igual período de 2003.Após a quebra registada nos dois últimos anos, o volume das importações norte-americanas de fatos de algodão registaram uma subida de 185% entre os meses de Janeiro e Maio de 2004. As importações de fatos fabricados com fibras artificiais também registaram uma evolução positiva nos primeiros cinco meses do ano na categoria 638/639.Os preços de importação do vestuário em algodão não registaram quebra ao longo dos primeiros cinco meses do ano, provavelmente devido ao aumento nos preços do algodão em final de 2003. O preço médio do vestuário de lã continuou a aumentar de forma estável, enquanto os preços de vestuário fabricado com fibras artificiais continuaram a decrescer.