China ameaça 630 mil postos de trabalho

A indústria de têxtil e de vestuário americana lançou um relatório , no qual referiram que 1300 empresas e cerca de 630 mil trabalhadores deverão perder os seus postos de trabalho durante os próximos três anos, devido ao comércio ilimitado com a China. O estudo elaborado pela ATMI – American Textile Manufacturers Institute – conclui que a China está preparada para controlar dois terços, ou mais, do mercado americano de têxtil e de vestuário, assim que as quotas globais sejam retiradas a 1 de Janeiro de 2005. Se a China, que viu a sua quota de mercado aumentar cinco vezes em 15 meses, em 29 categorias de vestuário, seguir um padrão semelhante quando as quotas forem removidas, rapidamente irá controlar entre 65 e 75 por cento do mercado americano, avisa o relatório. Outros países e regiões, tais como o México, a América Latina, a Europa e a África Sub-sahariana, serão gravemente prejudicadas em mais de 42 mil milhões de dólares a nível comercial, ao serem ultrapassadas pelas empresas chinesas de têxtil e vestuário. «O aumento verificado na China foi originado por cortes nos preços, sem precedentes, numa média de 46 por cento e cortes drásticos nos Estados Unidos e noutros fornecedores», avançou a ATMI num comunicado de imprensa. «As importações da China, nas categorias não controladas, aumentaram em 2002 para 980 milhões de dólares, enquanto as importações do resto do mundo caíram 813 milhões de dólares.» «O Governo dos Estados Unidos e a comunidade mundial devem agir rapidamente no que diz respeito ao uso da salvaguarda têxtil da China para limitar o comércio chinês, antes que milhões de postos de trabalho a nível mundial sejam perdidos». Por outro lado, a China avisou que poderia considerar como “contra ordenações” os Estados Unidos lançarem imposições ou quaisquer outras restrições.