Ao divulgar o relatório anual, a organização sediada em Zurique revelou que o número de certificados e rótulos emitidos aumentaram de 21.454 para 24.205, o que corresponde a um crescimento de 13% para o período compreendido entre 1 de julho de 2019 a 30 de junho de 2020. A etiqueta “Made in Green by Oeko-Tex” foi a atração principal, com uma subida de 115%, das 1.304 para as 2.808 certificações válidas no ano fiscal de 2019/2020.
O número de outras certificações da Oeko-Tex, como a Standard 100 e a Leather Standard by Oeko-Tex, também cresceram anualmente. Já os certificados sTeP, recentemente emitidos pela Oeko-Tex, que asseguram que as instalações que adquirirem esta classificação recorrem a processos ecológicos e providenciam condições de trabalho seguras e socialmente responsáveis, registaram um aumento de 55%, para as 475 certificações válidas em todo o mundo. Atualmente, mais de 470 mil pessoas estão a trabalhar em instalações produtivas que operam com esta nova garantia.
O “Detox to Zero” da Oeko-Tex, um sistema de verificação, foi adicionado como um requisito obrigatório para as instalações sTeP, de modo a apoiar os clientes na otimização e monitorização da gestão química e da qualidade das águas residuais. Desta forma, o “Detox to Zero” ajuda as cadeias de aprovisionamento de têxteis e couro a evitarem o uso de produto químicos e a prevenir a poluição da água, o que beneficia tanto as pessoas como o ambiente.
Uma grande vantagem desta certificação mais recente é a conformidade futura do STeP com o MRSL da Zero Discharge of Hazardous Chemicals (ZDHC). O STeP tornou-se também parte integrante do ITC Sustainability Maps, uma plataforma que permite aos utilizadores entenderem melhor o panorama da sustentabilidade e conectarem-se com os parceiros de negócios.
«A indústria têxtil enfrenta grandes mudanças e, como consequência, a Oeko-Tex Association, enquanto orientadora e parceira, está a registar uma procura maior do que nunca», afirma, no relatório anual, Georg Dieners, secretário-geral da organização, citado pelo Sourcing Journal. «No futuro, os consumidores vão pensar muito mais naquilo que compram. Para simplificar estas decisões de compra, cabe às marcas comunicar transparência», explica Dieners, alertando ainda que a indústria precisa de trabalhar em conjunto para alterar os padrões de consumo e das produções, para manter os recursos do planeta intactos e assegurar a vida das próximas gerações.
«Durante a pandemia, o maior desafio que enfrentamos nas últimas décadas, a Oeko-Tex desenvolveu todos os esforços para continuar com as certificações e evitar interrupções nas cadeias de aprovisionamento», revela a organização. «As renovações dos certificados existentes foram temporariamente processadas sem as amostras para dar aos proprietários mais três meses para que pudessem recolher amostras para o teste. Para proporcionar às pessoas de todo o mundo máscaras protegidas contra substâncias nocivas, a Oeko-Tex Association dispensou a licença para a certificação das máscaras», acrescenta.
Entre abril e junho, mais de 50 fábricas de máscaras tiveram a certificação regida pela Standard 100 by Oeko-Tex que, agora, aceita um método de teste adicional, para detetar a presença de organismos geneticamente modificados nos produtos de algodão e mesmo no próprio algodão.
Para clarificar a mensagem e torná-la mais uniforme, o website da Oeko-Tex foi relançado com alterações em agosto de 2019, o que permitiu que as empresas consumidoras encontrassem o Label Check mais facilmente, uma ferramenta para verificar a validade dos rótulos.
Além do website, a Oeko-Tex também aumentou a comunicação nas redes sociais ao adicionar o WeChat na China e ao alimentar um crescimento nos outros canais.