A última edição da Casatêxtil realizada entre 11 e 13 de Outubro, na Exponor (Porto), manteve um desempenho positivo, não se ressentindo em demasia do instável clima internacional causado pelos acontecimentos de 11 de Setembro, nos Estados Unidos. Ocupando uma área total superior a 7.200m2, e com um total de visitantes que se cifrou nas 11.250 pessoas, o balanço geral deste salão acaba assim por ser positivo. Segundo Michelle Quintão, directora da Casatêxtil, o balanço que se pode fazer desta feira em termos de visitantes, é o de «uma forte presença de visitantes nacionais com perfil de profissionais, tendo-se registado uma quebra no número de visitantes relativamente ao ano anterior, devido ao facto de nesse ano a feira ter abrangido um feriado, mas ainda assim atingindo um total de 10.000 visitantes profissionais durante os três dias do certame, tendo o seu perfil abarcado todos os agentes deste sector desde compradores a arquitectos, passando por decoradores, designers de interiores, etc.». Ainda em relação aos visitantes estrangeiros, houve a registar «o clima de medo causado pelos atentados de 11 de Setembro, tendo-se verificado alguns problemas com as viagens dos visitantes oriundos dos EUA e Canadá e algumas desistências», mas «no cômputo geral o balanço é positivo, com 828 visitantes internacionais, em comparação com os 890 que visitaram a feira em 2000, o que acaba por ser uma queda pequena, registada principalmente nos visitantes americanos, facto que nos deixou satisfeitos, tendo em conta a presença de bastantes visitantes estrangeiros de diversos países, como a Espanha, Finlândia, Itália, França, Suécia, Reino Unido, Alemanha, Noruega, Holanda, Dinamarca, Bélgica e Brasil, entre outros», segundo esta responsável do certame. Já do ponto de vista dos expositores presentes na Casatêxtil mais de 210 a sua opinião generalizada foi de que «tendo em conta os recentes acontecimentos internacionais, e como a Casatêxtil é uma feira virada essencialmente para a exportação, os expositores ficaram bastante contentes com o número de visitantes estrangeiros presentes, e mesmo apesar dos visitantes americanos não terem comparecido em grande número, ainda assim soubemos através das empresas presentes que não houve cortes nas encomendas provenientes desse grande mercado», refere Michelle Quintão. Assim, o sentimento geral da parte dos expositores em relação ao desempenho da feira foi bastante positivo. No que toca aos efeitos do clima internacional no desempenho da Casatêxtil, Michelle Quintão afirma que «esse clima acabou por não afectar a feira tanto como se poderia supor, estando a organização inclusivamente a trabalhar já na próxima edição deste salão, juntamente com alguns dos expositores e fabricantes, no sentido de traçar o perfil da feira e a sua estratégia de promoção, para evitar que a feira sofra a longo prazo os efeitos desta crise internacional». O objectivo desse trabalho, desenvolvido em conjunto com as empresas e as associações do sector, é «vender» a feira no estrangeiro a partir de meados do primeiro semestre de 2002. Ainda de acordo com a directora da feira, «os efeitos desta crise são quase inexistentes, uma vez que o volume de encomendas dos EUA manteve-se estável, verificando-se apenas uma diminuição no número de viagens e das deslocações dos compradores americanos, até por causa dos elevados seguros, mas sem impacto real nos seus negócios e compras». Realizado no âmbito da Casatêxtil, o Fórum de Tendências foi organizado em conjunto pela Exponor e Casa Cláudia, tendo registado, nas palavras de Michelle Quintão, «um grande sucesso». Ainda segundo esta responsável, «este evento contou com um espaço com 12 áreas diferentes de apresentação de tendências baseados nas cores para a nova estação, bem como uma série de acontecimentos, entre os quais a apresentação de Ruiz De La Prada (Lameirinho), que contaram com a participação de diversos expositores». Assim, a «organização deste fórum ficou bastante satisfeita com o mesmo, devido fundamentalmente a dois factores: por um lado, devido à grande qualidade dos produtos expostos, que reflectiu a própria qualidade dos têxteis-lar expostos na feira, e por outro lado, pelo grande envolvimento e interesse que suscitou junto dos expositores, e que levou à sua grande participação no mesmo», conclui Michelle Quintão. No que se refere à Casatêxtil 2002, esta edição será apresentada em Fevereiro, e então serão reveladas as novidades. Segundo Michelle Quintão, «o grande objectivo da organização desta feira é melhorar a qualidade desta feira de ano para ano, e com a colaboração das empresas e das associações, tentar adaptar a feira ao momento do mercado e do sector».