É uma nova etapa importante na Carré Blanc. Após a saída, este ano, do grupo Cic (que tinha sucedido, em 2005 aos fundos de investimento 3i), a marca francesa de têxteis-lar abriu o seu capital a um novo parceiro financeiro para acelerar o seu desenvolvimento: o Cdc Capital Investissement, filial da Caisse des Dépôts et Consignations, que adquiriu em Outubro «mais de 50% do capital». A Caisse des Dépôts aliou-se aos fundos Mazzanine Management, que partilha o restante capital com a equipa dirigente da Carré Blanc, composta por seis pessoas, dirigida pelo CEO Claude Jantet. A marca de linha de casa, sedeada em Roanne, realizou no seu último exercício anual, encerrado em Janeiro de 2007, um volume de negócios de mais de 80 milhões de euros, uma progressão de 7%. Um bom resultado que continuou este ano (mais 8% acumulado até agora). «Para nós, a Carré Blanc é uma empresa de boa saúde, bem dirigida por Claude Jantet e pela sua equipa e dotada de um grande potencial», considera Lionel Cormier, director-geral delegado da Cdc Capital Investissement, que já investiu, há algum tempo, noutra marca do sector da casa, a Bois et Chiffons (móveis e decoração). «A Carré Blanc, especialista em têxteis-lar, soube investir num conceito diferenciador, baseado principalmente na compra por prazer e não na compra por necessidade, o que lhe permite destacar-se da concorrência». Lionel Cormier realça especialmente a capacidade da marca de «renovar frequentemente as suas colecções, todos os quinze dias, tal como as marcas de moda como a Zara». Uma comparação ainda mais pertinente tendo em conta que a Zara implantou em França, no ano passado, o seu novo conceito Zara Home, apoiado no mesmo princípio (preços reduzidos, renovação rápida), e não dissimula as suas ambições em França. Um novo concorrente a não subestimar pela Carré Blanc, que rivaliza já com a Descamps e consortes (Yves Delorme, Olivier Desforges, etc.), tanto em França como nos mercados de exportação. Considerada actualmente como a líder da distribuição especializada em têxteis-lar, distanciando-se de longe dos seus concorrentes actuais, a Carré Blanc tem ainda um grande distanciamento em relação aos concorrentes. O objectivo passa agora por aumentar ainda mais esta distância. «A chegada ao capital destes novos parceiros financeiros vai permitir-nos acelerar bastante o nosso desenvolvimento, principalmente no franchise», anuncia Claude Jantet, que, ao que tudo indica, deverá reforçar a sua equipa de desenvolvimento. Este plano de expansão, conduzido por Christian Tournon, abrange tanto a França (cerca de 190 lojas actualmente), com a previsão de cerca de 20 aberturas por ano, como o mercado de exportação, onde a rede actual (cerca de 50 lojas) «deve dobrar em três anos», explica Claude Jantet. A Polónia, a Ucrânia e a Bélgica estão na mira da marca, assim como a Itália e a Espanha. Na China, em contrapartida, onde a marca, entendida pelos consumidores como «luxuosa», abriu, desde 2006, quatro lojas, é tempo para fazer uma «pequena pausa», o tempo suficiente para ajustar a oferta, uma vez que os chineses mostraram-se verdadeiramente «interessados nos atoalhados Carré Blanc mas um pouco menos, até agora, na sua linha de cama». Mais espaço «O nosso plano de expansão prevê entre outros, dar preferência aos formatos maiores de lojas (250m²) para as aberturas na periferia, como a sucursal de 210m² que acabamos de abrir em Metz no retail park Metzanine», anuncia Claude Jantet. O que deve permitir reforçar a sua oferta com famílias de produtos complementares e diversos artigos técnicos que o tamanho actual das lojas (menos de 100m², geralmente) não permite acolher. As colecções para quartos de criança, Carré Blanc les Petits, continuam também a ser objecto de implantação sob a forma de corners (30m² em média) nas lojas maiores da Carré Blanc: já foram criados cerca de 40 corners, maioritariamente em França. A Carré Blanc já abriu este ano, «numa conjuntura melhor que em 2006», uma dezena de lojas (das quais duas sucursais, em Arcueil-La Vache Noire e em Metz) e tem programadas outras até ao fim de 2007. Em 2008, estão previstas 15 aberturas no estrangeiro e mais de 20 em França.
