Canadá à lupa da AICEP

O mercado canadiano de vestuário, o impacto do acordo de comércio e as estratégias de abordagem das marcas e empresas produtoras para venderem neste país é o tema do próximo webinar organizado pela Academia Internacionalizar AICEP, agendado para a tarde de 6 de julho e aberto gratuitamente a todos os interessados.

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O webinar, que tem inscrições gratuitas online, começa às 15h30 da próxima terça-feira, com um programa onde se irá debater a situação do mercado do Canadá e a sua importância como porta de entrada para os EUA, o impacto do acordo económico e de comércio (CETA) nas marcas europeias no Canadá e as estratégias, tanto para as marcas como para os negócios de private label, conquistarem o país.

A sessão, moderada por Maria João Veiga, diretora-adjunta da área da capacitação da direção de produto da AICEP, contará com a participação de Raul Travado, diretor da AICEP em Toronto, Mark Boloten e Jan Brabers, cofundadores da FashionNet, especializada na representação e apoio a marcas internacionais no Canadá, e Melvin Yee, especialista na área do private label.

Está ainda prevista a disponibilização de um guia “Entering the North American Fashion Market”.

Um mercado em crescimento

«O vestuário é atualmente a categoria com maior peso nas nossas exportações para o Canadá e este foi um dos sectores mais afetados, tal como outros muito dependentes das vendas no retalho, em resultado do prolongado confinamento que se verificou nas várias regiões do país. Porém, a economia canadiana está a reabrir e a dar sinais bastante positivos de recuperação, inclusivamente no que respeita às importações de vestuário, que mostram já uma tendência de crescimento», refere a AICEP em comunicado.

Depois da entrada em vigor, a título provisório, do CETA, a 21 de setembro de 2017, as exportações de vestuário praticamente triplicaram. Em 2017, de acordo com os dados do INE, os envios de vestuário para o Canadá cifraram-se em 5,97 milhões de euros, em 2018, ascenderam a 12,89 milhões de euros e em 2019 aumentaram para 15 milhões de euros.

O ano passado trouxe uma queda, para 9,27 milhões de euros, mas os números parecem estar a recuperar: entre janeiro e abril deste ano, as exportações somaram 3,27 milhões de euros, acima dos 2,24 milhões de euros do mesmo período do ano passado, embora ainda aquém dos 5,07 milhões de euros registados nos primeiros quatro meses de 2019.

Por isso mesmo, aponta a AICEP, «configuram-se muitas oportunidades para empresas nacionais, particularmente nos segmentos de melhor qualidade, em que o serviço e diferenciação é cada vez mais relevante na seleção dos fornecedores».