O Sector do Calçado nacional apresentou no final do segundo trimestre um aumento das encomendas, a produção estabilizou e alguns empresários garantem mesmo ter mais de dois meses de produção assegurada, avança a agência Lusa. A percentagem de empresas que declararam esta situação fixou-se nos 46.7%, o valor mais elevado dos últimos dois anos. No final do trimestre anterior ficava-se nos 28.5%. De acordo com o inquérito de conjuntura da Associação portuguesa dos Industriais de Calçado (APICCAPS) a apreciação que as empresas fazem do estado dos negócios melhorou e as perspectivas são de que se mantenha favorável. No segundo trimestre, de Abril a Junho, 70% das empresas consideravam o estado dos negócios como suficiente, mesmo tendo em conta as dificuldades ainda visíveis. Apesar da carteira de encomendas se tornar cada vez mais substancial, existe duas dificuldades persistentes: a falta de mão-de-obra e sobretudo o custo da matéria-prima. O abastecimento de matérias-primas continua a ser o principal obstáculo das empresas mas, segundo aquela associação, o ajustamento dos preços em alta, motivado pelo acréscimo dos custos, poderá estar a abrandar, diminuindo assim a principal limitação que afecta a actividade do sector. Como noticiado pela Lusa, cerca de 47% das empresas questionadas no estudo feito pela APICCAPS apontam o preço das matérias-primas como maior obstáculo.