C&A quer ser neutra até 2030

A retalhista de moda deu mais um passo no caminho para a sustentabilidade e anunciou um plano para compensar as emissões de carbono das 115 lojas que detém na Península Ibérica.

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A C&A estabeleceu recentemente as metas que pretende alcançar até 2030. Tornar-se uma marca neutra em emissões de carbono na Península Ibérica é o principal objetivo da retalhista de moda que, para isso, vai começar por compensar as emissões de carbono das respetivas lojas em Portugal e Espanha.

«Este projeto-piloto lançado em Espanha e Portugal faz parte da estratégia global de sustentabilidade da nossa empresa», garante Domingos Esteves, diretor-geral da C&A para a Península Ibérica.

Com este propósito, a empresa calculou todas as emissões de CO2 que gera, seja nas lojas ou nos escritórios, incluindo os sistemas de aquecimento, a eletricidade e até mesmo os trajetos de deslocação dos funcionários para o local de trabalho.

A iniciativa, que integra a estratégia na área da sustentabilidade da marca, foi implementada com a Climate Partner, uma consultora que proporciona soluções corporativas que visam a proteção do clima. «O processo de compensação de carbono baseia-se no facto de os gases de efeito estufa se distribuírem pela atmosfera de forma uniforme, pelo que a concentração destes gases é semelhante em todo o mundo. Por esta razão, as emissões que não podem ser evitadas localmente podem sê-lo com projetos globais de compensação de carbono», explica a C&A em comunicado.

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Na prática, o projeto assenta na transformação de campos degradados na cidade de Guanaré, no Uruguai, em «florestas úteis» que vão, desta forma, contribuir para acumular cerca de sete milhões de toneladas de CO2 durante o decorrer da iniciativa sustentável, o que será equivalente a mais de 127 mil milhões de tonelada anuais, além da reflorestação ajudar a combater o aquecimento global de várias formas, como a silvicultura sustentável, que permite a cultivação de espécies indígenas. «Por outro lado, também fornece sombra e melhora o solo, favorecendo a criação de habitats para espécies de animais e plantas, que, entretanto, foram prejudicadas pela extração ilegal de madeira e outras atividades de caça furtiva», destaca a retalhista.

Sustentabilidade como norma

A insígnia de moda tem vindo a desenvolver uma estratégia de sustentabilidade que, agora, abrange mais do que os produtos ou a produção dos mesmos. «A C&A assumiu o compromisso de tornar a sustentabilidade a norma. Não apenas através das coleções, que oferecem produtos amigos do ambiente, mas também através da cadeia de valor e das operações», explica o diretor-geral para a Península Ibérica.

A retalhista, que conta com mais de 1.400 lojas em 18 países e 31 mil colaboradores, anunciou também que vai reduzir as emissões de gases de efeito de estufa até 2030 em 30%, mais uma meta para tornar-se neutra em carbono até à mesma data. Esta ação faz parte do Plano de Responsabilidade Social Corporativa (RSC) da empresa, que atua na cadeia de produção, nas fábricas e nas lojas através do aprovisionamento e da utilização de materiais mais sustentáveis e da «gestão responsável do desempenho ambiental de sua cadeia de fornecimento».

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A eficiência dos processos na cadeia produtiva é também um ponto crucial para a C&A, que pretende que toda a eletricidade consumida provenha de fontes naturais de modo a assegurar que, até 2025, a energia aplicada é 100% renovável.

O projeto da retalhista de moda, que há mais de cinco anos procura ser transparente em relação ao inventário de gases de efeito de estufa, «contribui para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU», conclui a C&A.