- Hanesbrands deita a mão à Pacific Brands
- Macy’s recruta Lady Gaga e Elton John
- Terrorismo afeta vendas da Hermès
- Peta leva luta para a Prada
- DLF Mall of India já abriu
- Japoneses cautelosos
1. Hanesbrands deita a mão à Pacific Brands
A gigante americana do vestuário Hanesbrands comprou finalmente a australiana Pacific Brands num negócio avaliado em 839 milhões de dólares (cerca de 736 milhões de euros). Há já bastante tempo que a Hanesbrands estava a rondar a empresa de roupa interior, mas esperou até o conselho de administração da Pacific Brands terminar o programa de reestruturação de dois anos antes de avançar. O negócio mais pequeno – com 300 marcas não centrais vendidas e com a produção deslocalizada para a Ásia – permitiu à Pacific Brands registar, depois de quatro anos, o primeiro lucro líquido em fevereiro. A empresa, detentora das marcas Sheridan, Jockey, Berlei e Bonds, indicou que «a Hanesbrands reconheceu o trabalho feito nos últimos dois anos, onde o conselho de administração e a equipa de gestão liderada pelo diretor-executivo David Bortolussi moldou e simplificou o negócio para se centrar nas nossas marcas com maior qualidade e melhorar a performance operacional». O conselho de administração aceitou unanimemente a oferta de 87,73 cêntimos de dólar por ação. «Acreditamos que a oferta de 100% dinheiro da Hanesbrands é convincente e representa um prémio atrativo sobre o nosso preço médio por ação a longo prazo», afirmou o presidente do conselho de administração da Pacific Brands, Peter Bush. Se os acionistas aprovarem o negócio, a Pacific Brands vai poder usar a rede de aprovisionamento mundial da Hanesbrands para acelerar os planos de crescimento. A Hanesbrands afirmou que a compra, a sexta em três anos, acrescenta a Austrália e a Nova Zelândia aos países onde tem a maior ou segunda maior quota de mercado de roupa interior.
2. Macy’s recruta Lady Gaga e Elton John
A Macy’s recrutou Lady Gaga e Elton John para uma linha de edição limitada de vestuário e acessórios batizada “Love Bravery” que irá também angariar dinheiro para as suas respetivas fundações. Os grandes armazéns revelaram que a linha inclui calções, vestuário exterior e mochilas, assim como lenços com estampados de piano e até skates. Os produtos, que têm estampados fortes e refletem o dinamismo de ambos os cantores, pretendem ainda combater o preconceito. A iniciativa “Love Bravery” faz parte da campanha American Icons da Macy’s, um evento anual que mostra produtos americanos (apesar de Elton John ser britânico). Os itens da coleção, que estará disponível até agosto, têm preços entre os 12 e os 99 dólares (entre 11 e 87 euros), e estarão à venda online e em 150 das cerca de 750 lojas Macy’s a partir de 9 de maio. A linha foi criada pela irmã de Lady Gaga, Natali Germanotta, e pelo designer Brandon Maxwell. Cerca de 25% das vendas revertem para a Born This Way Foundation, de Lady Gaga, que tem como objeto a inclusão e bem-estar mental entre os jovens, e para a Elton John AIDS Foundation, direcionada para a prevenção, educação e apoio a portadores do vírus VIH. A linha surge numa altura em que a Macy’s está a tentar atrair mais consumidores às suas lojas e travar o declínio das vendas, que em termos comparáveis caíram 2,5% no ano passado. Os grandes armazéns têm aumentado as suas linhas com celebridades, que incluem a Kelly Ripa Home, com jogos de cama, mobiliário e tapetes, assim como produtos com os nomes de Jessica Simpson, Sean John, Ariana Grande, Thalía e Martha Stewart.
3. Terrorismo afeta vendas da Hermès
A Hermès indicou que o crescimento das vendas abrandou nos primeiros três meses do ano, com os ataques terroristas na Europa, que afastaram os turistas, e o abrandamento económico na China a pesarem na procura. O volume de negócios no primeiro trimestre atingiu 1,19 mil milhões de euros, mais 6,2% a taxas de câmbio constantes, indicou a casa de moda em comunicado, mas abaixo do crescimento de 7,2% registado nos últimos três meses de 2015. A Hermès, conhecida pelos seus lenços em seda e carteiras Kelly e Birkin, reiterou que o crescimento das vendas em 2016 pode ficar abaixo do objetivo a médio prazo de 8% a taxas de câmbio constantes «devido às incertezas económicas, geopolíticas e monetárias em todo o mundo». A casa de moda indicou que a sua divisão Seda e Têxteis foi afetada pelo impacto dos ataques na Europa e vendas mais baixas na Grande China e nos EUA. A divisão dos Relógios, por outro lado, sentiu o desafio de «um mercado ainda difícil, sobretudo na Ásia com exceção do Japão».
4. Peta leva luta para a Prada
O grupo de defesa dos direitos dos animais Peta comprou ações da Prada para prosseguir, por dentro, o seu protesto contra a utilização de pele de avestruz nas carteiras do grupo de moda italiano. A Peta (acrónimo de People for the Ethical Treatment of Animals) revelou que a ação procede de uma investigação que revelou que avestruzes com apenas um ano estão a ser mortas na África do Sul para produzir a pele que a empresa usa nas suas carteiras. «Cada carteira Prada com esta pele significa uma jovem avestruz que foi virada do avesso num eletrocutor, ejetada para cortar o pescoço e depois depenada num matadouro miserável e assustador», afirma Mimi Bekhechi, ativista da Peta. «A Peta USA está a levar a luta contra a crueldade para as salas de reuniões da Prada, onde poderá pedir à empresa para acabar para sempre com a utilização de pele de avestruz nas suas carteiras», acrescenta. A Peta está igualmente a pedir à casa de moda Hermès para acabar com o uso de pele de avestruz nos seus produtos, incluindo nas carteiras Birkin. Em estado selvagem, as avestruzes ficam com os progenitores até aos três anos. Nas quintas onde são criadas pela carne, pele e penas, muitas vezes nem chegam a conhecer os progenitores e são mantidas em cercados até serem enviadas para os matadouros.
5. DLF Mall of India já abriu
O DLF Mall of India, considerado o primeiro “centro comercial de destino” e com algumas das maiores marcas internacionais, abriu oficialmente, depois de um atraso de 18 meses. Com uma área de cerca de 186 mil metros quadrados, o centro comercial posiciona-se não só como um local de compras, mas também como «uma experiência holística de alimentação e entretenimento». Segundo o vice-presidente executivo do DLF Mall of India, Pushpa Bector, «95% do espaço no centro comercial está alugado». Os nomes internacionais incluem a H&M, a Zara, a Marks & Spencer e a Forever 21, num total de 250 arrendatários. O centro comercial deverá gerar um volume de negócios anual de 2,5 mil milhões de rupias (cerca de 33 milhões de euros), com um tráfego mensal de 3 milhões de pessoas. Aproximadamente 40% do espaço está dedicado a atrações de lifestyle e experiências, assim como alimentação e bebidas, que inclui uma praça de restauração com mais de 1.000 lugares sentados.
6. Japoneses cautelosos
Os retalhistas japoneses continuam pessimistas sobre o futuro, apesar da ligeira retoma face ao trimestre anterior, tendo em conta a instabilidade económica, sobretudo na China, que está a afetar a confiança dos consumidores. O índice de difusão de consumo Nikkei, que mede o sentimento dos negócios relacionados com o consumo, subiu para -2 em abril, dando o primeiro sinal de melhoria nos últimos seis meses. O valor negativo, contudo, indica que a perceção negativa continua a ser mais comum entre os negócios. «O sentimento dos consumidores deteriorou-se rapidamente após a queda dos preços das ações no início do ano», afirmou Ryoichi Yamamoto, presidente do operador de grandes armazéns J. Front Retailing. O índice de grandes armazéns teve a pior performance das 15 indústrias analisadas, caindo 40 pontos para -40. As agências de viagens e restaurantes esperam igualmente um agravamento da confiança dos consumidores. Os supermercados e lojas especializadas melhoraram as previsões, enquanto as expectativas das empresas de cartões de crédito e do sector automóvel permaneceram inalteradas face a janeiro. O estudo foi realizado em abril, depois dos terramotos que atingiram o sudoeste do Japão, o que também afetou a vontade dos consumidores de viajar e de comprar artigos de luxo.