Breves

  1. Inditex assina com IndustriAll
  2. Sympatex vende Ploucquet
  3. Acordo UE-China pode trazer benefícios
  4. True Religion lança jeans que poupam água
  5. Importações do Nepal sob investigação
  6. Vestuário em queda no Reino Unido

1. Inditex assina com IndustriAll

A Inditex renovou o acordo que implica a integração de especialistas em sindicatos na cadeia mundial de aprovisionamento da retalhista para ajudar com a implementação dos direitos dos trabalhadores. O Acordo Quadro Global com o IndustriAll foi inicialmente assinado em 2007 e depois renovado e reforçado em 2014. Abrange mais de um milhão de trabalhadores em cerca de 6.000 fábricas de fornecedores que fazem vestuário para as oito marcas da retalhista, que incluem a Zara, a Pull & Bear e a Massimo Dutti, e pretende promover os direitos dos trabalhadores, a liberdade de associação e a negociação coletiva. A renovação do acordo prevê a ação dos sindicalistas para implementaram o Código de Conduta para Produtores e Fornecedores da Inditex, assim como a coordenação dos sindicatos com as equipas de sustentabilidade da Inditex. «Esta nova iniciativa é um enorme marco na melhoria da cadeia de produção mundial do vestuário», considera o CEO da Inditex, Pablo Isla. «Deve ser vista à luz de um acordo central com a IndustriAll em 2007, que se mostrou ser a forma mais eficiente de acompanhar e formar os fornecedores de vestuário em todo o mundo. Estou certo que com este reforço organizacional vamos continuar a atingir objetivos sociais ainda mais ambiciosos», acrescenta. O contrato, que é único dentro do sector do vestuário, foi assinado por Isla e pelo secretário-geral do IndustriAll, Jyrki Raina, em Bruxelas, no passado dia 25 de abril. «Este acordo mostra um compromisso genuíno e sem precedentes da Inditex para melhorar os direitos dos trabalhadores nas fábricas dos seus fornecedores. O contrato é um passo significativo na promoção dos direitos dos trabalhadores na cadeia de aprovisionamento de vestuário da Inditex e vai ajudar a aumentar a capacidade dos trabalhadores de negociar salários e condições de trabalho com os empregadores. Apenas dando poder aos trabalhadores e sindicatos será possível ver uma verdadeira mudança na indústria mundial de vestuário», acredita.

2. Sympatex vende Ploucquet

A fornecedora de tecidos funcionais Smart Solutions Holding – anteriormente conhecida como Sympatex Holding – vendeu a sua subsidiária de acabamentos têxteis Ploucquet ao Kufner Group, especialista em entretelas e têxteis técnicos. O acordo, concluído na semana passada, vai permitir à Smart Solutions focar-se na expansão da sua marca de materiais respiráveis, à prova de vento e de água Sympatex, usada em sportswear, calçado, vestuário de trabalho e hotelaria. A venda inclui a unidade de produção em Zittau, perto da fronteira alemã com a Polónia e a República Checa e vai levar a que o Kufner tome conta da laminação das membranas Sympatex, assim como do acabamento de têxteis técnicos na unidade. A Ploucquet produz e distribui entretelas e é especialista no tratamento de têxteis técnicos. «Era nosso objetivo encontrar um parceiro perfeito para a Ploucquer de forma a assegurar uma produção eficiente em Zittau, na Europa Central, que é importante para nós, e oferecer aos funcionários na Alta Lusácia uma perspetiva sólida de mais desenvolvimentos aí», explica Michael Kamm, diretor-geral da Sympatex, acrescentando que «o Kufner responde a todas as nossas exigências de uma forma quase perfeita». Ulrich Sogl, diretor-geral do Kufner Group, concorda que «partilhamos os mesmos valores, temos os mesmos objetivos e servimos mercados idênticos. Com a nossa estrutura de distribuição internacional, vamos reforçar a marca Ploucquet e usar a capacidade da unidade de Zittau ainda mais».

3. Acordo UE-China pode trazer benefícios

Um novo estudo revela que um acordo de comércio livre entre a União Europeia e a China pode trazer benefícios consideráveis. Comissionado pela Foreign Trade Association (FTA) do Centre for European Policy Studies (CEPS), o estudo indica que um acordo poderá aumentar em 200 mil milhões de dólares (cerca de 177 mil milhões de euros) o PIB combinado da UE e da China até 2030 – o equivalente ao PIB da República Checa. Segundo o documento, um potencial acordo entre a UE e a China iria ter um impacto positivo em ambos os territórios: mais 1,87% para a China e mais 0,76% para a UE. «Os possíveis benefícios em termos de crescimento e emprego de um acordo de comércio livre entre a Europa e a China são substanciais», afirma Christian Ewert, diretor-geral da FTA. «O atual estudo irá servir como uma excelente ferramenta para iniciar uma discussão mais alargada sobre as futuras relações comerciais da UE e da China. Um acordo de comércio livre abrangente e profundo é bom para a União Europeia e é bom para a China», acrescenta. O estudo, denominado “Tomorrow’s Silk Road: Assessing an EU-China Free Trade Agreement”, também calcula que as exportações da UE para a China, dentro deste acordo, iriam manter mais de 2,5 mil milhões de postos de trabalho na Europa. Destaca, contudo, que o acordo só poderá ser bem-sucedido quando a China implementar reformas. A China é o segundo maior parceiro comercial da UE, a seguir aos EUA, e a UE é o maior parceiro comercial da China. Contudo, embora a UE afirme que está empenhada em abrir as relações comerciais com a China, quer assegurar que essas relações são justas do lado chinês e que os direitos de propriedade intelectual, assim como as obrigações no quadro da Organização Mundial do Comércio, são respeitados. Em novembro de 2013, ambos os lados anunciaram o lançamento de negociações de um acordo abrangente de investimento entre a UE e a China, que irá permitir uma liberalização progressiva do investimento e a eliminação de restrições para os investidores em ambos os mercados.

4. True Religion lança jeans que poupam água

A marca de denim de gama alta True Religion desenvolveu uma coleção cápsula com uma tecnologia de lavagem que usa menos água e energia e reduz o desperdício. A gama (D)Hydrate Denim que utiliza a nova tecnologia foi lançada no dia 22 de abril, coincidindo propositadamente com o Dia da Terra, e apresenta denim envelhecido com contrastes, um toque suave e elevada elasticidade e sem rugas. As etiquetas são também produzidas com papel proveniente de florestas sustentáveis. A True Religion afirma ser a primeira marca de denim a lançar esta nova tecnologia sustentável e garante que vai continuar a inovar nesta área, com mais modelos e mais lavagens. O objetivo, afirma, é «proteger os nossos recursos naturais sem comprometer detalhes de elevada qualidade por que a marca é conhecida». A linha, para homem e senhora, tem bolsos “fantasma” atrás, cosidos pelo interior para deixar uma marca recessiva no exterior. A (D)Hydrate está disponível nos cortes boyfriend e skinny para mulher e skinny e slim para homem.

5. Importações do Nepal sob investigação

A Comissão Internacional de Comércio dos EUA está a procurar dados para uma nova investigação relacionada com alguns artigos têxteis e vestuário do Nepal. A investigação, que foi pedida pelo Representante do Comércio dos EUA numa carta recebida a 30 de março, vai dar conselhos sobre o impacto provável sobre as importações americanas, indústrias concorrentes e consumidores nos EUA de conceder isenção de taxas sobre 66 produtos provenientes do Nepal. Entre os artigos estão lenços, cachecóis, chapéus e luvas. O relatório final será entregue ao Representante do Comércio até 29 de setembro, altura em que uma versão pública ficará acessível. A Comissão Internacional de Comércio dos EUA está a recolher dados para a investigação de todas as partes interessadas e irá fazer audiências públicas a 9 de junho.

6. Vestuário em queda no Reino Unido

O aumento da atividade promocional não conseguiu compensar o impacto das condições meteorológicas instáveis e das férias de Páscoa antecipada nas vendas de vestuário e calçado do Reino Unido em março, que caíram ao ritmo mais elevado desde setembro de 2014. As vendas a retalho britânicas ficaram estagnadas nas cinco semanas até 2 de abril, em comparação com um aumento de 4,7% no mesmo mês do ano passado, segundo o mais recente BRC-KPMG Retail/Online Sales Monitor. Em termos comparáveis, as vendas desceram 0,7% face a março de 2015. A categoria de vestuário registou o pior declínio em 18 meses. Os retalhistas indicaram que a instabilidade meteorológica travou a procura pelas gamas de primavera-verão. T-shirts e malhas leves não se venderam bem e as linhas de senhora foram as mais afetadas. O BRC indicou que a atividade promocional foi particularmente intensa e que os descontos foram, no geral, maiores do que no mesmo mês do ano passado. «Apesar do relógio ter trazido horas extra de luz do dia, não houve “primavera” para as vendas a retalho durante março, com um crescimento estagnado no geral», afirmou David McCorquodale, diretor de retalho na KPMG. «As Páscoas antecipadas nem sempre são boas para a indústria da moda, com os consumidores a não se entusiasmarem com as compras de moda e calçado mais leve em temperaturas mais frias e esse foi, com certeza, o caso este ano», acrescentou. As vendas online de bens não alimentares aumentaram 9,5% em março em comparação com um ano antes, quando aumentaram 12,3% face ao ano anterior. As vendas de vestuário online continuaram a crescer, mas a uma taxa significativamente mais baixa do que no mês anterior, enquanto as vendas de calçado pela internet registaram o crescimento mais baixo desde 2012.