- Messe Frankfurt e Inexmoda lançam Heimtextil Colombia
- Gastos de consumo mais controlados no início de 2020
- Entregas por drone aproximam-se da realidade
- Crescimento económico do Camboja em risco
- Forte concorrência afeta retalho online
- Joana Vasconcelos na quarta edição da Dior Lady Art
1. Messe Frankfurt e Inexmoda lançam Heimtextil Colombia
A Messe Frankfurt, uma das maiores organizadoras de feiras a nível mundial, disponibilizou a marca para a Inexmoda, um instituto privado sem fins lucrativos colombiano, que é também o responsável pelos maiores eventos de têxtil e de moda da América Latina, nomeadamente a Colombiatex, a Colombiamoda e a Colombia Fashion Week. A primeira edição da Heimtextil Colombia decorrerá em Medellin, a segunda maior cidade do país, que vai abrir portas à iniciativa em abril de 2021. No 50.º aniversário da Heimtextil Frankfurt, que decorreu de 7 a 10 de janeiro, a Messe Frankfurt e a Inexmoda anunciaram o lançamento da Heimtextil Colombia, uma nova feira para a América, que tem um grande potencial de mercado nestes sectores. Com a Heimtextil Colombia, a Messe Frankfurt pretende fortalecer a posição como líder mundial de feiras para o sector têxtil ao atingir plataformas de negócio para a casa, mobiliário e hotelaria. A Heimtextil Colombia servirá de ponto de encontro para retalhistas, distribuidores, designers, lojas de mobiliário, lojas de roupa de cama, decoradores de interiores, arquitetos e muitos outros atores da indústria de têxteis-lar, criando novas oportunidades de negócio num mercado em crescimento. «A nossa missão na Inexmoda é desenvolver soluções estratégicas para o sector da moda, que melhorem a competitividade e liguem as pessoas e profissionais através de plataformas networking, como as nossas feiras Colombiatex e Colombiamoda, que estão no mercado há mais de 30 anos. Temos a honra de celebrar esta licença com a Messe Frankfurt e estarmos prontos a receber profissionais da América e explorar oportunidades crescentes em contract, hotelaria e design de interiores», afirma Carlos Botero, CEO da Inexmoda. Já Olaf Schmidt, vice-presidente de têxteis e tecnologias têxteis da Messe Frankfurt, considera que «com a Heimtextil Colombia estamos a expandir o nosso portfólio de feiras para uma região que se está a desenvolver muito bem em termos de turismo e hotelaria, o que oferece grandes oportunidades para o negócio de têxteis-lar. Com o Inexmoda temos um parceiro forte ao nosso lado, que organiza com muito sucesso feiras no segmento de moda da América Latina».
2. Gastos de consumo mais controlados no início de 2020
Os consumidores dos EUA baixaram as expectativas a curto prazo consoante as preocupações face à oferta de empregos. A ideia de que os empregos são fáceis de conseguir tende a aumentar os níveis de confiança e ajudar nos gastos dos consumidores. No entanto, a análise de dezembro do inquérito Consumer Confidence mostra que a preocupação não está no panorama menos favorável da economia ou nos altos níveis de desemprego. Em vez disso, os inquiridos do The Conference Board revelaram que as preocupações não estão tão ligadas ao número de postos de trabalhos, mas sim ao facto de ser difícil de os conseguir. As perspetivas contrastantes dos postos de trabalho reduziram ligeiramente o nível de confiança dos consumidores em dezembro, que desceu de 126,8 em novembro para 126,5. Os consumidores mostraram estar muito confiantes relativamente às condições atuais, como se pode verificar na categoria “situações presentes”, em que o nível caiu de 170 para 166, 6 no mês passado. A questão encaixa-se mais na forma como se sentem em relação ao futuro, visto que a categoria “expectativas”, que abrange negócios e condições de mercado, baixou de 100,3 para 97,4. «Embora a economia não tenha mostrado mais sinais de debilidade, há pouco a sugerir que o crescimento, e em particular os gastos de consumo, vão amentar no início de 2020», afirma Lynn Franco, diretora de indicadores económico do The Conference Board. A leitura de dezembro revelou que os consumidores estavam moderadamente otimistas sobre o crescimento económico. No entanto, na avaliação das condições atuais, aqueles que disseram que os empregos são abundantes aumentaram de 44% para 47% e os que mencionaram que os trabalhos são difíceis de conseguir também aumentaram de 12,4% para 13,1%. A curto-prazo, os que confessaram esperar que as condições de negócio piorassem desceram de 11,4% para 9,3%. Contudo, no que diz respeito às condições do mercado de trabalho, o número de pessoas que contava com mais postos de trabalho caiu de 16,5% para 15,3%, enquanto aqueles que antecipavam menos postos de trabalho aumentaram de 13,4% para 14,9%. Já o número de inquiridos que esperam ter um melhor rendimento no curto prazo desceu de 21,1% para 22,9% e os que esperam registar uma queda aumentou de 6,2% para 7,7%. De acordo com os analistas da Moody’s, «não há motivo imediato para preocupação, uma vez que o sentimento permanece sólido». De uma forma geral, os consumidores estão cada vez mais preocupados em controlar os rendimentos. Segundo o Mastercard da Spending Pulse, os gastos durante as épocas festivas subiram apenas 3,4%, um valor muito inferior quando comparado com o crescimento de 5,1% verificado em 2018 e de 4,9% em 2017.
3. Entregas por drone aproximam-se da realidade
De acordo com George MacDonald, editor-chefe do Retail Week, em 2020 vai acontecer um teste oficial que poderá ser um grande passo para os serviços de entrega no retalho através de drones, que devem ser testados para além da perspetiva dos operadores. Apesar de atualmente estes dispositivos não serem permitidos devido às regras de aviação, a Autoridade de Aviação Civil publicou um novo guião pensado para tornar este tipo de operações uma «ocorrência quotidiana». Durante o teste, um operador de drones vai monitorizar, numa sala de controlo, voos semiautónomos a uma distância de mais de 80 quilómetros de distância. Para já, a regra impõe que os operadores de drones tenham os dispositivos à vista num alcance de cerca de 490 metros e a uma altitude máxima de aproximadamente 122 metros. Contudo, estas restrições fizeram com que os pioneiros da tecnologia do retalho, principalmente o Goliath Amazon, não pudessem usar este tipo de dispositivos comercialmente. A Amazon está a trabalhar nas entregas por drone perto de Cambridge. A Autoridade de Aviação Civil revelou ao The Times que permitir o uso de drones além do campo de visão «pode trazer grandes benefícios, incluindo a entrega de encomendas por drone».
4. Crescimento económico do Camboja em risco
O crescimento económico de Camboja deverá sofrer uma desaceleração em 2020 e, possivelmente, um declínio contínuo da produção de vestuário e do emprego, se a União Europeia (UE) retirar o país do programa Everything But Arms (EBA), aponta o Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo os dados da organização, publicados no final de dezembro, prevê-se que, em 2020, a economia do país cresça 6,8%, ligeiramente abaixo dos 7% registados em 2019, impulsionada pelo progresso contínuo das exportações e por uma forte atividade de construção. «As perspetivas económicas de Camboja estão sujeitas a riscos negativos significativos», alerta o FMI. «A atual revisão do programa EBA pela UE – principal parceiro exportador de Camboja – pode dar origem à suspensão do acesso preferencial ao comércio no final do próximo ano, o que poderá ter um impacto negativo significativo sobre a atividade económica», explica. Caso houvesse uma suspensão integral do EBA, as tarifas iriam subir, em média, de 0,1% para 12,5%, provocando uma queda de 13% das exportações para a UE e de 5% no total – o que poderá produzir «uma descida de 3% no crescimento do PIB», indica o FMI. O Camboja é o segundo maior beneficiário do programa EBA, contabilizando mais de 18% de todas as importações do mercado intracomunitário em 2018, o que significa um valor total de 5,3 mil milhões de euros – 95% deste valor beneficiou do EBA. Os têxteis e o vestuário representam cerca de três quartos das importações da UE a partir de Camboja, ou seja, 4 mil milhões de euros. Em fevereiro de 2019, a Comissão Europeia iniciou o processo que poderá levar à suspensão temporária dos benefícios de Camboja dentro do programa EBA devido às alegadas violações de direitos humanos praticadas dentro do país. A decisão final será anunciada em fevereiro de 2020 e as alterações estrarão em vigor após um período de seis meses. No seu relatório, o FMI incentivou as autoridades a implementar políticas para salvaguardar a sustentabilidade fiscal, abordar riscos macrofinanceiros e apoiar o progresso contínuo em direção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Além disso, elogiou o plano de reforma estrutural das autoridades, que visa melhorar a competitividade e a diversificação, através de facilitação do comércio, reduzindo os custos dos negócios e melhorando a aplicação dos poderes legislativo e executivo. Contudo, enfatiza que o cumprimento dos ODS até 2030 exigirá um esforço político permanente, particularmente no que toca ao progresso dos resultados na educação e saúde e ao investimento em infraestruturas. «Para melhorar a resiliência económica, devem ser abordadas as restrições estruturais, através da diversificação dos fatores de crescimento, garantir o fornecimento de energia, fortalecer os esforços de anticorrupção e melhorar o ambiente regulatório», aponta o FMI.
5. Forte concorrência afeta retalho online
Mais de nove mil retalhistas online do Reino Unido estão a registar problemas financeiros significativos com a instabilidade nos números a aumentar 65% nos últimos três anos, segundo um relatório da empresa de insolvência Begbies Traynor. A análise aponta os elevados descontos, altos custos e a forte concorrência como as razões que sustentam este aumento. «Olhando para 2020, parece que os números do retalho online vão continuar em risco», afirma Julie Palmer, sócia da Begbies Traynor, «A competição online é forte, mas as recompensas para aqueles que prosperam, como a Boohoo, são enormes». As descobertas mostram que as vendas online de produtos não alimentares, que representam um terço do mercado, caíram 10% no mês passado, de acordo com o British Retail Consortium. A KMPG que atribui esta queda ao facto da Black Friday ter sido uma semana mais tarde.
6. Joana Vasconcelos na quarta edição da Dior Lady Art
Depois de ter sido convidada para a exposição Miss Dior e de ter reinterpretado o laço que decora o perfume de assinatura da marca ao transformá-lo numa instalação luminosa, Joana Vasconcelos retrata agora a icónica bolsa Lady Dior na quarta edição do Dior Lady Art. Idealizado por Maria Grazia Chiuri, diretora criativa da Dior, o projeto Lady Art foi criado em 2016 e desafia vários artistas a reinterpretar a bolsa Lady Dior, atribuindo-lhe um caráter pessoal de acordo com a perspetiva de cada criativo.
O modelo icónico da casa de moda francesa foi criado em 1994 por Gianfranco Ferré com o objetivo de incorporar a identidade da marca. Inicialmente, o artigo foi lançado com o nome “Chouchou” que caiu no esquecimento ao ser mediatizado pela princesa Diana, que recebeu a bolsa em 1995 como presente de Bernadette Chirac. A partir de 1996, a bolsa ficou conhecida pelo nome Lady Dior que permanece até hoje em homenagem à princesa Diana. «Mítica e moderna», a bolsa Lady Dior tem inspirado artistas do mundo inteiro e conta com mais de 60 obras que homenageiam a bolsa emblemática. Na quarta edição, Joana Vasconcelos é a artista portuguesa convidada ao lado de nomes como Jia Lee, Guangle Wang, Marguerite Humeu, Mickalene Thomas, Eduardo Terrazas, Kareiei Naha, Rahuda Athi-Prata Ruga, Ragib Shaw e Rina Banerjee. Apesar da Lady Dior ter sofrido poucas alterações ao longo dos tempos, a iniciativa permite que o modelo seja reinventado de várias formas, dando vida a uma nova estética, tonalidades e materiais. A artista portuguesa aplicou várias transformações sobre o modelo e optou pelo contraste do couro preto com um coração vermelho, inovando com a presença dos leds e com a vertente futurista. «O que representa para mim a Lady Dior é uma relação com um objetivo icónico da marca Dior como também a ligação com à Princesa Diana que, no fundo, é uma princesa do povo, uma princesa do coração das pessoas. E daí essa ideia do Queen of Heart, levaram-me a usar o coração na Lady Di que é o símbolo do amor, o símbolo dos sentimentos, o símbolo da paz e usá-lo sempre com uma pequena curva que é para relacionar com o coração tradicional português», explica Joana Vasconcelos. «Reinterpretei a Lady Dior, conectando o lado craft com a tecnologia. Esta bolsa foi inteiramente feita à mão, portanto este coração é feito com umas pequenas peças como se fossem missangas, mas em vez de serem missangas são leds», acrescenta.