Breves

A filial portuguesa da Lectra vai apresentar duas aplicações Quick na próxima quinta-feira, 12 de dezembro, a partir das 19h30, na Casa da Música, no Porto. Estas novas soluções pretendem dar resposta a problemas como picos de produção e à necessidade de ter uma resposta rápida e precisa. As aplicações Quick permitem, entre outras coisas, obter o consumo do tecido em segundos diretamente da solução de modelagem Modaris e melhorar a precisão e eficiência do planeamento a partir do software de marcada Diamino. Durante o evento, que contará com a intervenção de Rodrigo Siza Vieira, diretor-geral da Lectra para Portugal e Espanha, e Roberto de Almeida, diretor de desenvolvimento do negócio da moda, a empresa irá ainda revelar depoimentos de clientes que já são Lectra Quick.

A 6.ª edição do Fashion Film Festival, que decorreu no dia 7 de dezembro, distinguiu filmes como “The Breeze” da Vilanova Accessories na categoria de Melhor Filme de Moda de Marca e “URB” da Olmac na categoria de Melhor Filme de Moda de Têxteis Técnicos. O concurso apresentado pelo ator Jorge Corrula contou com um total de 165 inscrições, o que se traduziu num aumento de 43% dos participantes face à edição do ano anterior. «Temos aumentado, a cada ano, o número de participantes, assim como a qualidade dos filmes a concurso. Estamos orgulhosos do trabalho que temos feito mas, acima de tudo, estamos orgulhosos pela criatividade, empenho e qualidade do trabalho que as marcas têm desenvolvido na área dos filmes de moda. Estamos cá para continuar e mostrar que a indústria têxtil tem muito para oferecer», afirmou Manuel Serrão, diretor-geral do Fashion Film Festival, uma iniciativa da Associação Selectiva de Moda com a produtora audiovisual Farol de Ideias. A Fábrica Asa, em Guimarães, abriu portas ao evento, que também atribuiu prémios à Melhor Fotografia, para João Sousa com o filme “Here” da Parfois, e ao Melhor Realizador, para Vladimiro Gonçalves com o filme “School Memories” da Piupiuchick. O certame, que tem como objetivo divulgar as práticas de promoção da moda no universo digital, recebeu representantes de mais de 20 países a concurso e de marcas como Stella McCartney, Lion of Porches, Zegna ou Salsa Jeans. A violinista russa Ianina Khmelik foi responsável pelo momento musical do Fashion Film Festival, que teve como membros do júri a realizadora Leonor Teles, Eva Font (CEO do Barcelona Fashion Film Festival), Susana Albuquerque (diretora criativa da Uzina e presidente do Club de Criativos de Portugal), Marina Sousa da revista Máxima, a designer Sofia Kah, António Braz Costa (diretor-geral do Citeve), o jornalista da RTP Mário Augusto, o fotógrafo e realizador Josh Brandao e Hugo Veiga (diretor criativo do Akqa São Paulo).

Para a Gant, o ano de 2019 encerra com a abertura de duas novas lojas, no âmbito do plano de expansão traçado para a marca em Portugal. O Fórum Algarve e o NorteShopping foram os locais escolhidos para os novos espaços, que fomentam o regresso da Gant ao território nacional. A loja no Fórum Algarve inaugurou dia 23 de novembro, com uma área de 120 m2, e a loja do NorteShopping abriu ao público no dia 7 de dezembro, com um espaço de 118 m2. A presença da Gant em Portugal soma já quatro espaços, um outlet, uma shop-in-shop no El Corte Inglés de Lisboa, outra no do Porto e também na Marques Soares. Para 2020, está prevista a abertura de mais quatro lojas e dois novos espaços de grande dimensão para 2021. A equipa nacional da Gant cresceu para 70 funcionários, que trabalham a full-time, e há previsões para mais contrações no próximo ano, de modo a atingir 100 colaboradores. O ano de 2020 vai trazer muitas mudanças para a marca, que terá um novo CEO a assumir funções oficialmente no dia 1 de fevereiro. Patrik Söderström substitui, no cargo, Brian Grevy, com a promessa de expandir o negócio e garantir resultados.

A startup americana Tinctorium está a desenvolver uma solução com uma bactéria de engenharia biológica para resolver os desafios da produção sustentável de corantes índigo para a indústria de denim. O novo método permite dar resposta aos químicos usados para criar índigo sintético, assim como aos processos agressivos que são necessários para o reduzir para tingir têxteis. Michelle Zhu, CEO e co-fundadora da Tinctorium, explica que «a primeira parte [do problema do tingimento com corante índigo] é uma síntese petroquímica muito dependente do petróleo, bem como de muitas outras substâncias problemáticas, como o formaldeído. A segunda parte tem a ver com o facto de o índigo não ser solúvel em água para efetivamente ser aplicado como um corante; temos de adicionar quase na mesma quantidade agentes químicos de redução». A CEO assegura que nenhuma das soluções disponíveis atualmente no mercado respondem a estas questões. Desta forma, a Tinctorium criou um corante biologicamente sintetizado que pode eliminar a necessidade de aplicar químicos tóxicos nos processos de coloração. A empresa recorre a biotecnologia de fermentação para obter o corante azul. A bactéria é alimentada com açúcar e programada especificamente para originar um percursor de índigo, que depois é misturado com a enzima. Este processo proporciona uma solução de índigo líquido, que pode ser diretamente aplicada, através das tecnologias já existentes. A Tinctorium acredita que este método é não só mais rápido – já que o processo de fermentação dura apenas dois dias – como também escalonável, além de que o único limite à produção é estabelecido pelo tamanho do tanque biorreator. No início deste ano, a startup integrou um programa de aceleração de tecnologia, batizado Indigo Bio, garantindo-lhe o financiamento para o desenvolvimento deste projeto. «O nosso plano para os próximos anos é desenvolver tecidos protótipos e depois vestuário de denim com a nossa nova solução de tingimento», revela Zhu. «Contudo, não vamos parar no índigo», garante, acrescentando que «o nosso objetivo é mais abrangente que o índigo e esperamos impulsionar toda uma indústria de moda mais sustentável». A empresa planeia lançar uma coleção-cápsula de cerca de mil pares de jeans, seguida por linhas premium de colaboração com marcas. Assim que atingir uma eficiência de custos e escalabilidade para a indústria da moda, irá arrancar para parcerias com o mercado das massas.

A Associated British Foods (ABF) acaba de anunciar, em comunicado, que a Primark vai continuar a aumentar o espaço de vendas de retalho neste ano fiscal, para corresponder às previsões de lucro. A retalhista planeia abrir mais lojas em França e Espanha e mais quatro espaços nos EUA no próximo ano. Quase três meses depois de entrar no novo ano fiscal, a Primark já abriu mais três lojas até ao momento, o que se traduz num total de 376 pontos de venda com cerca de 1,5 milhões de metros quadrados. No ano fiscal anterior, a retalhista de moda somou 83,600 mil metros quadrados e ambicionava alcançar cerca de 92,900 mil metros quadrados no ano fiscal atual. «Face ao futuro, a Primark dispõe de uma plataforma digital forte e de boa qualidade», destaca a ABF. O comunicado refere ainda uma pequena redução na margem numa base ajustada de arrendamento, devido ao efeito da libra mais fraca, que está a ser compensado pelas reduções de custos na produção.

De acordo com dados da eShopWrold, as vendas online da Cyber Monday cresceram duas vezes mais rápido que na Black Friday nos principais mercados. As vendas Cyber Monday aumentaram 21,5% em comparação com o ano anterior, enquanto as vendas da Black Friday cresceram 8,4%. A eShopWorld também revelou que, nos principais mercados globais, as vendas de comércio eletrónico impulsionaram 28,9% na semana em que terminou a Black Friday, em comparação com 2018. «O domínio da Black Friday na época natalícia enfraqueceu as vendas este ano, uma vez que a Cyber Monday e as semanas anteriores ao Natal aumentaram a participação de vendas em valor e volume», explica Tommy Kelly, fundador e CEO da eShopWorld. «À medida que vimos as vendas online a baixarem, depois de tantos recordes, as compras natalícias estão agora a começar mais cedo e a durar mais dias. Os retalhistas globais têm muito a ganhar se efetuarem descontos durante mais tempo e não apenas num só dia e os consumidores devem procurar ofertas durante toda a semana da Black Friday», afirma. A análise da eShopWorld’s constatou também que os consumidores encomendaram artigos mais caros do que no ano passado, o que influenciou diretamente o aumento do valor de compras relativamente ao ano passado. Embora o número de pedidos tenha aumentado 1,8% na Black Friday, o valor desses pedidos evidenciou um salto de 8,4%. O Cyber Monday seguiu o mesmo registo, com um aumento de 11,2% no número de encomendas, face a 2018, e cresceu 21,5% em termos de valor dos pedidos.