Breves

  1. BCI lança desafio de inovação no algodão
  2. Reebok cria sapatilha à base de plantas
  3. Empresas premiadas por ação climática
  4. House of Fraser retira (outra vez) de venda peles de animais
  5. Sistema para medição de vestuário mais rigoroso
  6. JD Sports sempre a abrir

1. BCI lança desafio de inovação no algodão

Foi lançada uma nova iniciativa para encontrar ideias e soluções inovadoras para melhorar as práticas de cultivo de algodão sustentável em todo o mundo. O Desafio de Inovação Better Cotton é uma colaboração entre a Better Cotton Iniciative (BCI), a Iniciativa de Comércio Sustentável (IDH, na sigla original) e o grupo Dalberg. O objetivo é rastrear inovações para a formação customizada em práticas de cultivo sustentáveis para os agricultores e encontrar ideias que possam reduzir o seu tempo e custo na recolha de informação, no sentido de gerar processos de licenciamento BCI mais eficientes. As soluções podem integrar formação para máquinas, análises de satélite ou reconhecimento de imagem, provenientes quer de universidades, quer de laboratórios de I&D, startups ou organizações sem fins lucrativos. A equipa atribuirá um prémio de 130 mil euros, dividido por, no máximo, quatro vencedores, que terão a oportunidade de testar e distribuir as suas inovações pelos agricultores da BCI. A iniciativa «escalou rapidamente ao longo da última década e agora trabalhamos com os nossos parceiros para oferecer formação, apoio e capacidade a mais de 2,2 milhões de agricultores de algodão», afirma Cristina Martin Cuadrado, diretora de programas na BCI. «Esta é a primeira vez que lançamos um desafio global. Encorajamos todos aqueles que tenham uma boa ideia a avançarem e submeterem a vossa proposta», explica. Já Pramit Chanda, diretor da IDH na Índia revela que «colaboramos com a Dalberg Advisors no Desafio da Inovação para identificar
soluções que nos ajudarão a aprofundar o impacto que o programa BCI tem sobre os produtores de algodão e acelerar a adoção de práticas sustentáveis de cultivo de algodão em todo o mundo». O prazo para a inscrição no Desafio de Inovação termina a 15 de janeiro de 2020.

2. Reebok cria sapatilha à base de plantas

A Reebok apresenta o seu primeiro calçado de performance produzido com mamona, algas, eucaliptos e borracha natural. A nova Forever Floatride Grow é uma versão atualizada da Forever Floatride Energy e resulta do compromisso da marca para reduzir o uso de plásticos à base de petróleo na produção de calçado. Segunda a Reebok, cada componente foi submetido a investigação e testes para identificar os ingredientes mais naturais e sustentáveis que permitiram responder aos elevados padrões subjacentes a uma sapatilha de corrida de alta performance. «Com a Forever Floatride Grow, estamos a substituir o plástico à base de óleo por plantas», explica Bill McInnis, vice-presidente da Reebok Future. «Durante os três anos que demoramos a desenvolver este produto, percebemos que a ideia de uma sapatilha de corrida à base de plantas tinha um forte impacto entre os atletas. No entanto, estes mesmos atletas frisavam que o calçado nunca deveria comprometer a sua performance. O resultado é a Forever Floatride Grow», acrescenta. De acordo com a Reebok, o avanço mais significativo desta versão ao nível da sustentabilidade prende-se com a sua entressola almofadada e responsiva, constituída a partir de mamona cultiva de forma ecológica, que mantém os padrões de alta performance e leveza da versão original Forever Floatride Energy. Além desta vantagem, acrescentam-se a parte superior resistente e respirável à base de eucaliptos, naturalmente biodegradável, a palmilha que recorre a espuma e algas Bloom, colhida em áreas de crescimento invasivas e naturalmente resistente a odores, bem como a borracha natural do calçado obtida a partir de seringueiras, que substitui o petróleo. Disponível para venda no outono de 2020, a Forever Floatride Grow faz parte da iniciativa da marca Cotton + Corn, lançada em 2017. O objetivo é criar uma seleção de calçado de base biológica que pode ser decomposto após o descarte e posteriormente reaplicado no solo para cultivo dos materiais para a próxima gama de produtos. O programa de sustentabilidade da Reebok assenta em dois pilares: [Ree]grow, que se concentra na criação de produtos a partir de fontes naturais, e [ree]cycled, que recorre a materiais reciclados ou reaproveitados para o mesmo efeito. A marca promete eliminar o poliéster virgem no seu calçado até 2025.

3. Empresas premiadas por ação climática

A Adidas, Burberry e Gap Inc estão entre as signatárias fundadoras da Carta da Indústria da Moda da Organização das Nações Unidas (ONU) para Ação Climática que
foram homenageadas pela sua liderança na abordagem às alterações climáticas. O grupo recebeu o galardão inaugural de Mudança Positiva nos Prémios de Moda de 2019, do British Fashion Council (BFC) que decorreu no início de dezembro. Este é o primeiro prémio a ser atribuído no âmbito da parceria do British Fashion Council com o Departamento de Parcerias das Nações Unidas (UNOP, na sigla original), para reconhecer aqueles que estão a concretizar esforços mais significativos para apoiar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Em termos gerais, os ODS reúnem 169 metas destinadas a promover 17 objetivos gerais, que incluem a erradicação da pobreza, a igualdade de género, a água potável e saneamento e o trabalho justo. A Carta da Indústria da Moda para Ação Climática foi lançada na COP24 (Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas de 2018), na Polónia, visando alinhar a indústria com os objetivos do Acordo de Paris, nomeadamente ao nível da eliminação das emissões de carbono até 2025. Além disso, também integra desafios que devem ser abordados pelos signatários, desde a descarbonização da fase da produção, a seleção de materiais sustentáveis e ecológicos, transporte de baixo carbono, melhoria do diálogo com o consumidor e da comunicação para a consciencialização, trabalho com comunidades de financiamento e de legislação para catalisar soluções escalonáveis e exploração de modelos de negócios circulares. Aquando da sua criação, a carta foi assinada por 43 marcas líderes na indústria da moda, onde se incluíram a Inditex, Kering, Levi Strauss & Co e PVH Corp. No futuro, o BFC pretende reconhecer aqueles que causaram um impacto mais significativo. «Este ano foi um catalisador para estabelecer liderança e colaboração internacional em todo o sector como nunca antes. Com o prémio de Mudança Positiva, queremos distinguir as empresas que mobilizaram a nossa indústria num ano» reconhece Caroline Rush, CEO da BFC. «Sabemos que, além dos signatários da Carta da Indústria da Moda, existem muitas grandes iniciativas em todo o mundo já em atividade – e nosso objetivo no BFC é continuar a trabalhar no apoio às Nações Unidas para a celebração daqueles que estão a estabelecer novos padrões que cumprem os 17 OBS» admite. A BFC é uma organização sem fins lucrativos que promove a moda britânica e apoia startups criativas. Os Prémios de Moda são a sua principal fonte de angariação de fundos para o trabalho de apoio à solidariedade e ao talento.

4. House of Fraser retira (outra vez) de venda peles de animais

A retalhista britânica House of Fraser eliminou todos os artigos de peles verdadeiras das suas lojas físicas e online, após ter sido criticada por um grupo ativista que deu conta de que a empresa tinha voltado a vender este tipo de produtos. Em meados de novembro, o Humane Society International / UK (HSI) colocou a House of Fraser sob escrutínio por vender casacos das marcas Parajumpers, Pyrenex e Mackage que recorrem a peles de animais selvagens, como o coiote, coelho, cão-guaxinim e raposa. O grupo revelou que a retalhista já tinha banido os produtos de pele verdadeira há mais de uma década, mas voltou a disponibilizá-los, após a mudança da sua política em outubro, que acompanhou a aquisição por parte da Sports Direct. O HSI escreveu, então, ao CEO da House of Fraser, Mike Ashley, a solicitar uma reunião urgente. Num comunicado divulgado a 22 de novembro, o grupo confirma que a retalhista já eliminou todos os seus artigos de pele das respetivas lojas físicas e online. Mike Ashley adquiriu as lojas, a marca e ações da cadeia em agosto do ano passado, num acordo de 90 milhões de libras (106,92 milhões de euros). Contudo, confessa estar a enfrentar dificuldades de alavancar o negócio, apontando, em julho, que «à medida que continuamos a penetrar no negócio, descobrimos que os problemas não têm uma solução de curto prazo». Por outro lado, o Reino Unido já proibiu a criação de peles há quase duas década, por razões éticas, que posteriormente se estenderam à Irlanda do Norte e à Escócia, em 2002. Porém, desde essa altura, a HSI afirma que o país tem permitido importações superiores a 820 milhões de libras. «A resposta mal calculada do público à experiência de peles da House of Fraser deve deixar claro para os partidos políticos que a promessa para eliminar o comércio de peles no Reino Unido será uma proposta popular entre os votantes», assegura Claire Bass, diretora executiva da HSI. «Incentivamos todos os partidos e candidatos ao Parlamento a declarar o seu compromisso com a proibição de venda de peles no Reino Unido no próximo mandato parlamentar», assume.

5. Sistema para medição de vestuário mais rigoroso

A empresa Magnal Solutions desenvolveu um novo sistema de software e hardware de controlo de qualidade que, segundo a sua perspetiva, irá mudar a forma como as empresas de vestuário fazem a gestão das medições das peças de roupa. O módulo de software foi integrado na mesa de medição alemã Measurefixâ, que utiliza tecnologia laser para inspecionar vestuário e registar medições em tempo real. Comparativamente ao método tradicional, o sistema de mesa laser oferece várias vantagens, indica a empresa. Aquela que se destaca com maior relevância prende-se com a precisão, que resulta numa qualidade superior. Ao eliminar a necessidade de inserção de dados manuais reduz-se o risco e o custo resultantes de erros administrativos. Por outro lado, a tecnologia permite um aumento da velocidade deste processo que se reflete na redução de custos de inspeção. Desta forma, o novo sistema Magnal-Measurefix, que se integra perfeitamente na maioria dos bancos de dados já existentes, permitirá a recuperação automatizada de dados de entrada e o armazenamento de dados de saída em tabelas que, posteriormente, podem ser usados para análise. A Magnal é parceira exclusiva do sistema Measurefixâ na América do Norte e América Central.

6. JD Sports sempre a abrir

A retalhista britânica JD Sports inaugurou mais duas lojas em Portugal no dia 7 de dezembro. A abertura dos espaços no centro comercial Vasco da Gama em Lisboa e no NorteShopping do Porto está inserida no plano de crescimento da marca para 2019. Com uma superfície de 611 m2 entre a loja e o armazém, o ponto de venda situada no piso 0 do centro comercial do Parque das Nações conta com uma equipa de 64 colaboradores. Nike, Adidas, Puma, Vans, SikSik são algumas das marcas urbanas e desportivas que a retalhista disponibiliza bem como modelos de marcas próprias como Supply & Demand e Pink Soda, tanto na gama têxtil como no calçado para homem, mulher e criança. A loja no Vasco da Gama tem a novidade de ter a marca Status e a The North Face nos têxteis para homem e a The North Face para mulher. Já a loja do Porto, no NorteShopping, conta com uma superfície de 756 m2 e um total de 67 colaboradores e, além de disponibilizar as marcas desportivas e urbanas habituais, também propõe a Status e a The North Face. Dia 11 de dezembro, a artista plástica Pitanga vai marcar presença na loja do Porto com uma ação promocional que engloba personalizar os produtos adquiridos pelos clientes, que efetuarem compras acima dos 100 euros, com pinturas exclusivas.