- Première Vision lança livro “Inspiring Fashion Textile Revolutions”
- Decenio abre portas no NorteShopping
- Patagonia desenvolve coleção que reutiliza peças antigas
- Bangladesh prevê falhar meta de exportação de vestuário
- Balenciaga colabora com Harry Nuriev para a Design Miami
- Bolsa Appleton apoia artista português
1. Première Vision lança livro “Inspiring Fashion Textile Revolutions”
Para completar o marco de 45 anos, a Première Vision, que abrange toda a indústria da moda e que tem servido de inspiração para vários profissionais de todo o mundo através das feiras que ditam tendências para o sector, lança hoje a obra “Inspiring Fashion Textile Revolutions”, publicada pela editora francesa La Martinière. A evolução do sector, onde se destacam o aparecimento de malhas, a ascensão da poliamida, a aposta em acessórios e a introdução de materiais ecológicos, marcou a moda a nível global e desencadeou a criatividade dos profissionais para responder à mudança dos tempos. Tudo isto está retratado nas páginas deste livro, que faz também referência aos avanços tecnológicos e à previsão de tendências. A edição conta com imagens de arquivo e retratos da autoria de artesãos e designers que acompanham a informação que o “Inspiring Fashion Textile Revolutions” proporciona numa ótica visionária.
2. Decenio abre portas no NorteShopping
A Decenio, uma marca com 25 anos de experiência no mercado, inaugurou uma nova loja no NorteShopping em Matosinhos. O espaço abriu com o conceito de loja flagship que tem como objetivo proporcionar ao consumidor uma nova experiência de compra. O ilustrador Laro Lagosta fez parte da inauguração ao criar uma pop-up window para a estreia, uma vez que lançou uma t-shirt exclusiva em colaboração com a marca. O artigo é de edição limitada e está apenas à venda no novo espaço da Decenio. No seguimento da estratégia de inovação e de uma imagem renovada a marca disponibilizou um showcase do rapper Lon3r Johny no evento de lançamento da loja. Em comunicado, a Decenio indica que a associação entre a marca e o rapper foi vista pelo público como uma estreia de «audácia e irreverência». A designer Alexandra Moura também esteve presente na inauguração por ter feito uma parceria de edição limitada com a Decenio que apenas se encontra à venda online ou então na loja do NorteShopping e do Colombo.
3. Patagonia desenvolve coleção que reutiliza peças antigas
A marca de vestuário exterior está a recorrer ao upcyling para reaproveitar as peças de roupas usadas que já não têm mais uso. Cada casaco, camisola, colete ou bolsa feito a partir de peças reutilizadas aproveita entre três a seis artigos sem qualquer finalidade. Neste sentido, a Patagonia lançou uma coleção chamada “One-of-a-Kind” que insere este tipo de artigos na composição de novas peças produzidas nos EUA. Todos os produtos desta linha de reutilização criativa são exclusivamente reaproveitados em Los Angels através da desconstrução de peças antigas que acabariam em aterros das quais se aproveitam os materiais e as tonalidades. A coleção disponibiliza um casaco, colete, o sweater Synchilla, t-shirts, um conjunto de ferramentas e quatro bolsas. «A linha Recrafted foi uma resposta à pergunta “O que estão a fazer com todos os produtos que retiram e não são recicláveis, que não são revendíveis ou reparáveis”», afirma Kourtney Morgan, designer da Patagonia. Usar o vestuário durante o maior tempo possível faz parte de umas das políticas da Patagónia desde 1970 que, atualmente, compra e vende artigos em boas condições, repara produtos danificados e reciclam peças de roupa em final de vida. «A linha ReCrafted é uma resposta à pergunta sobre o que fazer com os artigos que não podem ser reparados, revendidos ou reciclados», acrescenta Kourtney Morgan. Os produtos da coleção estarão à venda na loja online Worn Wear da Patagonia que adquire peças diretamente dos clientes que recebem novos artigos em troca e também na primeira loja pop-up da marca em Boulder, Colorado que estará aberta até fevereiro de 2020.
4. Bangladesh prevê falhar meta de exportação de vestuário
É pouco provável que o Bangladesh atinja o seu objetivo de exportação de vestuário de 50 mil milhões de dólares (45,39 mil milhões de euros) até 2021. A Global Data justifica a declaração baseando-se na pressão para a redução do preço, fraca infraestrutura, dependência de commoditys de vestuário baratas e prevalência de subcontratantes menores e menos compatíveis do país. O Bangladesh é o segundo maior fornecedor de vestuário a nível mundial, após a China, exportando anualmente produtos no valor de 32 mil milhões de dólares. Contudo, no primeiro trimestre de 2019, as suas exportações de vestuário diminuíram mais de 6%. Embora várias fábricas tenham passado por reformas significativas em termos de segurança e sustentabilidade nos últimos anos, a indústria ainda está a ter dificuldade para reconstruir a sua reputação após o colapso da fábrica Rana Plaza, há seis anos. Além disso, também enfrenta desafios no que toca à atração de clientes que pagam mais, já que continua a ser dependente de commoditys básicas e baratas para retalhistas dedicados ao mercado das massas. A isto se acrescem os níveis reduzidos de produtividade, que a coloca aquém da competitividade dos seus concorrentes, como a China. Hannah Abdulla, correspondente de vestuário da GlobalData, afirma que «o entusiasmo do país para aumentar as suas exportações de vestuário é louvável, mas infelizmente, um pouco irrealista. Apesar de se terem realizado grandes avanços no que diz respeito à segurança do trabalhador, estes restringiram-se às fábricas maiores e melhores. Ainda há vários subcontratados que estão a boicotar estes avanços e, a um certo nível, as marcas estão a aproveitar-se da situação para forçar a queda dos preços». Acrescenta ainda que «reunindo outras questões, como a lenta transição para categorias de vestuário de valor acrescentado e o foco em clientes que vendem a preços reduzidos, o sector não está a chegar a lado nenhum rapidamente». A correspondente acredita que é necessária uma «restrição aos subcontratados e uma melhor supervisão em relação às práticas inadequadas de compra. É preciso impulsionar os bens de valor acrescentado para atrair compradores que pagam melhor. É provável que demore algum tempo e recorra a algum esforço da parte dos stakeholders, marcas e fornecedores do sector, mas é essencial para garantir a sustentabilidade no longo prazo».
5. Balenciaga colabora com Harry Nuriev para a Design Miami
A peça resultante da colaboração chama-se “Balenciaga Sofa” e é feita de artigos danificados e das sobras de vestuário do armazém da Balenciaga. A iniciativa permite que as peças que de outra forma seriam impossíveis de vender sejam reaproveitadas e envolvidas em vinil transparente para criar um sofá com formato em L que se assemelha a um conjunto de vestuário colorido. O logótipo é visível através do vinil transparente reciclado que pretende transmitir a preocupação com a sustentabilidade na indústria de moda. O designer Harry Nuriev admitiu que o projeto com a Balenciaga transmite uma «sensação nostálgica, mas de uma maneira moderna e de alta tecnologia». «É importante para mim mostrar aos designers mais jovens que podemos trabalhar com coisas reutilizáveis e que podemos executá-las de uma maneira bonita, na forma correta e com o material certo», explicou o designer que acrescentou que os projetos em que se envolve têm sempre um objetivo de reflexão. Não é a primeira vez que o designer se dedica a uma colaboração com a casa de moda. Já no ano passado assinou a instalação “The Office” para a feira Design Miami, onde recriou um escritório corporativo com artigos de mobiliários estampados com o logótipo San Serif da Balenciaga. O “Balenciaga Sofa” será também apresentado na Design Miami que decorrerá em simultâneo com o Art Basel Miami Beach de 3 a 8 de dezembro.
6. Bolsa Appleton apoia artista português
A Appleton, uma associação cultural independente focada na prática artística contemporânea que apoia artistas e projetos, atribuiu a primeira bolsa artística a Augusto Alves da Silva. A bolsa Appleton foi concedida ao artista visual que já coleciona vários prémios na área da fotografia. Das 38 candidaturas recebidas para a bolsa a que qualquer artista português se podia candidatar independentemente da área, foram selecionados apenas seis. Depois de submetidos a entrevistas no mês de novembro, o candidato vencedor foi Augusto Alves da Silva, escolhido pelo júri Vera Appleton, Luísa Santos e Miguel Wandschneider. O prémio apoia os artistas com idade igual ou superior a 25 anos a residir numa cidade estrangeira durante o período de cinco meses. Para esta edição, Bruxelas foi a cidade escolhida e a estadia realizar-se-á entre março e julho de 2020.