- Home Concept abre portas em Bilbao
- New Balance entra para o top 3 de vendas em Portugal
- Febre de presentes bate recordes
- Acordo UE-Singapura já em vigor
- Nike investe em calçado sem mãos
- Grupo H&M testa jeans à medida
1. Home Concept abre portas em Bilbao
A Home Concept abriu mais uma shop-in-shop, desta vez na cidade espanhola de Bilbao. A nova loja de roupa de cama e banho da marca do grupo Moretextile segue uma linha «clássica e contemporânea», refere em comunicado, e localiza-se no El Corte Inglés, fruto da parceria com os grandes armazéns espanhóis. Neste ponto de venda, a Home Concept disponibiliza a gama completa de produtos das últimas coleções que, refere a marca, prometem ser «distintos e sofisticados». Qualidade, design e novas ideias são o reflexo da identidade da Home Concept, uma vez que o lema da marca é «cada peça que projetamos e produzimos é especial e pensada para o consumidor que a vai utilizar».
2. New Balance entra para o top 3 de vendas em Portugal
A JD Sports revelou que a New Balance entrou para a lista dos ténis mais vendidos em Portugal. O modelo “New Balance 373” entrou, pela primeira vez, para o top três com a preferência do público feminino que escolhe maioritariamente a versão do artigo em preto com detalhes em rosa dourado. Esta posição ocupa o lugar anterior do modelo “Converse All Star Ox”. Os ténis “Old Skool” da Vans continuam no topo da lista por serem os favoritos dos portugueses na versão mais conhecida preta com a risca lateral branca. A ocupar o terceiro lugar nas preferências das mulheres e o segundo no público masculino, os clássicos “Air Force 1 Low” da Nike mantêm os mesmos lugares na classificação de setembro. Em terceiro lugar na lista de preferência dos homens estão os “adidas Originals N-5923” que já conquistaram esta mesma posição nas revelações de setembro.
3. Febre de presentes bate recordes
Um estudo americano sobre os consumidores sugere que a época festiva se estende muito além do período compreendido entre o Dia de Ação de Graças e o Natal, com o vestuário na pole position na corrida às compras. Desenvolvido pela Federação de Retalho Nacional (NRF, na sigla original) e a plataforma Prosper Insights & Analytics, este estudo, realizado anualmente, revela que, em 2019, mais de metade das pessoas já iniciou as suas compras para a quadra. «Vários consumidores já começaram a fazer compras há semanas e os retalhistas estão a adaptar-se progressivamente aos seus efeitos», afirma o presidente da NRF, Mathew Shay. De facto, 56% dos consumidores inquiridos na primeira semana de novembro já tinham iniciado este processo, o que significa mais oito percentuais do que os resultados de há uma década atrás. Em média, tinham já completado 24% da sua lista de compras – a percentagem mais elevada em toda a história, que representa uma subida de oito pontos percentuais face a 2009. Apenas 4% já tinha fechado as suas compras do ano. Por outro lado, um estudo anterior da NRF revela que 39% começaram antes do mês de novembro, de forma a distribuir os seus orçamentos e evitar a multidão e o stress dos últimos dias da época. Outros 43% pretendiam iniciar em novembro e apenas adiavam para dezembro. «Os consumidores já não esperam pelo Dia de Ação de Graças ou pela Black Friday, assim como os retalhistas», reconhece Phil Rist, vice-presidente de estratégia da Prosper, admitindo que «a resposta dos retalhistas deste ano passou por oferecer promoções mais cedo do que nunca, com algumas alusivas à época festiva mesmo antes do Dia das Bruxas». A NRF define a época festiva como o período compreendido entre 1 de novembro e 31 de dezembro e prevê que as vendas deste ano totalizem entre 727,9 e 730,7 mil milhões de dólares (660,73 e 663,27 mil milhões de euros). Por sua vez, os consumidores esperam gastar uma média de 1047,83 dólares – incluindo compras realizadas anteriormente –, o que significa um aumento de 4% desde o ano passado. Por outro lado, a NRF estima que o número de pessoas a consumir desde o Dia de Ação de Graças até à segunda-feira seguinte, conhecida por Cyber Monday, chegará aos 165,3 milhões, atraídos pelos bons negócios, tradição e pelos momentos de socialização entre amigos e família. Tal como aconteceu em anos anteriores, antecipa-se que o vestuário e os acessórios estarão no topo da lista de presentes, como confirmado por 58% dos inquiridos, seguidos por cartões presente (54%), brinquedos (39%), livros/música/filmes/videojogos (37%) e comida/doces (32%). O estudo foi desenvolvido entre 31 de outubro e 6 de novembro e abrangeu 7.917 inquiridos.
4. Acordo UE-Singapura já em vigor
O acordo comercial entre a União Europeia (UE) e Singapura – o primeiro acordo bilateral com um país do Sudeste Asiático – entrou em vigor a 21 de novembro, permitindo que 80% das exportações de têxteis e vestuário de Singapura tenham um acesso isento de impostos ao mercado europeu. O acordo visa também eliminar quase todas as taxas alfandegárias, remover obstáculos comerciais para tecnologia ecológica, criar oportunidades para serviços ambientais e encorajar mais investimentos mútuos. «O acordo UE-Singapura irá impulsionar o comércio, beneficiando as empresas, agricultores, trabalhadores e consumidores de ambas as partes», assegura Cecilia Malmström, comissária europeia de comércio na Comissão Europeia, esclarecendo que «tornar-se-á também uma porta de entrada à região em rápido crescimento do Sudeste Asiático. Numa altura em que os fundamentos do comércio global aberto e regulado são postos em causa, precisamos mais do que nunca de acordos como este». Especificamente para o sector têxtil e vestuário, o acordo irá permitir que Singapura exporte produtos para o mercado europeu sem o pagamento de tarifas durante um período de seis anos. O país asiático é um fornecedor de vestuário minoritário para a UE, com remessas que totalizaram os 16,1 milhões de dólares (14,61 milhões de euros) em 2018 – menos do que 1% do total de importações europeias no ano passado. Contudo, Singapura representa de longe o maior parceiro comercial da UE na região do Sudeste Asiático, com um comércio bilateral total de produtos de mais de 53 mil milhões de euros e outros 51 mil milhões em serviços. O número de empresas europeias estabelecidas em Singapura ultrapassa os 10 mil, encarando este país como um centro de negócios para toda a região do Pacífico. Além disso, Singapura é também o principal local de investimento europeu na Ásia, cujos valores têm crescido a um ritmo acelerado nos últimos anos: as ações de investimento bilateral atingiram os 334 mil milhões de euros em 2017.
5. Nike investe em calçado sem mãos
A Nike realizou um investimento estratégico na HandsFree Labs, uma especialista em tecnologia de calçado sem mãos, que permite que os consumidores se calcem e descalcem mais facilmente sem apertar cordões ou usar as mãos para o efeito. Sediada em Utah, EUA, a HandsFree detém um portfólio que inclui uma tecnologia patenteada de calçar um sapato, denominada FAST (Tecnologia de Calçado Ativada pelo Pé, na tradução da sigla original), que, segundo a empresa, pode ser incorporada em qualquer calçado. O arco F1Titanium atua como uma calçadeira e está adaptado para ser usado numa vasta gama de calçado, desde sandálias a botas. A coleção FAST está a ser vendida sob a marca Kizik da HandsFree, que, em 2020, terá uma irmã dedicada ao calçado de athleisure, Pilar. A Nike está confiante de que o investimento estratégico e a exclusividade da parceria de licenciamento da propriedade intelectual contratualizado irá fortalecer a sua liderança em inovação no sector. «A nossa plataforma Nike FlyEase visa providenciar um maior acesso ao desporto por parte dos atletas e acreditamos que a tecnologia da HandsFree tem o potencial para alargar e melhorar este esforço, removendo obstáculos para jogar e praticar desporto de forma mais fácil para mais pessoas», garante Tom Clarke, presidente de inovação da Nike. Além da parceria com a retalhista, a HandsFree lançará a sua tecnologia através de acordos de licenciamento com outros produtores e categorias de calçado. Monte Deere, CEO da HandsFree Labs, adianta que a empresa procura «trazer o conforto e a conveniência de um calçado que não necessita de recorrer às mãos e a nossa parceria com a Nike acelera esta visão». Deste modo, o «objetivo final é providenciar o acesso a melhores experiências de calçado a todos», afiança. O investimento da Nike surge no seguimento de uma série de aquisições, onde entre as mais recentes esteve a plataforma de análise preditiva Celect, em agosto. As medidas vão ao encontro da estratégia da empresa Consumer Direct Offense, que procura servir a personalidade dos consumidores numa escala global.
6. Grupo H&M testa jeans à medida
O grupo sueco testou a viabilidade de jeans personalizados à medida para a sua marca Weekday, enquanto parte da estratégia de enfrentar os desafios do negócio, que incluem reduzir os produtos devolvidos e em excesso e produzir apenas aquilo que os consumidores efetivamente desejam. Juntamente com o seu parceiro de inovação The Laboratory, a H&M aliou-se à Unspun, uma empresa de vestuário a pedido, que recorre a algoritmos de digitalização 3D e modelagem para gerar tamanhos digitais para os consumidores. Com efeito, o algoritmo visa reproduzir a silhueta perfeita dos clientes, convertendo a digitalização do corpo numa lista de medidas e padrões que é enviada para a produção. A longo dos últimos 18 meses, a The Laboratory tem vindo a desenvolver o algoritmo para os produtos da Weekday para garantir que se torna progressivamente mais preciso. Deste modo, o teste da H&M envolveu 100 clientes convidados a experimentar a tecnologia, para recolher as suas opiniões antes do lançamento em escala. Os seus corpos foram submetidos à digitalização e posteriormente foram-lhes oferecidas uma seleção de opções de customização para criar o seu par perfeito de jeans. Os produtos foram fabricados enquanto artigos únicos em unidades industriais parceiras da H&M e demoraram 10 dias a ser entregues aos consumidores. No final, a empresa sueca elogiou o sucesso do teste piloto, que concluiu que 80% dos clientes estavam «muito satisfeitos» com os seus jeans, refere a empresa, uma percentagem superior aos 60% previstos. «O objetivo deste piloto era compreender o que os clientes desejam relativamente a um produto de denim personalizado, compreender a sua perspetiva sobre a nova experiência e testar a prontidão das tecnologias», resume Laura Coppen, investigadora de sustentabilidade e negócio circular na The Laboratory. Esta empresa de inovação prepara-se agora para alagar o teste a uma experiência em loja, que «provavelmente irá disponibilizar mais estilos e características baseados no feedback dos clientes», acrescenta a investigadora.