- Pena é mais amiga do ambiente do que o poliéster
- Plataforma abrange regras de origem e facilita comércio
- Selfridges investe na revenda dentro de portas
- Vestuário militar agora disponível para massas
- Museu Calouste Gulbenkian celebra 50 anos com mostra especial
- Indústrias do calçado, pele e madeira juntas na Exponor
1. Pena é mais amiga do ambiente do que o poliéster
As penas naturais em casacos têm 18 vezes menos impacto nas alterações climáticas que os enchimentos com poliéster, segundo a nova Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) do impacto ambiental dos dois materiais. A ACV, requerida pelo International Down and Feather Bureau (IDFB), analisou o impacto das penas e do poliéster em cinco áreas ambientais: saúde humana, ecossistemas, recursos, consumo de energia acumulada e alterações climáticas. Os resultados revelam que, por tonelada, a pena tem menos 85% a 97% do impacto que o poliéster em todas as categorias analisadas. Esta conclusão foi cientificamente comprovada pela Long Trail Sustainability, uma empresa independente, especializada em ACVs e relatórios de sustentabilidade. «Dado que a pena é um recurso natural, sabíamos que tinha um impacto ambiental positivo, o que nos levou a solicitar este estudo para verificar a sua sustentabilidade relativamente às alternativas sintéticas, como o poliéster», explica o diretor da IDFB, Stephen Palmer. As penas são usadas para revestir e isolar produtos do quotidiano, incluindo vestuário, equipamentos de outdoor e artigos para o lar. Além de ser um subproduto natural e renovável, proporciona um calor superior sem acumular peso, é biodegradável e pode provir de uma exploração ética. Deste modo, a Responsible Down Standard foi criada para garantir que as penas não provêm de cadeias de aprovisionamento em que os animais foram submetidos a práticas cruéis, enquanto a origem das matérias-primas pode ser rastreada e autenticada por outras soluções.
2. Plataforma abrange regras de origem e facilita comércio
A Organização Mundial do Comércio (OMC) está a unir forças com o Centro de Comércio Internacional (CCI) e a Organização Mundial das Alfândegas (OMA) numa iniciativa projetada para ajudar as empresas a tirar o maior proveito dos benefícios dos acordos comerciais gratuitos e preferenciais, ajudando-as a cumprir os requisitos das regras de origem dos produtos. Apresentado a 17 de outubro, o novo Facilitador das Regras de Origem oferece às empresas acesso livre a um banco de dados de pesquisa sobre acordos comerciais e as respetivas regras de origem. É descrito como o «primeiro meio online global de recurso de tarifas, acordos comerciais e regras de origem traçadas a pensar nas PME» e permite que os utilizadores descubram as regras de importação para mercados estrangeiros aplicáveis ao seu produto, as taxas aplicadas, as regras de origem detalhadas e procedimentos de certificação. O facto de as informações referidas estarem disponíveis vão ajudar a reduzir os custos de transação e facilitar a reivindicação das taxas de impostos reduzidas ou nulas para as empresas nos acordos comerciais gratuitos e preferenciais, segundo a OMC. A informação, considera a organização, será particularmente benéfica para as pequenas e médias empresas que podem aceder ao conteúdo informativo através de um sistema de fácil navegação. As regras de origem são os critérios usados para definir onde é que um determinado produto foi fabricado e são importantes para implementar outras medidas de trocas comerciais, incluindo as preferências a favor dos países em desenvolvimento ou dos países menos desenvolvidos. Numa mensagem em vídeo, o diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, afirmou que as empresas devem entender e usar dezenas de regras de origem diferentes para as tarifas preferências em vigor em centenas de acordos comerciais bilaterais e regionais. Cada acordo preferencial tem obrigações específicas para a certificação e para o transporte de mercadorias. «Os governos e as empresas precisam de informações confiáveis relativamente às regras de origem» garantiu o diretor-geral.
3. Selfridges investe na revenda dentro de portas
Os grandes armazéns Selfridges em Londres abriram o seu primeiro espaço permanente dedicado à moda em segunda mão, à medida que o mercado de revenda de artigos de luxo ganha popularidade. Administrado pela revendedora Vestiaire Collective, o novo espaço fica localizado na área Designer Studio e procura transformar «a moda circular na norma retalhista», referem as empresas em comunicado. Celebrando o 10.º aniversário da Vestiaire Collective, o espaço permite que os clientes comprem e vendam peças usadas. Esta iniciativa resulta do «enorme sucesso» da residência da revendedora no Selfirdges London, em 2018, por um período de duas semanas, acrescentam as empresas. A primeira edição prevê um conjunto de 200 peças únicas, que incluirá uma seleção de 10 «pechinchas vintage raras e icónicas», revela o comunicado, que a revendedora adquiriu exclusivamente para o Selfridges. «Esta edição, com curadoria exclusiva de acessórios e peças prontas a vestir, representa os designers, momentos e movimentos que moldaram a indústria da moda, destacando o original Paco Rabanne, a conceptual Maison Martin Margiela e o vintage Versace – todos extremamente raros e exclusivos da boutique», afirma a Vestiaire Collective. O espaço inclui uma área onde os clientes podem deixar os artigos que já não usam, através do serviço Concierge e da aplicação Vestiaire Collective, em tempo real. Max Bittner, CEO da Vestiaire Collective, acredita que «esta parceria inovadora com o Selfridges London celebra um momento crucial para a revenda e o sector de retalho» e «visa aumentar a consciencialização relativamente à importância da moda circular, a fim de promover mudanças positivas e duradouras no ecossistema da moda». O diretor-executivo de compra da parceira, Sebastian Manes, considera que, «juntos, assumimos o compromisso de tornar o sistema de moda circular acessível e envolvente, complementando a nossa oferta mais ampla, como parte da estratégia central de Buying Better, Inspiring Change do Selfridges».
4. Vestuário militar agora disponível para massas
A Polartec está a dar resposta à procura do consumidor pela autenticidade e o “made in America” com o lançamento da coleção Polartec Military Issue. A produtora de têxteis inovadores e sustentáveis de Massachusetts tem vindo a desenvolver tecnologias de fabricação de tecidos militares clássicos e peças de vestuário integrais diretamente aos consumidores dos EUA com a sua nova coleção, baseada no Sistema de Vestuário de Clima Frio Prolongado de Terceira Geração (E.C.W.C.S., na sigla original) – o conjunto normalizado para temperaturas baixas usado pelo exército do país. O E.C.W.C.S. reúne várias camadas de vestuário, projetadas para a versatilidade e adaptabilidade a várias condições operacionais e ambientais. Neste sentido, a Polartec providencia os mesmos tecidos e padrões fabricados nos EUA e enviados diretamente para as mesmas confecionadoras que fabricam estas peças desde 2007. Os produtos Polartec Gen III E.C.W.C.S. e a coleção Polartec Military Issue incluem camisa e calças fabricadas com o tecido Polartec Silkweight, caracterizado pela sua suavidade, macio, conforto, flexibilidade, rápida capacidade de absorção e elevada resistência, a camisola “waffle” de malha bicomponente Polartec Power Grid, que maximiza a concentração do calor, a respirabilidade, a capacidade de absorção e a versatilidade, assim como o casaco smoking e o casaco e gorro polares. O diretor da Polartec, Steve Layton, explica que a empresa pretende dar resposta à elevada a procura deste tipo de vestuário por parte de veteranos de guerra e militares ainda em atividade. «Ninguém deveria ter que tentar a sua sorte com uma fotografia duvidosa do eBay ou um link de compra questionável» para adquirir este tipo de peças, defende Layton. Os produtos da Polartec estão disponíveis na plataforma online polartecmilitary.com, numa gama variada de tecidos leves e frescos para isolamento e proteção contra as condições climáticas, que são utilizados pelas principais marcas de consumo, as forças armadas dos EUA e estrangeiras, assim como mercados de vestuário técnico para profissões de risco.
5. Museu Calouste Gulbenkian celebra 50 anos com mostra especial
O Museu Calouste Gulbenkian comemora a sua 5.ª década e, por isso, decidiu abrir portas a uma exposição que faz jus às soluções de exibição apresentadas na abertura do museu em 1969, que recria várias formas de expor concebidas por Franco Albini e Franca Helg, Carlo Scarpa, Lina Bo Bardi, Aldo van Eyck e Alison e Peter Smithson noutros países. A exposição “Art on Display 1949-69” começa a 8 de novembro e termina a 8 de março de 2020, retratando como é que estes arquitetos reagiram às oportunidades que surgiram nos anos 60 e aos desafios do consumo cultural em massa. O museu pode ser visitado todos os dias à exceção de terça-feira, dia em que as instalações encerram. Os visitantes podem experienciar diversas formas de contemplação da arte, visto que é permitido ver uma peça isolada ou até mesmo um conjunto, podem estar deitados ou de pé, ver pinturas à luz do dia ou com forte iluminação artificial, esculturas inclinadas, paredes regulares, angulares, retilíneas ou curvas. Estão ainda disponíveis fotografias de arquivo e desenhos que revelam soluções pensadas para o Museu Calouste Gulbenkian. A iniciativa está associada a um projeto da Trienal de Arquitectura de Lisboa 2019 e será apresentada em 2020 no Het Nieuwe Instituut em Roterdão.
6. Indústrias do calçado, pele e madeira juntas na Exponor
De 7 a 9 de novembro, a Exponor reúne três sectores diferentes de grande peso na economia nacional, com as últimas novidades em tecnologia e inovação. A Maquishoes (Feira de Máquinas, Tecnologia e Acessório para a indústria de calçado), a Expocouro (Feira Internacional da Pele) e a FIMAP (Feira Internacional de Máquinas, Acessórios e Serviços para a Indústria de madeira). Além de serem apresentadas novidades dos sectores de calçado, pele e madeira, o evento, organizado pela Exponor Exhibtions, pretende promover o networking entre profissionais, assim como soluções especializadas para a indústria e oportunidades de negócio direcionadas para os profissionais destas atividades. Numa troca de experiências, no dia 8 de novembro, às 12 horas, vai decorrer a “Maquishoes Talk” subordinada ao tema “Sustentabilidade e economia circular no combate às alterações climáticas”, que contará com a presença de Pedro Fernandes, Technical Manager da Climate Change. Para a indústria da madeira (FIMAP), será encontrado um ponto de ligação entre esta indústria e a alta tecnologia. A exploração sustentada da floresta será a temática em foco desta 20a edição, com o objetivo de fomentar o debate entre profissionais. Durante os três dias, os participantes podem atender a eventos paralelos especializados para debater sobre tendências, estratégias e soluções. As “FIMAP Talks” vão contar com a opinião de especialistas sobre exploração e gestão florestal e certificação e capacitação das empresas. O workshop “Capacitação e oportunidades para a indústria da madeira”, sob a chancela da Produtech (Pólo de Tecnologias de Produção), visa incentivar a partilha de conhecimento sobre os desafios e oportunidades para a indústria como a sustentabilidade e economia circular na indústria da madeira. Na sessão do dia 8 de novembro, das 14 às 17,30 horas serão ainda apresentadas soluções na ótica da inovação e oportunidades nas cadeias de valor do sector.