- Turquia aposta na reciclagem de têxteis
- EUA são desafio para a Hugo Boss
- Asahi Kasei expande produção de camurça artificial
- Governo norte-americano apoia produtores de algodão
- JD Sports inaugura loja no Parque Nascente
- DB Schenker introduz luva inteligente na Alemanha
1. Turquia aposta na reciclagem de têxteis
A Turquia quer potenciar a reciclagem de resíduos têxteis no país, no âmbito da extensão da Zero Waste Campaign, lançada no país em 2017. A campanha, que pretende impulsionar a reciclagem entre vários sectores, está agora a estender-se aos desperdícios alimentares e aos têxteis. Segundo a publicação local Daily Sabah, nesta fase, a Zero Waste Campaign será gerida pela organização humanitária Crescente Vermelho Turco. O presidente da organização, Kerem Kinik, refere que a campanha nacional será lançada com o envolvimento de parcerias entre empresas públicas e privadas para estabelecer um sistema de recolha de resíduos têxteis. O Crescente Vermelho Turco estima que diariamente sejam descartadas mais de 2.500 toneladas de têxteis. O grupo está a preparar as infraestruturas necessárias para lidar com este desafio, incluindo a reciclagem dos produtos, caso estes não estejam em condições de serem enviados para cidadãos que necessitem. «Serão criadas fábricas para obtermos algodão, lã e outras matérias-primas a partir de vestuário que é deitado fora», explica Kerem Kinik. A Turquia está entre os maiores produtores do mundo de vestuário e, segundo a ferramenta re:source do just-style.com, tem cerca de 33.600 unidades de produção de vestuário. O seu principal mercado de exportação é, por uma questão de proximidade, a Europa.
2. EUA são desafio para a Hugo Boss
A multinacional alemã fechou as suas expectativas para o ano, avisando que as vendas e os lucros anuais irão provavelmente figurar entre os resultados mais baixos da sua estimativa, devido aos «persistentes desafios» no mercado norte-americano. No segundo trimestre, os lucros líquidos da Hugo Boss diminuíram 7,4%, para 50 milhões de euros, em relação aos 54 milhões de euros do ano anterior, enquanto os lucros operacionais (EBIT) aumentaram 3%, para 76 milhões de euros, impulsionados pelo crescimento das vendas e uma gestão consistente dos custos. A margem bruta de lucro reduziu ligeiramente para 66% em relação aos 66,9% do ano passado. As vendas no grupo aumentaram 3% no total, para 675 milhões de euros, enquanto o negócio digital cresceu 16% – representando o sétimo trimestre consecutivo de crescimento a dois dígitos. As vendas na região Ásia Pacífico foram «particularmente fortes», com uma subida de 8%. Na China, a Hugo Boss atingiu um crescimento a dois dígitos nas vendas comparáveis, enquanto na Europa as elevadas vendas no Reino Unido e em França compensaram a descida na Alemanha. De um modo geral, com ajustes de câmbio, na Europa as vendas subiram 2%. Devido a «um ambiente comercial persistentemente difícil» nos EUA, as vendas na região diminuíram 3% em relação ao ano passado. O CEO, Mark Langer, refere que o grupo continua a esperar «uma significativa aceleração» das vendas e dos lucros operacionais na segunda metade do ano, porém, as vendas a preço total e os lucros anuais deverão figurar entre os valores mais baixos da estimativa.
3. Asahi Kasei expande produção de camurça artificial
A empresa japonesa irá expandir a produção de camurça artificial, designada Lamous, na sua unidade em Miyazaki, no Japão. A Lamous inclui uma microestrutura de três camadas feita a partir de poliéster reciclado de plástico PET e têxteis e processada com poliuretano à base de água. Além dos interiores de automóveis e do revestimento de mobiliário, a Lamous é também usada no vestuário, incluindo em casacos, saias, vestidos, calças e camisolas, bem como fitas, cotoveleiras e etiquetas. A Asahi Kasei assegura que o produto é mais leve do que a camurça verdadeira e que a sua construção em três camadas garante a respirabilidade e o conforto. A capacidade produtiva será estendida em 4 milhões de metros quadrados por ano, aumentando-a para 14 milhões de metros por ano após a conclusão do projeto, que deverá ficar concluído na segunda metade de 2021. Ao just-style.com, um porta-voz da empresa não confirmou a quantidade da produção que é usada em vestuário, porém, refere que o aumento na produção é resultado de uma maior procura em todos os sectores, incluindo vestuário.
4. Governo norte-americano apoia produtores de algodão
O governo dos EUA apresentou um programa de apoio aos agricultores dos EUA – incluindo os produtores de algodão – afetados pelas tensões comerciais com a China, no valor de 16 mil milhões de dólares (cerca de 14 mil milhões de euros). As candidaturas aos apoios iniciaram-se a 29 de julho e ficarão abertas até 6 de dezembro. A ideia é que a primeira tranche de pagamentos seja efetuada no final de agosto, seguido pela segunda e terceira tranches em novembro e dezembro. O pagamento é limitado a 500 mil dólares por pessoa ou entidade. A decisão foi bem recebida pelo National Cotton Council (NCC), cujo presidente, Mike Tate – que é produtor de algodão no Alabama – considera que os apoios surgem numa altura oportuna, já que o sector do algodão está a deteriorar-se. O responsável aponta que os preços do algodão diminuíram em 30 cêntimos de dólar por libra (453 gramas) desde o verão de 2018 – o equivalente a menos 250 dólares de receitas por cada meio hectare de cultivo para um produtor com rentabilidade média. «Não há dúvidas que existe uma pressão para a redução dos preços devido, em parte, ao facto de as vendas de algodão para a China estarem substancialmente abaixo do nível registado na ausência das tarifas. Além disso, o algodão dos EUA perdeu quota de mercado na China para o Brasil e para a Austrália e a pressão está a pesar sobre a cadeia de distribuição, com a redução das exportações e o crescimento dos stocks», afirma Mike Tate.
5. JD Sports inaugura loja no Parque Nascente
A multinacional britânica inaugura amanhã, 3 de agosto, a sua nova loja no Centro Comercial Parque Nascente, no Porto. Trata-se da sexta abertura da JD Sports na zona norte do país e a 19.ª em Portugal. A nova loja, situada no piso 1 do centro comercial, tem 323 metros quadrados de superfície e emprega 24 colaboradores. Em termos de oferta, a nova JD Sports contará com artigos de marcas como a Nike, Adidas, Reebok, Vans e SikSilk, além de modelos de marcas próprias como a Supply & Demand e a Pink Soda. Para marcar o momento, a JD Sports organiza um evento na loja no sábado, a partir das 11h00, com música ao vivo e espetáculos de breakdance.
6. DB Schenker introduz luva inteligente na Alemanha
O operador de logística está a implementar no seu armazém em Eching, na Alemanha, a utilização da ProGlove – uma luva inteligente de digitalização. A ProGlove é um dispositivo para digitalização de código de barras no processo de recolha de mercadorias. A unidade de digitalização está integrada na zona das costas da luva usada pelos colaboradores de armazém e é ativada quando se junta e pressiona os dedos polegar e indicador. Depois de digitalizar um código de barras, o colaborador recebe um feedback visual, auditivo e tátil. Segundo a empresa, a ProGlove melhora significativamente a eficiência do processo. Enquanto os tradicionais scanners são pouco ergonómicos e difíceis de usar, o novo dispositivo permite aos colaboradores desempenharem as suas funções de forma mais rápida, segura e fácil. Os colaboradores podem continuar a utilizar as duas mãos livremente durante as operações, sem necessitar de procurar ou alcançar o leitor de código de barras. O resultado é uma economia de tempo de cerca de 40% em comparação com a utilização de scanners tradicionais. Thomas Kirchner, cofundador e CEO da ProGlove, afirma que «o desenvolvimento da ProGlove segue a ideia de que os humanos vão continuar a ser um foco importante da indústria no futuro. Foi por essa razão que desenvolvemos uma luva inteligente leve e intuitiva que pode ser usada sem nenhum esforço de integração. A ProGlove apoia os colaboradores no seu trabalho diário e liga-os à indústria 4.0», assegura.