- Puzzle Family veste toda a família
- Vendas abrandam na Gucci
- Sony refresca t-shirts
- O fim da Sonia Rykiel
- Consumidores querem mais tecnologia
- SMCP a crescer mundialmente
1. Puzzle Family veste toda a família
A nova marca portuguesa de vestuário aposta em conjuntos para toda a família, maioritariamente através de modelos intemporais em malha 100% de algodão. A Puzzle Family garante ainda querer ser parte ativa no desígnio de tornar o mundo mais sustentável, por isso, trabalha com base numa economia circular. Surgida no seio de uma empresa têxtil familiar, a marca aproveita o que não é utilizado durante o processo produtivo e procede à sua reutilização na produção de novos materiais, que ganham vida quando transformados em conjuntos para toda a família. «Motivada pela vontade de multiplicar os momentos de felicidade em família, a Puzzle Family mantém-se fiel à missão de celebrar o amor, a união e a partilha através da forma como nos vestimos», refere a insígnia em comunicado.
2. Vendas abrandam na Gucci
O crescimento das vendas na casa de moda do grupo Kering desacelerou, numa altura em que o grupo rival LVMH cresce. As vendas comparáveis da casa de moda italiana aumentaram 12,7% no segundo trimestre do ano, comparado com as estimativas dos analistas, que eram de 14,5%. Apesar de, no geral, as vendas no grupo Kering terem ido de encontro às expetativas, o abrandamento na Gucci poderá causar preocupações. As vendas da Gucci aumentaram 40% no período homólogo do ano passado e 20% no trimestre anterior. O grupo Kering tem tentado persuadir os investidores de que o crescimento da marca é normal e que as criações de Alessandro Michele não estão a sair de moda. «O abrandamento era esperado e foi comentado nos trimestres anteriores», afirma Jean-Marc Duplaix, diretor financeiro do Kering. A Gucci permanece altamente lucrativa, com a margem operacional a subir para 41% na primeira metade do ano. A empresa continua a ter uma performance positiva na China.
3. Sony refresca t-shirts
A gigante japonesa criou um pequeno e leve dispositivo, batizado Reon Pocke, que se pode colocar num bolso interior de uma t-shirt especialmente desenhada para o efeito. Controlado a partir de uma aplicação móvel, é capaz de aquecer ou arrefecer o utilizador da mesma, através do efeito Peltier, um princípio termodinâmico amplamente usado na refrigeração. O Reon Pocket surge no âmbito do programa de aceleração de startups da Sony e a empresa está atualmente a realizar um crowdfunding para o desenvolvimento do dispositivo. Para já, a Sony planeia lançar o artigo apenas no Japão. Segundo um porta-voz da empresa, o público-alvo do produto são maioritariamente homens de negócio, que têm que usar fatos no verão, apesar de a Sony admitir que irá definir o público-alvo a partir dos resultados do crowdfunding. Para já, as t-shirts estarão disponíveis para homens, em tamanho pequeno, médio ou grande. O dispositivo é colocado debaixo do vestuário e a bateria demora duas horas a carregar e dura cerca de 90 minutos. Numa publicação do blog do programa de aceleração de startups da Sony, Yoichi Ito, gestor de projeto da Reon Pocket, explica que, tendo em conta que os cidadãos se tornaram cada vez mais focados na funcionalidade e conforto do vestuário, em 2017, a sua equipa começou a pensar em formas de misturar tecnologia e moda para atingir esse objetivo, o que resultou no Reon Pocket.
4. O fim da Sonia Rykiel
A casa de moda francesa Sonia Rykiel entrou em processo de liquidação, anunciou o Tribunal do Comércio de Paris. A fundadora da marca, que foi apelidada de “rainha das malhas”, pela Women’s Wear Daily, faleceu em 2016, depois de, em 2012, a família ter vendido a empresa a investidores de Hong Kong. Instantaneamente reconhecida pelo seu chamativo cabelo ruivo, Sonia Rykiel fundou a sua casa de moda em Paris, em 1968, e as suas peças foram usadas por artistas como Audrey Hepburn, Brigitte Bardot e Catherine Deneuve.
5. Consumidores querem mais tecnologia
Numa altura em que as tecnologias invadem as lojas, poderá ser surpreendente que muitos retalhistas ainda estejam atrasados nessa área. No entanto, segundo um relatório da ATKearney, são mais os consumidores que estão conscientes das tecnologias emergentes usadas no retalho do que os clientes que realmente as usam nas lojas. O estudo refere que «os retalhistas que conseguirem superar a lacuna entre consciencialização e a experimentação conquistarão uma vantagem significativa». Nos EUA, os consumidores estão entusiasmados com as novas tecnologias disponíveis, apesar de admitirem que não viram grandes provas das mesmas nas lojas que visitaram. As conclusões têm como base um inquérito a mil consumidores norte-americanos. O Consumer Retail Technology Survey de 2019 mostra que, se por um lado 75% dos consumidores estão conscientes da existência de pelo menos uma tecnologia para o retalho, por outro apenas 33% já experimentaram alguma, em áreas como a realidade aumentada, ecrãs interativos ou impressão 3D. No fundo, «os retalhistas devem olhar para as tecnologias como uma forma de gerar crescimento», escreve a ATKearney. Os inquiridos concordam e quase metade espera que as suas compras sejam mais influenciadas pela tecnologia no futuro.
6. SMCP a crescer mundialmente
Segundo Daniel Lalonde, diretor-executivo do SMCP, o grupo continua, «como esperado, a registar um crescimento sólido. As nossas marcas continuam a lançar coleções bonitas, lojas que se desatacam e um foco contínuo nas vendas a preço total». No segundo trimestre de 2019, as vendas do grupo francês subiram 10,1% (um aumento de 8,9% em moeda neutra) para 265,7 milhões de euros, com as vendas internacionais a crescerem 13,7%, notavelmente impulsionadas pela China (onde evidenciaram um aumento de 30%). O grupo registou ainda resultados positivos no mundo digital, com mais 50 pontos base no primeiro semestre, atingindo os 14,8% nas vendas totais, maioritariamente impulsionadas pela China, já que o grupo está a «acelerar a sua viagem digital através de parcerias com a JD.com e a Farfetch». Por região, as vendas em França voltaram a crescer 0,5%, «com a Sandro e a Maje a contribuírem positivamente, apesar das difíceis condições de mercado». A região EMEA (Europa, Médio Oriente e África) registou um crescimento de 7,5%, a taxas de câmbio constantes, «ainda que de tendência divergente na Europa», incluindo difíceis condições de mercado no Reino Unido, que tem sido afetado pelas incertezas do Brexit, e na Suíça, que conheceu um decréscimo no turismo. Além disso, a performance da Espanha, Itália e Alemanha «continuam a ser muito dinâmicas», garante o grupo. No continente americano, o SMCP verificou um crescimento de 13,3% nas vendas em taxas de câmbio constantes. A região Ásia Pacífico conheceu mais um «trimestre muito positivo», com um aumento de 23,4%, a taxas de câmbio constantes. «Este crescimento reflete o sucesso das coleções primavera-verão 2019, com uma tendência muito dinâmica na China (com mais de 30% de crescimento nas vendas)», indica o grupo, embora Hong Kong tenha sido afetado pelos protestos em junho. Na região Ásia Pacífico, o SMCP registou uma evolução no digital, incluindo resultados promissores na JD.com. Quanto às marcas, no segundo trimestre, as vendas da Sandro aumentaram 8,6% a taxas de câmbio constantes, «registando uma aceleração sólida em relação ao primeiro trimestre de 2019», revela o SMCP. Ao longo dos últimos 12 meses, a marca abriu 61 lojas próprias. A Maje verificou um crescimento de 10,7% nas vendas a taxas de câmbio constantes, «potenciado pela sua coleção primavera-verão 2020». Ao longo dos últimos 12 meses, a Maje inaugurou 53 lojas. A Claudie Pierlot conheceu uma subida mais modesta nas vendas, de 4,5% a taxas de câmbio constantes, «impactada pela falta de peças leves na coleção primavera-verão e uma menor exposição a mercados de crescimento rápido», justifica. Nos últimos 12 meses, esta marca abriu 23 lojas próprias.