- A visão do novo presidente da Euratex
- SMCP compra De Fursac
- Chanel soma e segue
- Mango aposta nos EUA através da Macy’s
- Vendas de moda online abrandam no Reino Unido
- Joalharia portuguesa invade Casa da Arquitetura
1. A visão do novo presidente da Euratex
Recentemente nomeado presidente da Euratex, a confederação europeia de têxtil e vestuário), o italiano Alberto Paccanelli revelou a sua visão para a organização, que envolve a aposta num trabalho conjunto entre todos os membros. Para o novo líder, a Euratex deve trabalhar com as instituições da União Europeia, agentes europeus e internacionais, mantendo o foco nos seus pilares fundamentais: uma ambiciosa política industrial, uma investigação eficaz, a inovação e o desenvolvimento do conhecimento, o comércio livre e a sustentabilidade. Paccanelli afirma que «a união e a colaboração entre todas os membros da organização será essencial para que a Euratex defenda os interesses da indústria. Com experiência internacional tanto na indústria têxtil como na consultoria de gestão, Alberto Paccanelli já foi CEO e acionista do Martinelli Ginetto Group, em Bergamo. Durante muitos anos esteve envolvido ativamente na representação da indústria, tanto a nível nacional como europeu, enquanto presidente (entre 2011 e 2014) e também vice-presidente de tesouraria (entre 2014 e 2019) da Euratex, membro do comité da direção da Sistema Moda Itália e presidente da Piattaforma Tecnologica Italiana per il Tessile Abbigliamento. Paccanelli irá liderar uma equipa que inclui os vice-presidentes Jean-François Gribomont, Gregory Marchant, Rusen Cetin e Bodo Bölzle. Entretanto, Dirk Vantyghem foi designado novo diretor-geral da Euratex, contabilizando mais de 20 anos de experiência na representação empresarial a nível europeu, como diretor da Association of European Chambers of Commerce and Industry, em Bruxelas. «Estou comprometido em fazer crescer a Euratex como um interlocutor essencial entre a indústria e os decisores políticos e, ainda, apoiar a nossa sociedade a promover uma indústria competitiva», assegura Vantyghem.
2. SMCP compra De Fursac
O grupo SMCP, que detém as marcas de moda francesas Sandro, Maje e Claudie Pierlot, vai adquirir a marca de vestuário de luxo masculina De Fursac, num acordo que deverá potenciar os seus lucros. O SMCP, que é maioritariamente detido pelo grupo chinês Shandong Ruyi, não revelou o montante da aquisição. Em 2018, as vendas da De Fursac atingiram os 41,4 milhões de euros, com um crescimento das vendas comparáveis de 5,4% e uma margem EBITDA superior à do SMCP. «Com a De Fursac no grupo, temos uma oportunidade única de acelerar a nossa estratégia, ao explorar um novo segmento no mercado de luxo para homem», acredita o CEO do SMCP, Daniel Lalonde. «A De Fursac é uma marca extraordinária, preparada para crescer através da expansão internacional, com o nosso apoio», sublinha.
3. Chanel soma e segue
A casa de moda francesa registou um crescimento anual das vendas e dos lucros e, uma vez mais, reafirmou a sua independência. A Chanel revelou que, em 2018, as receitas subiram 12,5% para 11,12 mil milhões de dólares (cerca de 9,83 mil milhões de euros), enquanto os lucros líquidos aumentaram 16,4% para 2,17 mil milhões de dólares. A casa de moda francesa registou um crescimento em todos os seus mercados, com a região Ásia Pacifico a liderar, com uma subida de 19,9% nas vendas anuais, comparado com uma subida de 7,8% a Europa e de 7,4% no continente americano. No ano passado, a Chanel divulgou, pela primeira vez desde a sua fundação, os resultados financeiros, o que motivou especulações de que estava a preparar-se para venda. Philippe Blondiaux, diretor financeiro da Chanel, afirma agora à Reuters que a empresa não está à venda e não planeia entrar na bolsa de valores. «Temos que viver com o facto de sermos uma das marcas mais desejadas no mercado. Estes rumores vão, infelizmente, continuar a surgir com regularidade», admite. «A Chanel tem que permanecer independente, de modo a poder continuar a tomar as suas próprias decisões, como não usar peles de animais exóticos ou harmonizar preços», explica. Em maio, após o desaparecimento de Karl Lagerfeld, a nova diretora criativa da Chanel, Virginie Viard, apresentou a sua primeira coleção a solo e Blondiaux acredita que esta ficará por muito tempo na casa de moda francesa.
4. Mango aposta nos EUA através da Macy’s
A retalhista espanhola assinou um acordo com a gigante do retalho norte-americano para abrir pontos de shop-in-shop, na tentativa de potenciar a presença física nos EUA. As primeiras três aberturas serão na flagship da Macy’s em Herald Square, seguido dos espaços em Staten Island e Roosevelt Field. Se for bem-sucedida, a estratégia será repetida noutros estados dos EUA. O novo acordo surge quatro anos depois de a Mango não renovar o acordo com a JC Penney nos EUA, através do qual a cadeia espanhola detinha cerca de 440 pequenos pontos de venda. Na altura, a Mango anunciou que apenas tinha registado um crescimento de 0,5% de vendas mundiais desde o acordo com a JC Penney. A Mango opera atualmente no país com uma loja no bairro SoHo, em Nova Iorque, e vende online através do seu próprio website, da plataforma Lord & Taylor e de marketplaces como a Amazon.
5. Vendas de moda online abrandam no Reino Unido
O crescimento das vendas online de artigos de moda no Reino Unido desacelerou, atingindo a taxa de crescimento mais baixa de sempre, segundo dados da empresa de análise de mercado Kantar. O incremento anual das vendas online diminuiu para 0,6% nas 12 semanas até 2 de junho, comparado com os 8% do mesmo período do ano passado, e os 6,8% do ano anterior. Numa altura em que o crescimento do comércio eletrónico no mundo da moda é usado como justificação pelo decréscimo das vendas nas lojas físicas, as vendas offline continuam a superar as vendas online no Reino Unido. As primeiras atingiram os 5,5 mil milhões de libras (6,12 mil milhões de euros), enquanto as segundas alcançaram os 2,1 mil milhões de libras. Glen Tooke, diretor de informação de consumo na Kantar, afirma que «o mercado é cada vez mais desafiante para todos os retalhistas. O crescimento do online tem vindo a abrandar nos últimos anos. Estamos a começar a sentir a sua a estabilização». Entretanto, as ligações ao programa Love Island ajudaram a Boohoo a ultrapassar a Asos como maior retalhista online de moda em termos de valor em bolsa. A Boohoo vale agora 2,46 mil milhões de libras, enquanto a Asos vale 2,16 mil milhões de libras.
6. Joalharia portuguesa invade Casa da Arquitetura
A AORP – Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal irá promover um showcase de 20 marcas nacionais na Casa da Arquitetura, em Matosinhos. O evento Portuguese Jewellery Legacy – Showcase & Exhibition celebra o lançamento da nova campanha de promoção internacional da joalharia portuguesa, que será apresentada em formato de exposição. Paralelamente ao evento, terão lugar três conversas informais para dar a conhecer histórias, casos de sucesso e tendências dentro da joalharia, com os temas “A história das nossas joias”, “Sustentabilidade – fechar o ciclo” e “Shape Up – Empreendedorismo na Joalharia”. Em comunicado, a AORP escreve que as marcas à venda no evento «representam a versatilidade de estilos da joalharia portuguesa». As portas da Casa da Arquitetura abrem-se no dia 5 de julho, das 10 às 19 horas, e no dia 6 de julho, das 10 às 17 horas.