Breves

  1. Guimarães volta a celebrar os têxteis-lar
  2. UE potencia lã da Mongólia
  3. Coleção H&M com base na análise de dados
  4. A próxima revolução da Jeanologia
  5. Marks & Spencer investe em ajustes 3D
  6. Applied DNA fecha o ciclo na monitorização do algodão

1. Guimarães volta a celebrar os têxteis-lar

A Pousada de Santa Marinha acolhe, nos dias 26 e 27 de junho, a quarta edição da Guimarães Home Fashion Week (GHFW), uma iniciativa da Associação Home from Portugal. No evento, 53 empresas portuguesas, produtoras e exportadoras de têxteis-lar, representando 60 marcas, vão expor os seus produtos, onde está prevista a visita de cerca de 260 compradores estrangeiros, provenientes de 35 mercados que abrangem os cinco continentes. Segundo a organização, os dias 26 e 27 serão dedicados a contactos bunisess to business, sendo que os dias 28 e 29 estão já reservados para contactos entre produtores, exportadores e compradores que, desta forma, terão oportunidade de visitar as empresas portuguesas nas suas próprias instalações.

2. UE potencia lã da Mongólia

A União Europeia (UE) vai financiar uma iniciativa para apoiar o desenvolvimento da comercialização de lã de iaque e de camelo da Mongólia, ajudando a melhorar o acesso a mercados internacionais e facilitando criação de parcerias com empresas estrangeiras. Num encontro do projeto Trade Related Assistance for Mongolia (EU TRAM) foi discutido o estabelecimento de um cluster para a produção de artigos finais em lã de iaque e de camelo e a sua promoção internacional. Segundo a Câmara Nacional de Comércio e Indústria da Mongólia (MNCCI na sigla inglesa), a ideia é criar artigos de gama alta tão competitivos quanto os artigos em caxemira da Mongólia. Lançado em março de 2018, o EU TRAM é um projeto a quatro anos, de 5 milhões de euros, que tem como objetivo potenciar as exportações da Mongólia e contribuir para um crescimento económico sustentável e o desenvolvimento do pais. O foco está em produtos/sectores que têm um grande potencial exportador. A Mongólia beneficia de isenção de impostos para o mercado europeu, sob o programa GSP+, mas não usufrui destes benefícios tanto quando poderia porque os produtos não cumprem com as regulamentações necessárias. «Os consumidores mundiais já sabem que a caxemira da Mongólia e os artigos em lã são naturais e não prejudicam a saúde. No entanto, ainda encontramos dificuldades na exportação de artigos, por isso, é importante resolver este problema», afirma B. Saruul, secretário geral da MNCCI.

3. Coleção H&M com base na análise de dados

A gigante sueca lançou uma nova coleção feita à medida dos seus clientes de Berlim, na Alemanha. A coleção limitada foi criada numa colaboração entre a H&M Alemanha e o laboratório do grupo, um departamento interno dedicado à inovação que explora novos modelos de negócio. As peças foram desenhadas tendo como base a análise de dados, através da qual foram identificadas as principais tendências em Berlim. Os dados recolhidos revelam os principais estilos que os consumidores de Berlim desejam atualmente, de silhuetas a cores específicas, até às matérias-primas e aos moldes. «Com esta coleção, queremos estar totalmente focados nos consumidores e oferecer aos nossos clientes de Berlim uma coleção personalizada», afirma Heléne Riihonen, business developer do laboratório da H&M. A nova coleção, lançada a 16 de maio, está disponível exclusivamente em oito lojas da H&M em Berlim.

4. A próxima revolução da Jeanologia

A especialista em tecnologias sustentáveis para acabamento de denim vai apresentar um modelo produtivo na ITMA 2019, que decorre de 20 a 26 de junho em Barcelona, que se baseia na digitalização e na sustentabilidade e promete reduzir o tempo de fabricação e simplificar o processo produtivo. A empresa assegura que a inovação proporciona uma produção 100% ecológica, «acelerando o tempo de chegada dos produtos ao mercado, através de uma integração perfeita entre hardware e software». O modelo promete reduzir os atuais meses necessários para produção para semanas ou mesmo dias. O modelo irá combinar as tecnologias G2Dynamic, Laundry 5.Zero, G2 ozone e Smart Boxes e procura ajudar as empresas a reduzir a sua pegada ambiental, o impacto na saúde dos trabalhadores e diminuir custos. Enrique Silla, CEO da Jeanologia, explica que a procura do sector por maior sustentabilidade tem sido a força impulsionadora para o desenvolvimento da tecnologia necessária. «Estávamos diante de um modelo produtivo que era obsoleto, com um uso intensivo do trabalho manual e de recursos naturais. Isto obrigou-os a repensar totalmente o modo como os jeans são produzidos. Hoje podemos garantir que estamos tecnologicamente preparados para apresentar um modelo produtivo completamente tecnológico, eficiente, ético e sustentável, sem comprometer a autenticidade dos produtos», assegurou Silla.

5. Marks & Spencer investe em ajustes 3D

A Texel é a terceira startup selecionada para o programa de aceleração da gigante britânica, criado no âmbito da joint-venture com a Founders Factory. O projeto permite às startups potenciarem o seu crescimento, beneficiando do conhecimento da M&S em design, engenharia informática, inteligência artificial, análise de dados e estratégia. A tecnologia da Texel digitaliza as medidas dos consumidores em 3D, criando um avatar digital do utilizador. Posteriormente, recomenda as peças de vestuário mais adequadas para o tipo de corpo. «A tecnologia da Texel abre-nos muitas possibilidades», afirma Paschal Little diretor de tecnologia para vestuário e habitação da retalhista britânica de moda. «O retalho está a mudar a um ritmo nunca antes visto. Investir em empresas como a Texel dá-nos as ferramentas necessárias para testar e experimentar novas formas de inspirar os nossos clientes», considera. Por sua vez, Sergey Klimentyev, cofundador da Texel, explica que a startup «está a criar produtos que têm como desígnio simplificar, personalizar e enriquecer a experiência online e offline dos consumidores, assim como reduzir as devoluções online e aumentar as taxas de conversão».

6. Applied DNA fecha o ciclo na monitorização do algodão

A Applied DNA Sciences garante que irá fechar o ciclo da rastreabilidade do algodão Pima do Egito, usando a tecnologia de identificação molecular para a autenticação da fibra desde o descaroçamento até ao produto final. Esta análise tem sido usada para monitorizar as fibras e será, agora, estendida aos fios, tecidos e produtos finais. Quando combinando com o sistema de monitorização Signature T, estima-se que este novo método, juntamente com outras formas de quantificação de fibras a serem desenvolvidas na Applied DNA, permitirá verificar o tipo de algodão, a sua origem e as misturas. «Muitos produtos contêm algodão cultivado nos EUA e no Egito e nós acreditamos que os nossos sistemas podem providenciar uma ferramenta útil para as marcas e os produtores verificarem os seus produtos em qualquer fase da cadeia de aprovisionamento», afirma James A. Hayward, presidente e CEO da Applied DNA.