- UMinho estuda fatos espaciais
- Giambattista Valli cria para a H&M
- Quanto vão custar as taxas aos americanos?
- Next chama clientes às lojas através da Amazon
- Algodão egípcio certificado pela genética
- Wrangler eleva a fasquia da sustentabilidade
1. UMinho estuda fatos espaciais
Pedro Arezes, professor catedrático da Escola de Engenharia da Universidade do Minho (UMinho), defende, num novo estudo, que os fatos espaciais devem considerar múltiplos fatores para cada astronauta e ter como base modelos computacionais. Para o também diretor nacional do Programa MIT Portugal, o fato deve ter em conta múltiplos fatores, de modo a evitar as lesões musculoesqueléticas, as alterações biomecânicas e as dificuldades de desempenho que os atuais fatos provocam aos astronautas. Para o docente, trata-se de um fator decisivo, sobretudo em missões fora da nave e de longa duração, como nas previstas missões tripuladas a Marte e à Lua. O estudo foi publicado na revista científica “Aerospace Medicine and Human Performance”, em coautoria com cientistas do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) e da Universidade do Colorado, nos EUA. Um desafio no design é que a construção desses sistemas entenda a relação complexa entre o fato espacial e a interação humana. «É exatamente aqui que os modelos computacionais poderão simular o desempenho dos astronautas, constituindo-se como uma ferramenta fulcral na conceção dos fatos», sublinha Pedro Arezes.
2. Giambattista Valli cria para a H&M
A colaboração anual da retalhista sueca será, este ano, com Giambattista Valli. Trata-se da primeira vez que o designer adere a uma colaboração do género, além de representar uma estreia de Giambattista Valli no vestuário de homem. A H&M também se estreou ao disponibilizar, com antecedência, algumas peças da colaboração, algo que normalmente não faz com as linhas de outono-inverno. A novidade foi revelada na passada quinta-feira, 23 de maio, na gala da amfAR, em Cannes. O designer e a conselheira criativa da H&M, Ann-Sofie Johansson, posaram lado a lado com Kendall Jenner, Chiara Ferragni, Bianca Brandolini d’Adda, H.E.R., Chris Lee (Li Yuchun) e Ross Lynch, que envergaram as peças de edição limitada da colaboração. As primeiras peças estão disponíveis em 12 lojas selecionadas e no website da H&M. A coleção completa Giambattista Valli x H&M será lançada mundialmente a 7 de novembro. A gigante sueca descreve Giambattista Valli como «um mestre da beleza e da sofisticação». Já o criador de moda afirma que a H&M lhe deu uma «oportunidade» para levar a sua «visão do estilo e de celebração da beleza a uma audiência mais ampla. Quero partilhar o meu amor pela beleza e conseguir fazer parte dos momentos felizes de toda a gente, ajudando a criar histórias de amor em todo o mundo». Por sua vez, Ann-Sofie Johansson refere que o designer «é, indiscutivelmente, o mestre da alta costura. Conseguir levar as suas peças aos nossos clientes é um sonho tornado realidade».
3. Quanto vão custar as taxas aos americanos?
Numa altura em que, nos EUA, as taxas aumentam em praticamente todos os produtos importados da China, os sectores que, até ao momento, foram poupados das subidas serão, provavelmente, afetados agora. Uma categoria onde os consumidores irão possivelmente começar a sentir o efeito será no calçado. Segundo o Banco Mundial, em 2017, quase 60% do calçado importado pelos EUA foi proveniente da China e, atualmente, quase todo o calçado vendido nos EUA é importado. A 10 de maio, o Departamento de Comércio dos EUA anunciou o aumento de 10% para 25% das taxas alfandegárias sobre produtos chineses na ordem dos 200 mil milhões de dólares (cerca de 180 mil milhões de euros) e, sob ordens do presidente norte-americano, Donald Trump, serão aplicados aumentos ao equivalente a 300 mil milhões de dólares de produtos chineses importados pelos EUA. Apesar da insistência de Donald Trump de que será a China a pagar os custos das taxas mais altas, na verdade serão as empresas que importam os seus produtos da China que irão pagar os impostos. As empresas podem absorver os custos, afetando os seus lucros, ou, simplesmente, passar os custos para os consumidores, subindo o preço. Segundo a Footwear News, a Footwear Distributors and Retailers of America fez uma estimativa de quanto iria custar aos consumidores o aumento de 25% no calçado. Os resultados têm como base o custo das importações, que inclui o preço da produção e do envio do calçado, multiplicado por três – uma conta habitualmente realizada no retalho, que inclui os custos de armazenamento, marketing, circulação, mão de obra e a margem de lucro das empresas. Num único par de sapatos, a nova taxa pode não representar um grande aumento, contudo, um incremento idêntico em diversos artigos, incluindo no segmento de vestuário, pode ser significativo. No ano passado, a American Apparel & Footwear Association estimou que uma taxa adicional de 25% poderia custar a uma família de quatro pessoas, por exemplo, mais 500 dólares em compras de vestuário e calçado.
4. Next chama clientes às lojas através da Amazon
Numa altura em que as vendas a retalho continuam a perder quota de mercado para o comércio online, a retalhista britânica Next quer impulsionar a adesão às suas lojas através de um acordo que permite aos consumidores da Amazon recolherem as suas encomendas nas lojas da Next. A Amazon está a lançar o Counter – um novo serviço que permite aos clientes recolherem as suas encomendas nas lojas das marcas – em Itália e no Reino Unido. Os parceiros para o lançamento do serviço incluem a Next, a rede de livrarias italiana Giunti e a rede de lojas Fermopoint e SisalPay em Itália. Após ter efetuado testes com os seus parceiros, a Amazon revelou que o feedback foi positivo e que o serviço Counter pode realmente ajudar a atrair clientes para as lojas. «A recolha de encomendas da Amazon em centenas de lojas do Reino Unido da Next é um serviço útil e entusiasmante para os consumidores britânicos», considera Simon Wolfson, CEO da Next. «O serviço Amazon Counter combina o poder que a internet tem de dar inúmeras escolhas, com toda a conveniência da proximidade das lojas. Numa altura difícil para o retalho, o nosso objetivo é que este serviço contribua para a relevância e dinamismo das nossas lojas», acrescenta.
5. Algodão egípcio certificado pela genética
O Egito irá implementar a tecnologia de etiquetagem molecular da Applied DNA Sciences para garantir a autenticidade e proveniência do algodão. A empresa Applied DNA revelou que recebeu uma encomenda do seu sistema de monitorização de algodão Signature T para duas variedades de algodão egípcio de gama alta. A etiquetagem deverá iniciar-se dentro de um mês. O sistema inclui a utilização das etiquetas moleculares, a recolha de dados de provas da qualidade do processo de rotulagem para cada fardo e um código de barras microscópico de rastreamento dos fardos para a gestão de inventário. O algodão será rastreado através de protocolos rígidos em toda a cadeia de aprovisionamento, de modo a assegurar a monitorização e a pureza do mesmo. «Com o algodão egípcio iremos tentar replicar o sucesso que tivemos na proteção do algodão dos EUA. Dada a incerteza que rodeia a origem do algodão egípcio no mercado e os pedidos de mais transparência e monitorização por parte dos consumidores, das marcas e da indústria, a implementação do sistema Signature T pretende garantir que o valor do algodão egípcio pode ser mantido em toda a cadeia de aprovisionamento», afirma James A. Hayward, presidente e CEO da Applied DNA.
6. Wrangler eleva a fasquia da sustentabilidade
A marca de jeans lançou uma nova coleção limitada, premium, denominada Wrangler Rooted Collection, feita a partir de algodão 100% sustentável, produzido localmente. Lançada a 22 de abril, no Dia da Terra, a Wrangler Rooted Collection é feita com algodão produzido em cinco quintas distintas nos EUA, que, segundo a Wrangler, garantem as melhores práticas sustentáveis. A coleção também conta com caraterísticas distintivas de referência aos cinco estados onde o algodão é produzido – Alabama, Geórgia, Carolina do Norte, Tennessee e Texas –, bem como detalhes de alusão aos mapas dos estados, por exemplo. Além disso, inclui duas t-shirts desenhadas a pensar em cada um dos estados, bem como três t-shirts com referências ao país. Nesta aposta na sustentabilidade, a Wrangler anunciou que pretende aprovisionar 100% do seu algodão através destas práticas até 2025. Tom Waldron, presidente global da marca, confirmou que «a introdução desta coleção está em linha com o objetivo de melhorar continuamente a performance ambiental da marca e a rastreabilidade dos nossos produtos».