Breves

  1. Como compram os mais jovens?
  2. Amazon e Alibaba lideram retalho
  3. CEO do Kering pede união em prol do ambiente…
  4. … E Stella McCartney e Google já estão juntos
  5. Guerra comercial inflaciona preços da Walmart
  6. Department stores londrinas são as melhores do mundo

1. Como compram os mais jovens?

Formas alternativas de compra continuam a serem escolha crescente entre os consumidores mais jovens, com a tecnologia a quebrar com as ideias tradicionais de como e onde os produtos podem ser procurados e comprados. A pesquisa por voz está a crescer rapidamente, com muitos consumidores a admitirem que pesquisaram por produtos através de assistentes de voz como a Amazon Echo e a Google Home, cuja utilização subiu 83% num ano. Segundo a Episerver, no seu relatório anual Reimagining Commerce, através do qual inquiriu 4.500 consumidores digitais de oito países e descobriu que os consumidores estão a comprar cada vez mais através deste tipo de tecnologia, «mas as preocupações de segurança permanecem», revela o relatório. 17% dos consumidores digitais fazem múltiplas compras por mês com assistentes de voz (um aumento em relação aos 11% de 2017), mas 43% dos consumidores citam a falta de segurança como razão principal para não fazer mais compras através deste meio. Além da segurança, contribuem fatores como a falta de imagens dos produtos (35%) e a dificuldade de comparação de artigos (33%). No entanto, este tipo de problemas não impede a utilização de novas formas de compra, porque «onde os assentistes de voz falham, aparecem as redes sociais», afirma Ed Kennedy, diretor sénior de comércio da Episerver. As redes sociais, «outrora um canal de compra emergente, são agora fundamentais para as compras, com 63% dos consumidores digitais a terem clicado em publicidade nas redes sociais e 33% a efetuarem uma compra direta no seguimento disso», refere o relatório. Além do mais, 12% dos consumidores usam as redes sociais como inspiração para compras quando não têm um produto específico em mente. E uma percentagem ligeiramente acima dos 12% de compradores que usam os sites das marcas com o mesmo objetivo. «Os nossos dados indicam que as redes sociais impulsionam as compras e têm um forte impacto sob os mais jovens», assegura Ked Kennedy.

2. Amazon e Alibaba lideram retalho

A Amazon não só manteve a liderança numa nova análise das marcas mais valiosas de retalho do mundo, como conseguiu quase duplicar o seu valor, para 315,5 mil milhões de dólares (cerca de 282,5 mil milhões de euros), no mais recente ranking Kantar/WPP BrandZ. A gigante online representa cerca de um quarto (23%) do valor total das marcas no top 75. A performance revela a força que a retalhista online tem, apesar do seu tamanho gigante sugerir que o crescimento deverá, em algum momento, abrandar. Segue-se no ranking outra gigante, a chinesa Alibaba, segunda maior retalhista em valor. Pode demorar algum tempo até a Alibaba atingir a Amazon, já que o valor da norte-americana subiu 91% no ano passado. Já o da Alibaba cresceu 48%, para 131 mil milhões de dólares. Os resultados têm como base a performance financeira das empresas e inquéritos a consumidores conduzidos em mais de 50 países. Mas o que faz estas empresas serem tão fortes? O diretor global de estratégia da BrandZ, Graham Staplehurst, considera que «tanto a Amazon como a Alibaba estão a ligar-se aos consumidores, dando resposta a muitas das suas necessidades». Staplehurst acrescenta que ambas estão a crescer devido à inovadora utilização da tecnologia, através da Inteligência Artificial e da Análise de Dados. A McDonald’s caiu de segundo para terceiro lugar (valendo agora 130,4 mil milhões de dólares), enquanto a The Home Depot subiu uma posição, para quarto lugar, valendo 53,5 mil milhões de dólares.

3. CEO do Kering pede união em prol do ambiente…

François-Henri Pinault, CEO do conglomerado de luxo francês, apelou a uma aliança entre as maiores marcas do mundo para que o impacto climático da moda seja reduzido mais rapidamente. Na abertura da Copenhagen Fashion Summit, onde a sustentabilidade na moda é o foco, o CEO da gigante de luxo afirmou que a única forma de mudar o paradigma é através de uma aliança não competitiva em torno de assuntos essenciais. O CEO do grupo que detém marcas como Gucci, Saint Laurent e Balenciaga afirma que a união pode levar à mudança de práticas a uma escala global, assim como impulsionar a partilha de inovações tecnológicas. Pinault também apelou aos 10 maiores gestores de investimento do mercado financeiro para repensarem os critérios com que analisam as empresas, a fim de que a indústria possa ser classificada para além das vendas de trimestre em trimestre. O empresário foi ainda mais longe e criticou os gestores de investimento por terem «um conjunto de pessoas a questionar aspetos financeiros e outros a questionar como estavam as empresas nos indicadores de Environmental Social Governance (ESG)». Por fim, François-Henri Pinault convidou os CEOs da indústria da moda a aderir à iniciativa do presidente francês, Emmanuel Macron, na próxima G7 Summit, em agosto, em França, para encararem de frente os problemas climáticos.

4. … E Stella McCartney e Google já estão juntos

A criadora de moda foi o primeiro nome da indústria da moda a unir-se ao Google para um projeto piloto que pretende tornar o sector da moda mais sustentável. A nova ferramenta do colosso tecnológico tem como foco o impacto ambiental de duas fibras: a viscose e o algodão. O algodão representa cerca de 25% do total de fibras usadas na indústria da moda e é também responsável por um elevado gasto de água e pesticidas. Já a viscose é amplamente utilizada e está ligada à desflorestação. O anúncio foi feito na Copenhagen Fashion Summit, com o Google a revelar que a ferramenta, que conjuga análise de dados e machine learning (uma área da Inteligência Artificial), pode dar à indústria «uma imagem mais abrangente» da cadeia de aprovisionamento. O novo projeto não irá apenas determinar o impacto da produção de matérias-primas, mas também comparar o impacto nas diferentes regiões onde são produzidas. «Na Stella McCartney, temos tentado continuamente focarmo-nos em formas responsáveis e sustentáveis de nos comportarmos na moda. Faz parte da nossa essência», garantiu Stella McCartney.

5. Guerra comercial inflaciona preços da Walmart

A retalhista norte-americana avisa que os preços para os consumidores vão subir devido ao aumento do valor das taxas impostas sob produtos importados da China. O anúncio foi feito em simultâneo com a revelação dos resultados da empresa do trimestre até 30 de abril. No período, a Walmart registou um crescimento geral nas receitas e um abrandamento no incremento das vendas online. Recorde-se que o presidente dos EUA aumentou as taxas sobre o equivalente a 200 mil milhões de dólares em produtos chineses importados pelos EUA, de 10% para 25%. A decisão deverá conduzir ao aumento dos preços de milhares de produtos incluindo vestuário, mobiliário e dispositivos eletrónios. Brett Biggs, diretor financeiro da Walmart, afirmou à Reuters que as tarifas mais altas irão aumentar os preços para os consumidores, mas assegurou que a empresa está a trabalhar em estratégias para atenuar o impacto. As vendas em lojas dos EUA abertas há pelo menos um ano subiram 3,4% no trimestre. Os analistas estimavam um crescimento de 3,1%, segundo dados do IBES. As vendas online cresceram 37%, um abrandamento em relação à subida de 43% do trimestre anterior. As receitas totais aumentaram 1%, para 123,9 mil milhões de dólares, abaixo das estimativas de 125,03 mil milhões de dólares, devido às flutuações cambiais e a menos vendas internacionais.

6. Department stores londrinas são as melhores do mundo

Londres é o centro mais importante do luxo mundial no que toca a department stores de gama alta. Harrods, Selfridges e Liberty ficaram classificadas no top cinco das «mais únicas e produtivas department stores do mundo», segundo um inquérito da GlobalData e da empresa de arquitetura Sybarite. A também londrina Fenwick chegou ao top 20, em 13º lugar. «A nossa análise das principais department stores de luxo oferece uma janela para qual deveria ser o aspeto da reinvenção do retalho», pode ler-se no relatório. A Harrods lidera novamente o ranking, que classificou os retalhistas pelas vendas dos 12 meses até fevereiro de 2018 (incluindo online), com a empresa a aumentar as receitas em 6,8%, para mais de 2,1 mil milhões de libras (aproximadamente 2,39 mil milhões de euros). Em segundo lugar surge a department store chinesa SKP, que no ano passado ficou 4º lugar. Em terceiro lugar, aparece a department store francesa Le Bon Marché, que remodelou o seu espaço de criança e continuou a lutar pela sua posição no mercado de luxo digital, aponta o relatório. Em quarto lugar, surge a Selfridges, que aumentou as vendas anuais em 11,5%, seguindo-se a Liberty, com um aumento das vendas em 8,1%. Ambas inovaram e melhoraram a oferta de alimentação e bebidas, de acordo com o estudo. Para Joseph Robinson, diretor consultivo da GlobalData, a Selfridges está a liderar o caminho no retalho de experiência. «A Selfridges é um ótimo exemplo de uma retalhista que não tem medo e arriscar e ser diferente. A Corner Shop, uma pop-up semanal, ajuda a despertar o interesse do consumidor e justifica uma visita semanal, cimentando a reputação da Selfridges como um destino de compras essencial», explicou.