Breves

  1. H&M investe em produtor de fibra sustentável
  2. Turquemenistão quer ampliar plantação de algodão
  3. Adidas inicia ano em alta
  4. Crescimento da produção desacelera na China
  5. Maisons du Monde chega a Portugal
  6. Novo grupo têxtil italiano para o segmento do luxo

1. H&M investe em produtor de fibra sustentável

A Infinited Fiber Co (IFC), que produz fibras sustentáveis a partir de resíduos, angariou 3,7 milhões de euros em financiamento de investidores, incluindo a retalhista sueca H&M. O objetivo é ampliar a capacidade produtiva da empresa na Finlândia, que atualmente é de 50 toneladas, para 500 toneladas, de modo a ir de encontro à procura crescente no mercado. Além da retalhista sueca, também a empresa de energia elétrica Fortum e a finlandesa Virala investiram na Infinited Fiber Co. A empresa criou uma tecnologia de ciclo fechado, que, garante, permite que os resíduos têxteis ricos em algodão sejam reutilizados, produzindo uma fibra resistente e sustentável, sem comprometer a qualidade e o conforto. O processo produtivo pode também partir de materiais que contêm celulose, como papel reciclado, cartão e resíduos da agricultura, como palha. A IFC revela que a Infinited Fiber tem um aspeto natural e um toque macio, além de 30% a 40% de melhor absorção de corante do que as fibras rivais, é antibacteriana e biodegradável e apresenta excelentes propriedades de gestão de humidade. «Um problema na indústria têxtil é a crescente procura por algodão, que simplesmente não se encontra disponível», explica Petri Alava, CEO da IFC. «Provámos que, por exemplo, no sector do denim, os padrões de qualidade podem ser cumpridos com a Infinited Fiber. A indústria mundial de denim está a motivar-nos a levar as nossas soluções para o mercado. A Infinited Fiber é reutilizável para sempre, é neutra em carbono e não contém microplásticos», destaca. Erik Karlsson, gestor de investimento para moda sustentável do CO:LAB, que pertence ao grupo H&M, afirma que a IFC «se alinha perfeitamente com os objetivos sustentáveis da H&M e o seu desígnio de se tornar totalmente circular».

2. Turquemenistão quer ampliar plantação de algodão

Os produtores de algodão do Turquemenistão receberam ordens do presidente do país, Gurbanguly Berdimuhamedov, para aumentar a produção de algodão. Berdimuhamedov considera que o cultivo de algodão tem «um papel importante na economia do país». Durante uma reunião de trabalho, o presidente afirmou que o algodão é «uma matéria-prima estratégica», que terá sempre uma elevada procura – e apelou que se implementem métodos de produção mais eficientes para melhorar as colheitas. Segundo a imprensa local, os produtores de algodão do Turquemenistão começaram a plantar no final de março. Este ano, 550 mil hectares estão alocados para a plantação de algodão no país. Pela primeira vez, os produtores de algodão privados, que receberam terrenos de um fundo de terras especial, irão cultivar mais de 25 mil hectares. De acordo com a Responsible Sourcing Network, o Turquemenistão é o sétimo maior produtor e o sétimo maior exportador de algodão do mundo. Contudo, o país tem sido foco de atenções nos últimos anos devido a preocupações relacionadas com trabalho forçado no sector.

3. Adidas inicia ano em alta

A gigante alemã de sportswear registou um crescimento a dois dígitos nos lucros do primeiro trimestre de 2019, devido a custos mais reduzidos no aprovisionamento, resultando «num início de ano bem-sucedido», também impulsionado pelo aumento das vendas em áreas estratégicas na China e ao comércio eletrónico. O lucro líquido de operações contínuas nos três meses até 31 de março subiu 16% para 631 milhões de euros, em relação aos 542 milhões de euros no período homólogo de 2018, enquanto a margem bruta aumentou 2,5 pontos percentuais, para 53,6%, em relação aos 51,1% do ano passado. O crescimento foi motivado por custos mais reduzidos no aprovisionamento, uma evolução favorável das taxas cambiais, melhores produtos e combinação dos canais de distribuição. Na mais recente divulgação de resultados, a Adidas anunciou uma subida nas receitas do grupo de 6% para 5,88 mil milhões de euros – um incremento de 4% a moeda neutra –, refletindo um aumento de 5% na marca Adidas. No entanto, as receitas da marca Reebok caíram 6%, apesar do incremento de 40% no comércio eletrónico. «Tivemos um início de ano bem-sucedido, com as vendas a crescerem a dois dígitos nas nossas áreas estratégicas na China e no comercio eletrónico, assim como mais uma melhoria nos lucros», revelou o CEO Kasper Rorsted. «2019 será um importante marco para atingirmos os nossos objetivos para 2020», afirmou. Para o corrente ano, a Adidas continua a estimar que as vendas irão aumentar entre 5% e 8% em moeda neutra.

4. Crescimento da produção desacelera na China

A atividade produtora das empresas do país asiático em abril cresceu a um ritmo mais lento do que em março, com a queda em novas encomendas para exportação a sugerir um abrandamento na procura internacional. Apesar disso, o mais recente índice de compras dos gestores (PMI) do Caixin China verificou o segundo mês consecutivo de crescimento, tendo sido de 50,2 em abril, face a 50,8 de março. Um PMI acima dos 50,0 pontos indica um crescimento na atividade produtiva. Apesar de ligeira, a evolução contrasta com os números mais moderados observados no final do ano passado. Tanto a produção como as novas encomendas subiram ligeiramente, ainda que as empresas tenham registado uma ligeira queda em novas encomendas internacionais. Entretanto, em abril, a atividade de compras estabilizou, mas uma procura relativamente moderada levou a que as empresas permanecessem reticentes em relação à expansão do seu inventário. Os dados relativos aos preços indicam que as pressões inflacionárias no início do segundo trimestre desaceleraram. A confiança das empresas em relação às previsões anuais para a produção melhorou para os níveis mais altos dos últimos 11 meses.

5. Maisons du Monde chega a Portugal

A gigante francesa de decoração inaugurou a sua primeira loja em Portugal, no Mar Shopping Algarve, em Faro, no passado dia 11 de maio. No espaço, com 630 metros quadrados, está presente a coleção de 2019. Segundo a Maisons du Monde, a abertura acontece no seguimento do lançamento da loja online, em 2010, através da qual os portugueses terão demonstrado o seu entusiasmo pela marca francesa. A Maisons du Monde conta com uma equipa de 90 criadores em Nantes a criar novas propostas de decoração, que passarão a estar acessíveis aos compradores portugueses. A Maisons du Munde propõe vários ambientes decorativos com centenas de peças e mobiliário, mas também possibilita aos clientes a personalização de projetos decorativos e soluções de espaço.

6. Novo grupo têxtil italiano para o segmento do luxo

O fundo privado de investimento HIG Capital adquiriu três empresas italianas – Cadica, Tessilgraf e Bernini –, que combinam acessórios têxteis e embalamento e irão formar um novo grupo fornecedor para o sector do luxo. O grupo irá focar-se no fornecimento de etiquetas e materiais de embalamento para marcas «ultraluxuosas» de moda. O fundo privado de investimento afirma que a sua oferta é de uma «importância estratégica crescente para casas de moda que querem diferenciar-se em termos de imagem e de produtos dos seus concorrentes, garantindo a sua autenticidade e, ainda, melhorando a experiência de compra dos consumidores». O HIG Capital explica que a fusão irá gerar sinergias importantes, potenciando as características distintivas de cada empresa do grupo e a partilha das suas infraestruturas tecnológicas, da plataforma internacional de logística (com presença nos EUA, China, Hong Kong, Índia, Turquia, Roménia e Tunísia), know-how de produção e alto conhecimento de design. O novo grupo será ainda uma plataforma para novas aquisições e tem como objetivo tornar-se um fornecedor líder internacional de acessórios para marca de vestuário de luxo, incluindo botões, fechos, decorações em metal, laços e etiquetas.