Breves

  1. PVH ganha underwear masculino da Nike
  2. Fundo de investimento chinês deita mão a Jason Wu
  3. Hugo Boss renova para crescer
  4. Terceira idade britânica é a mais ativa
  5. Magazine Luiza adquire Netshoes
  6. Sports Illustrated faz primeira capa com modelo de burkini

1. PVH ganha underwear masculino da Nike

A gigante norte-americana do vestuário, que detém marcas como a Calvin Klein e a Tommy Hilfiger, assinou um contrato de licenciamento com a Nike para roupa interior masculina. O acordo irá permitir ao grupo PVH realizar o design, aprovisionar, comercializar e distribuir mundialmente a roupa interior para homem da marca norte-americana. As peças serão produzidas no Center of Excellence for Underwear, pertencente ao grupo. «Trata-se de uma oportunidade para duas grandes empresas crescerem com os pontos fortes uma da outra. Será uma vantagem para todos, especialmente para os consumidores» afirma Cheryl Abel-Hodges, presidente para a América do Norte da Calvin Klein e do The Underwear Group. Com a adição da roupa interior masculina da Nike, o The Underwear Group irá expandir o seu portefólio, que inclui marcas como Calvin Klein, Tommy Hilfiger, Olga, Warner’s e True & Co.t.

2. Fundo de investimento chinês deita mão a Jason Wu

O fundo de investimento de capitais privados Green Habour adquiriu uma participação maioritária na JWU, a empresa-mãe do designer Jason Wu, por um valor desconhecido, «para ajudar a empresa a crescer na China». A JWU é controlada, desde 2014, pela InterLuxe Holdings e o seu diretor executivo, Gary Wassner, afirma que o acordo «representa uma ótima oportunidade para a Jason Wu». Já para o Green Habour, trata-se do primeiro investimento na indústria da moda e numa empresa americana, já que normalmente os investimentos são realizados em cuidados de saúde, educação e serviços financeiros. «Esta aquisição está totalmente alinhada com a nossa estratégia de investimentos. Com a expansão comercial no mercado chinês e com o Green Harbor como parceiro, a Jason Wu poderá contar com a nossa valiosa experiência de gestão a nível operacional, como também poderá beneficiar de recursos estratégicos, como imóveis, e ajuda financeira para que a empresa cresça na China», afirma o fundo de investimento de capitais privados.

3. Hugo Boss renova para crescer

A multinacional alemã espera que a renovação de algumas das suas principais lojas faça crescer as vendas, depois da descida nos lucros do primeiro trimestre do ano, devido a custos de reorganização, maiores gastos com marketing e um dólar mais forte nos EUA. O diretor financeiro, Yves Mueller, afirma que algumas lojas já foram reabertas em Nova Iorque e em Tóquio, enquanto as obras de renovação na sua maior flagship nos Campos Elísios, em Paris, e de uma loja em Chicago serão finalizadas depois do verão. «A otimização de lojas irá impulsionar a performance», acredita Yves Mueller. As ações da Hugo Boss baixaram após a casa de moda alemã reportar que o lucro operacional no primeiro trimestre diminuiu 22%, para 55 milhões de euros, com as vendas com efeitos cambiais ajustados a aumentarem 1%, para 664 milhões de euros, abaixo das estimativas dos analistas. As vendas com efeitos cambiais ajustados diminuíram 8% em território americano, com as visitas as lojas a serem afetadas por uma diminuição na confiança do consumidor e menos compras por parte dos turistas. Contudo, as vendas aumentaram 4% na Ásia, impulsionadas por um crescimento a dois dígitos na China, ainda que o ambiente comercial tenha sido mais difícil em Hong Kong e Macau. Reputada pelos fatos de homem, a Hugo Boss introduziu estilos mais causais e sportswear para atrair um público mais jovem. Além disso, investiu nos seus produtos online, depois de uma aposta nos artigos de gama alta ter sido, há alguns anos, prejudicial. No primeiro trimestre, as vendas online dispararam, com um aumento de 26%, e as vendas comparáveis subiram 4%. O investimento na digitalização e reorganização teve um impacto nos lucros no primeiro trimestre. O CEO Mark Langer considera que a multinacional alemã deve, ao longo deste ano, melhorar a sua eficiência.

4. Terceira idade britânica é a mais ativa

Nos últimos anos, as marcas desportivas têm alargado o seu público-alvo, com um maior foco no género feminino, à medida que vão compreendendo o quão importantes são o desporto e o fitness para este gigante grupo de consumidores. No entanto, muitas marcas e retalhistas continuam a negligenciar outra franja populacional: a dos cidadãos com mais de 65 anos. Um novo estudo da retalhista francesa Decathlon, que inquiriu 7.600 adultos britânicos, revela que a população com mais de 65 anos «é, na verdade, a faixa etária mais ativa no Reino Unido». Cerca de 44% destes cidadãos praticam desporto oito ou mais vezes por mês, enquanto apenas 29% dos britânicos entre os 25 e os 34 anos o fazem com a mesma frequência. A segunda faixa etária mais ativa é a dos cidadãos com idades entre os 55 e os 64 anos, com 41% a assegurarem que praticam desporto oito ou mais vezes por mês. Em relação aos britânicos com mais de 65 anos, a natação é a atividade física mais popular (38%), seguida do fitness/ginásio (29%) e do ciclismo (21%). A Decathlon refere que estes se inspiram em celebridades dentro da mesma faixa etária, como Cher, Goldie Hawn e Sting. Três dos cinco tipos de exercício físico preferidos dos britânicos com mais de 65 anos acontecem ao ar livre, incluindo o ciclismo, as caminhadas ou trekking (19%) e o campismo (11%). Outras atividades que eles apreciam incluem yoga/pilates (10%), ténis (9%), pesca e corrida (ambas com 6%) e hipismo (3%). «Este estudo mostra o quão envolvida está esta faixa etária com a atividade física. O elevado número de vezes que pratica exercício físico por mês revela o seu desejo de ter um estilo de vida saudável e equilibrado durante a reforma. Isto poderá dever-se ao facto de estar mais consciente dos benefícios do exercício físico para a saúde ou ao facto de a geração mais nova ser menos ativa devido aos avanços tecnológicos», afirma Nicola Barnabo, diretor do departamento de fitness da Decathlon.

5. Magazine Luiza adquire Netshoes

A retalhista brasileira comprou a plataforma de comércio eletrónico por aproximadamente 62 milhões de dólares (cerca de 55 milhões de euros). A aquisição vai de encontro aos esforços da Magazine Luiza de aumentar a sua presença no cada vez mais competitivo mercado do comércio eletrónico do Brasil. A compra surge numa altura em que a Amazon tem acelerado as suas operações na maior economia da América Latina, sete anos depois de entrar no mercado. A Magazine Luiza propôs o pagamento de dois dólares por ação. A rival da retalhista brasileira, a B2W, já tinha admitido, em abril, que também estava a considerar a aquisição da Netshoes. Em agosto, a Reuters revelou que a Netshoes se uniu ao Goldman Sachs para procurar um investidor que injetasse dinheiro na empresa e reestruturasse a sua dívida. Os acionistas serão pagos em dinheiro, segundo a retalhista brasileira. «A Magazine Luiza poderá beneficiar da oportunidade da Netshoes para competir com a Amazon.com no Brasil» afirmaram analistas do Banco Brasil Plural numa nota aos clientes, em abril, quando a retalhista mencionou o seu interesse na Netshoes.

6. Sports Illustrated faz primeira capa com modelo de burkini

A revista norte-americana terá, pela primeira vez, na sua capa, uma modelo muçulmana a usar um hijab e um burkini. A sessão, protagonizada pela modelo Halima Aden, teve lugar no Quénia, o seu país de origem, onde viveu num campo de refugiados até aos sete anos. «Tendo crescido nos EUA, nunca me senti representada, porque, ao percorrer revistas, nunca vi uma rapariga a usar um hijab», afirma a modelo, num vídeo divulgado pela revista acerca da edição de maio. A Sports Illustrated também publicou uma fotografia de Halima Aden deitada na praia, a usar um hijab azul turquesa, longos brincos amarelos e um burkini azul. O burkini é um fato de banho que apenas deixa ver a face, mãos e pés de quem o usa e é o modelo favorito das mulheres muçulmanas. Halima Aden, de 21 anos, ganhou popularidade ao usar um hijab e um burkini no concurso de beleza Miss Minnesota USA, em 2016, onde chegou às semifinais. Entretanto, também já foi capa da Vogue britânica e desfilou na Semana da Moda de Nova Iorque.