- Gerber atualiza eStore
- “Made in China” e “made in Turkey” são perigosos
- Under Armour recicla energia do corpo
- Fotógrafo italiano vence concurso da Mango
- H&M investe na personalização
- Kornit revoluciona a estamparia digital para vestuário
1. Gerber atualiza eStore
A especialista em sistemas integrados de software e automação para a indústria de vestuário lançou uma nova plataforma de comércio eletrónico para ajudar os clientes a monitorizar mais facilmente peças ou serviços. A Gerber eStore faz parte do novo plano de lançamento de produtos da empresa para 2019, que irá, essencialmente, passar pela renovação de todo o seu portfolio. «Estamos a tentar que a nossa base de cerca de 75 mil clientes permaneça competitiva ao reduzir a necessidade de gestão, incrementar a automação e alavancar a tecnologia para o sucesso», explica Brandy Moore, vice-presidente do serviço global de pós-vendas da Gerber Technology. A atualização eStore inclui desenhos clicáveis e modelos 3D para agilizar a identificação de peças, a seleção e a compra. A renovação também sugere peças que são usualmente compradas juntas, para garantir que o consumidor não se esquece de adquiri algum artigo. De igual modo, o processo de compra foi simplificado, tendo como base encomendas anteriores, e a lista dos números das peças pode ser introduzida na plataforma em grandes quantidades, diminuindo a necessidade de introduzir os dados individualmente. Os utilizadores também terão a capacidade de monitorizar as encomendas e o status da fatura online.
2. “Made in China” e “made in Turkey” são perigosos
A China continua a ser a principal fonte de artigos de vestuário e acessórios considerados perigosos pelos consumidores da União Europeia (UE), segundo a base de dados do sistema da UE denominado Safety Gate, analisados pelo just-style.com. Anteriormente designado Sistema Europeu de Alerta Rápido da UE (na sigla original RAPEX), o sistema mostra que, dos 221 alertas de segurança emitidos em relação a artigos de vestuário e acessórios, em 2018, 102 eram provenientes da China. O padrão foi similar em 2017, ano em que 97 dos 250 artigos considerados perigosos foram produzidos na China. Em 2016, os produtores chineses eram responsáveis por 106 dos 245 artigos de vestuário e acessórios considerados perigosos pelas autoridades de defesa dos direitos dos consumidores da UE. Outro país cujos artigos desencadearam um número significado de avisos de segurança nas categorias de vestuário e acessórios foi a Turquia, com 52 artigos perigosos em 2018 e 53 em 2017. Em relação às preocupações relativas aos critérios de segurança em artigos “made in China”, uma nota da Comissão Europeia refere que a «cooperação com as autoridades chineses no campo da segurança dos produtos continua a ser uma prioridade, mas os resultados são confusos». A UE garante que «continua a trabalhar com as autoridades competentes da China», chamando à atenção para as regras de segurança dos produtos que se aplicam às exportações para a UE. O sistema europeu, no relatório anual de 2018, conclui que as autoridades emitiram 2.257 alertas relativos a produtos perigosos, dos quais 10% se referiam a vestuário, têxteis e artigos de moda – a terceira categoria mais comum –, com os brinquedos a serem a categoria mais referenciada (31%), seguidos dos veículos motorizados (19%).
3. Under Armour recicla energia do corpo
A mais recente coleção de vestuário da gigante desportiva aposta numa nova tecnologia de incorporação de minerais que, com o objetivo de melhorar a performance dos atletas, recicla a energia do corpo humano. A marca norte-americana uniu-se à Hologenix para desenvolver a coleção UA Rush. Minerais naturais são extraídos e transformados em partículas ativas, que posteriormente são misturadas para formar uma mistura exclusiva, explica a Under Armour. Com o objetivo de proporcionar os mesmos benefícios de uma sauna de infravermelhos no corpo, a UA Rush foi criada para ser usada em momentos de esforço físico e cientificamente criada para melhorar a performance e a recuperação de energia, com as peças a absorverem o calor emitido pelo corpo durante a performance. O material converte o calor, que é reemitido para o corpo. A energia reciclada aumenta temporariamente a circulação localizada, promovendo uma melhor performance, energia e recuperação. «A UA Rush representa o nosso compromisso de oferecer aos atletas um apoio de 360 graus no treino» afirma Dan Leraris, diretor geral do vestuário masculino da Under Armour. A coleção inclui t-shirts masculinas e femininas, camisolas de manga comprida, leggings e soutiens de desporto para mulher. O preço de todas as peças varia entre os 45 e os 100 dólares (aproximadamente de 40 a 89 euros).
4. Fotógrafo italiano vence concurso da Mango
Federico Sorrentino, fotógrafo de moda, foi o vencedor do concurso da retalhista espanhola. A competição, que contou com cerca de mil participantes, tinha como objetivo promover e apoiar novos talentos. O fotógrafo italiano irá agora realizar uma sessão fotográfica para a marca, com uma remuneração de 10 mil euros. O concurso foi lançado pela Mango no passado mês de março e integrou a campanha de primavera-verão 2019, intitulada “New Voices”. Sorrentino foi o escolhido pelo júri, composto pela embaixadora da marca, Sofia Sánchez de Betak, o fotógrafo Dan Martensen, a stylist Aleksandra Woroniecka e a equipa da Mango.
5. H&M investe na personalização
Na sua mais recente colaboração com a startup sediada em Berlim, ZyseMe, a H&M aposta nas potencialidades da Inteligência Artificial (IA). A tecnologia desenvolvida pela ZyseMe permite às marcas e retalhistas terem uma oferta digital “do ajuste ao acabamento” de customização de vestuário. A colaboração entre a startup e o H&M Lab Germany – denominada Just.Perfect – irá permitir aos clientes comprar t-shirts online para homem com tamanho personalizado, através da plataforma de IA da ZyseMe que calcula as medidas. O H&M Lab Germany «desenvolve ideias entusiasmantes para a indústria moda, entre serviços e tecnologia, especialmente para o mercado alemão», explica a retalhista sueca. Oliver Lange, diretor do H&M Lab Germay, considera que «esta inovadora colaboração permite-nos criar peças de acordo com os desejos e necessidades dos consumidores. Ao mesmo tempo, os nossos clientes vão conseguir contribuir para o design do produto. A longo prazo, o facto de apostarmos em produtos personalizados também nos irá ajudar a poupar recursos». Por seu lado, o CEO da ZyseMe, Bobby Östberg, afirma que «sendo uma das maiores retalhistas do mundo, tem sido maravilhoso ver como a H&M tem liderado o caminho da inovação para a sustentabilidade. Muitas empresas ainda têm dificuldades em alinhar a sustentabilidade económica e a ecológica. Esta parceria mostra que a H&M pode tornar a produção mais eficiente, simplesmente ao permitir aos clientes personalizarem online os tamanhos dos artigos».
6. Kornit revoluciona a estamparia digital para vestuário
A especialista em estamparia digital está a lançar o que diz ser uma inovação revolucionária para o vestuário de desporto e o athleisure: um novo processo de estamparia industrial de poliéster. Esta matéria-prima é a segunda mais utilizada no segmento das t-shirts, e essencial no vestuário desportivo. Além disso, a sua utilização está a crescer nos segmentos de athleisure e vestuário funcional. Contudo, o poliéster é atualmente estampado predominantemente com soluções analógicas, que criam grandes desafios tecnológicos, de custo e de sustentabilidade, aponta a empresa. O novo sistema Kornit NeoPoly Technology lida com estes desafios, através de um novo processo e conjunto de corantes, desenvolvidos especificamente para o tratamento a baixas temperaturas. Os corantes têm a certificação Oeko-Tex e Eco-Passport e estão livres de PVC ou outros químicos tóxicos, garante a empresa. «A Kornit está numa missão para reinventar a estamparia digital de têxteis e vestuário com novas tecnologias para segmentos de mercado em crescimento», afirma Omer Kulka, vice-presidente de marketing e estratégia de produto da empresa.