Breves

A marca de luxo britânica Mulberry é mais recente parceira da Farfetch. O acordo entrou em vigor a 18 de abril e tem como objetivo potenciar a estratégia omnicanal da Mulberry, impulsionando o modelo de venda direta ao consumidor e fortalecendo a sua presença internacional. A oferta da Mulberry na Farfetch inclui uma seleção de bolsas em couro da marca, incluindo a famosa coleção Amberley. Os clientes que utilizarem a plataforma também poderão comprar as linhas de lifestyle da Mulberry, incluindo pequenos artigos em couro, pronto-a-vestir, calçado, acessórios e a recém-lançada coleção de óculos de sol. «Estamos contentes por esta parceria e muito entusiasmados com a possibilidade de potenciar a experiência omnicanal da Mulberry e a sua distribuição internacional. A Farfetch está a liderar a plataforma global de tecnologia e esta parceria é uma evolução significativa para a nossa estratégia de crescimento internacional, que nos irá ajudar a atingir o nosso público-alvo globalmente», afirma Thierry Andretta, CEO da Mulberry. Já Giorgio Belloli, diretor do departamento comercial e de sustentabilidade da Farfetch, acrescenta que «apoiar uma marca britânica a atingir uma audiência mundial de pessoas que adoram a abordagem aos produtos e ao design inspirada na tradição e simultaneamente inovadora é realmente entusiasmante para nós».

A Levi’s acrescentou duas novas tecnologias à Performance Collection, a sua linha de denim masculina. A coleção-cápsula All Seasons Tech conta com a tecnologia Thermadapt, «uma tecnologia de regulação de temperatura que ajuda a manter o utilizador quente quando está frio e fresco quando está calor», explica Jonathan Cheung, vice-presidente sénior de design de inovação da Levi’s, à Rivet. «É uma fibra que utiliza o ar para o isolamento, como, por exemplo, se usa vidro duplo nas janelas», compara. A All Seasons Tech Styles surge no modelo 511 Slim Fit, bem como no 502 Regular Taper, entre outros. Atualmente, estes modelos apenas estão à venda nos estabelecimentos europeus. A Levi’s também relançou alguns dos seus estilos mais clássicos, como as 510 Skinny ou as 511 Slim Fit, com a tecnologia Advanced Stretch. «O denim tem evoluído bastante nos últimos anos. A elasticidade tornou-se o novo normal para os jeans de homem e mulher, oferecendo aos consumidores movimento e conforto. Advanced Stretch é a designação que damos a qualquer denim que tenha uma elasticidade de, pelo menos, 35%. Isso não significa que contenha 35% de elastano (ainda é de cerca de 2%), mas significa que o denim irá esticar mais 35% do que no seu estado normal. A Levi’s tem padrões muito elevados no que concerne à recuperação e ao regresso à forma original do denim», acrescenta.

A gigante sueca tornou-se a primeira retalhista a divulgar detalhes acerca de cada uma das suas peças no seu website, com o objetivo de aumentar a transparência no sector. A decisão da H&M foi elogiada por grupos de defesa dos direitos humanos, contudo, estes lembram que os dados podem não ser particularmente significativos para os consumidores, já que não têm informação que os contextualize. «É uma medida inovadora e positiva», admite Anna Bryher, diretora da Labour Behind the Label, organização britânica de defesa dos direitos dos trabalhadores do sector do vestuário, à Thomson Reuters Foundation. «Talvez a H&M precise de ir um pouco mais longe, ao fazer com que essa informação seja mais útil para os clientes – adicionando, por exemplo, dados acerca dos salários pagos nas empresas fornecedoras e comparando com valores de referência de salários dignos nos países», considera Anna Bryher. Cada vez mais, grandes marcas, desde a Adidas à Asos, têm vindo a partilhar informação acerca das suas complexas cadeias de aprovisionamento, motivadas pela maior regulamentação e pela pressão dos consumidores sobre as empresas para que garantam que os seus artigos não foram produzidos por cidadãos em situações de escravatura. Contudo, a H&M é a primeira gigante da moda a listar os detalhes dos fornecedores de cada peça. Os consumidores conseguem ver no website da retalhista onde a peça foi produzida, incluindo os países, os nomes das empresas e as moradas, bem como o número de trabalhadores das mesmas. A aplicação móvel da H&M pode ser usada nas lojas físicas para aceder aos mesmos dados, através da digitalização das etiquetas dos artigos. Os clientes também podem visualizar informação acerca das matérias-primas usadas no vestuário, ainda que a H&M não especifique os fornecedores das mesmas. «Queremos mostrar ao mundo que isto é possível», indica Isak Roth, diretor do departamento de sustentabilidade da H&M, em comunicado. «Ao sermos abertos e transparentes acerca dos nossos produtos vamos elevar a fasquia na indústria e encorajar os consumidores a fazerem escolhas mais sustentáveis», acredita.

O grupo Ruyi estará a preparar uma Oferta Pública Inicial (IPO) para a The Lycra Company, meses depois de comprar a produtora de fibras, revelam algumas fontes, citadas pela Bloomberg. O grupo chinês estará a trabalhar com o Goldman Sachs, enquanto explora a possível entrada em bolsa, com a qual poderá arrecadar cerca de 500 milhões de dólares (aproximadamente 447 milhões de euros), segundo as mesmas fontes. A entrada em bolsa poderá acontecer ainda este ano e os EUA estão a ser considerados como local de registo. O grupo Ruyi completou a compra da Lycra à Koch Industries Inc. em janeiro, mais de 15 meses depois de o acordo ser anunciado. Kelvin Ho, diretor de estratégia do grupo, afirmou, em fevereiro, que o Ruyi estava a planear uma IPO para a Lycra para os próximos três anos. As deliberações ainda estão numa fase inicial e detalhes como o volume de financiamento ou prazos podem mudar. O grupo chinês, que tem como ambição tornar-se o LVMH da China, já admitiu que pretende listar na bolsa de valores a Lycra, mas recusou-se a dar mais detalhes.

A marca norte-americana está a eliminar progressivamente o poliéster virgem, começando pelo seu famoso polo. O novo Earth Polo é produzido com um poliéster totalmente derivado de garrafas de plástico e tingido através de um processo que não utiliza água. A Ralph Lauren garante que irá remover pelo menos 170 milhões de garrafas de plástico de aterros e oceanos, como parte do desígnio de substituir todo o poliéster virgem por alternativas sustentáveis até 2025. «O plástico é uma grande ameaça ao meio ambiente. Queremos fazer parte da solução e ter uma abordagem inovadora para criar algo com valor», afirma David Lauren, diretor para a inovação da Ralph Lauren. O Earth Polo foi produzido em colaboração com a First Mile, uma empresa londrina que colabora com comunidades desfavorecidas na recolha de garrafas de plástico. Cada polo inclui o equivalente a 12 garrafas de plástico recicladas. «Quando o Ralph [Lauren] fundou a nossa empresa, há mais de 50 anos, fê-lo com o objetivo de que tudo o que a marca criasse fosse usado, adorado e passasse de geração em geração. É com esse espírito que olhamos para a sustentabilidade», defende Halide Alagoz, vice-presidente executiva, diretora da cadeia de aprovisionamento e responsável pela área de sustentabilidade da Ralph Lauren. O Earth Polo já está disponível nas lojas e online.

No passado sábado, 27 de abril, a Ropar, uma empresa dedicada ao sector do calçado com sede em Vila do Conde, inaugurou a sua primeira loja na baixa lisboeta, com a marca Arcopedico. O espaço conta também com a presença de artigos da segunda insígnia da empresa, a Easy Walk Experience. A Arcopedico é uma marca produzida em Portugal que prima pelo conforto, garante a Ropar. «São sapatos baseados numa tecnologia exclusiva, o Techno Elastic, que garantem uma liberdade única ao caminhar», revela a empresa em comunicado. A Easy Walk Experience define-se como uma marca que oferece o calçado jovem mais confortável e já arrecadou dois prémios internacionais pelo seu conceito minimalista: a distinção Gold na categoria de acessório de calçado no International Design Award e, mais recentemente, o prémio It’s Liquid Design Awards, na categoria de “Fashion Design”. A nova loja está situada na Rua Ivens, número 70, em Lisboa.