Breves

  1. Fibrenamics com nova imagem
  2. Cristina Real viaja até ao showroom United Fashion
  3. Acordo EUA-Marrocos concede exceções
  4. Procuram-se modelos altos e grandes
  5. Galeries Lafayette com nova morada nos Campos Elísios
  6. Até onde vai o boicote às marcas?

1. Fibrenamics com nova imagem

A plataforma internacional da Universidade do Minho (UM) apresentou o seu novo logótipo, durante o evento anual Fibrenamics Impulse 2019, no Altice Forum Braga. A nova identidade representa um momento de transição entre a experiência acumulada em sete anos de atividade científica e tecnológica e a expetativa do grupo em relação ao futuro, segundo Raul Fangueiro, coordenador da Fibrenamics e docente da UM. «A mudança de imagem é apenas um dos primeiros passos de uma mudança mais profunda que a Fibrenamics tem preparada para este ano e que tornará a plataforma mais apta para responder ao desafio de criar o futuro», afirmou. A novidade encerrou a sessão Fibrenamics Impulse, que contou com a presença de cerca de 200 participantes e no qual se debateram temas relacionados com os millennials, a Inteligência Artificial e a Indústria 4.0.

2. Cristina Real viaja até ao showroom United Fashion

Depois de ter apresentado a sua coleção outono-inverno 2019/2020 no espaço Workstation, na última edição da ModaLisboa, Cristina Real foi selecionada para estar presente na 4ª edição do showroom United Fashion. O evento realiza-se de 29 a 31 de março, durante o Fashion Weekend Skopje, na Macedónia. No showroom United Fashion, 29 jovens designers e marcas emergentes da Bélgica, Alemanha, Portugal, França, Roménia, Letónia, Grécia, Turquia, Bulgária, Eslovénia, Croácia, Montenegro, Bósnia e Herzegovina, Sérvia e Kosovo vão expor as suas coleções outono-inverno 2019/2020. O principal objetivo deste projeto é dar a conhecer designers de moda do sudeste europeu a compradores internacionais e media, assim como estabelecer ligações entre designers da União Europeia com fábricas da Macedónia. Além da presença no showroom, os participantes terão a oportunidade de participar em diversas atividades, como apresentações acerca do mercado do sudeste da Europa por profissionais do sector, visitas a fábricas e reuniões com produtores locais selecionados. A ação é organizada pela Fashion Weekend Skopje, em parceria com as outras associações europeias de moda que integram o projeto, como a MAD Brussels Fashion and Design Platform, Flanders DC, Maisons de Mode Lille – Roubaix, Fashion Council Germany, ModaLisboa e BalticFashion Federation.

3. Acordo EUA-Marrocos concede exceções

Como parte do acordo de livre comércio entre EUA e Marrocos (com sigla inglesa USMFTA), assinado em 2006, a regra de origem de cinco tipos de vestuário em tecido foi modificada para que estes se tornem livres de impostos. Tal significa que os alguns tecidos podem ser aprovisionados fora de Marrocos e, mesmo assim, as peças são elegíveis para tratamento preferencial. As alterações entram em vigor a partir de 1 de abri de 2019l. As mudanças foram implementadas através de uma proclamação presidencial, a 21 de dezembro, segundo o Department of Commerce’s Office of Textiles (OTEXA). A 4 de março, Marrocos notificou os EUA que estavam finalizados os procedimentos domésticos necessários para permitir as que as regras do acordo fossem alteradas, no que concerne à origem dos tecidos para certos tipos de vestuário. Segundo a empresa de direito comercial, Grunfeld, Desiderio, Lebowitz, Silverman & Klestadt, sob o USMFTA, na maioria dos casos, os EUA qualificam o vestuário como livre de impostos quando este obedece à regra “a partir do fio”, que limita os benefícios que podem ser obtidos. O país africano tinha requerido que alguns produtos fossem isentados da regra pelo facto de não estarem comercialmente disponíveis nos EUA. Segundo o OTEXA, a isenção foi concedida para ir de acordo a esse pedido. Em fevereiro de 2017, a Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos (USITA) alertou relativamente à provável falta de efeitos económicos das mudanças propostas. Houve outros tecidos para os quais Marrocos pediu uma alteração, mas a USITA considerou que havia disponibilidade comercial nos EUA e as exceções não foram garantidas. Segundo dados do OTEXA, em 2018, os EUA importaram vestuário de Marrocos no valor de 136,09 milhões de dólares (121,23 milhões de euros), um aumento de 4,24% em relação a 2017.

4. Procuram-se modelos altos e grandes

A JC Penney, em parceria com a Wilhelmina Models e o ex-basquetebolista Shaquille O’Neal, irá lançar o concurso Shaquille O’Neal’s Big & Tall Model Search. A procura «vai de encontro a uma necessidade crescente da indústria da moda por modelos altos e grandes. Um terço dos homens norte-americanos atualmente identifica-se como grande e alto, o que representa 10% do segmento de menswear dos EUA», explica a retalhista. Já Shaquille O’Neal admitiu que foi difícil encontram modelos adequados aquando do lançamento da sua coleção para a JC Penney, daí o concurso. «Estamos a lançar a maior busca de sempre por modelos grandes e altos, para ajudar homens grandes e sexys como eu a, finalmente, obterem o reconhecimento que merecem», afirmou. O concurso decorre até 28 de abril, com castings nas lojas da JC Penney em Atlanta, Los Angeles e Dallas, no EUA. Os vencedores irão assinar um contrato com a Wilhelmina Models e poderão também participar, juntamente com Shaquille O’Neal, na campanha de outono da JC Penney.

5. Galeries Lafayette com nova morada nos Campos Elísios

Os grandes armazéns franceses inauguram hoje um novo espaço nos Campos Elísios, com o objetivo de atrair turistas e parisienses à histórica avenida que outrora era sinónimo de moda. A abertura surge numa altura em que o grupo pretende destacar-se como destino de compras, combatendo a concorrência dos seus rivais digitais, como a Amazon ou a Net-a-Porter.com. «Este espaço será uma espécie de laboratório de retalho onde vamos testar novas práticas. É também um símbolo da transformação que estamos a viver, para tornarmo-nos líderes no retalho omnicanal», afirma Nicolas Houzé, presidente executivo do grupo. A expetativa é que o novo espaço receba entre 10 mil a 15 mil visitantes por dia. No número 60 dos Campos Elísios, com quatro andares, 6.500 metros quadrados num edifício de estilo Art Decó, estarão à venda artigos de marcas como RouJe, Walk of Shame e Mira Mikati, assim como de casas de moda como a Gucci e a Chanel. O novo espaço contará ainda com uma praça de alimentação, um café e um restaurante. Para os clientes estarão também disponíveis 300 stylists, formados pelo grupo e ainda tecnologia que lhes irá permitir obter informação acerca dos artigos e provadores com luz natural. Nicolas Houzé olha para a nova morada como um complemento à sede do grupo, cujas receitas aumentaram 2% em 2018, para 2 mil milhões de euros. A abertura surge, todavia, numa altura difícil, pois os Campos Elísios têm sido alvo constante dos protestos do movimento Coletes Amarelos, que têm destruído lojas e edifícios. Além disso, a histórica avenida procura lutar para regressar ao coração do mapa da moda de Paris, já que muitos parisienses a evitam pelos seus 300 mil visitantes diários, que a tornam uma espécie de ratoeira turística. A decisão do grupo foi bem recebida pelo ministro das finanças francês, Bruno Le Maire, que a considera um voto de confiança no centro de Paris. «Os Campos Elísios estão a levantar-se. São mais fortes do que toda esta violência, que é inaceitável e deve parar porque está a prejudicar a atratividade do nosso país», alerta.

6. Até onde vai o boicote às marcas?

Os consumidores mais jovens estão preparados para boicotar produtos e marcas, mas que impacto estão a ter as suas intenções? Um novo estudo realizado pela plataforma comparecards.com revela que quase um terço dos millennials e dos membros da geração X boicotou uma empresa ou produto, no último ano e mais de um quarto ainda está, atualmente, a fazê-lo. A plataforma inquiriu um número indeterminado de norte-americanos e descobriu que 35% dos membros da geração X e 33% da geração Y (milénio) boicotaram, no ano passado, uma empresa ou produto com os quais já tinham gasto dinheiro. Atualmente, 30% dos milénios ainda o estão a fazer e 26% dos cidadãos da geração X também. Como as questões do inquérito estavam apenas relacionadas com as empresas ou marcas com as quais os indivíduos já tinham despendido dinheiro, poderá haverá vários pontos percentuais que poderiam ser adicionados a estes resultados. Tal deve-se ao facto de os consumidores poderem estar a evitar deliberadamente empresas com as quais poderiam gastar dinheiro em algum momento, mas não o fizeram devido a um problema específico. O inquérito indica ainda que enquanto muitos norte-americanos sentem que as pessoas são muito rápidas a decidir boicotar uma marca, a maioria acredita que o boicote pode ser um método eficaz e considera juntar-se a um no futuro. No geral, cerca de 78% dos consumidores admitem que boicotaram uma marca no ano passado ou que poderiam considerar fazê-lo no futuro, sob as circunstâncias certas. 53% de todos inquiridos reconheceram não comprar mais produtos de uma empresa ou marca, mesmo que fosse a sua favorita, caso esta apoiasse uma pessoa ou uma causa com as quais não concordassem. No entanto, há um aspeto positivo. Tal como boicotam marcas e produtos, 58% dos norte-americanos teriam maior probabilidade de comprar de uma empresa que seja solidária ou esteja associada a causas nas quais acreditam.