- Gateway Portugal apresenta Zips IoT
- Vestuário inclusivo é oportunidade para marcas
- Vendas a retalho em declínio no México
- Celebridades influenciam compras
- Moschino é o motor das receitas da Aeffe
- Todos falam da pequeníssima mala da Jacquemus
1. Gateway Portugal apresenta Zips IoT
A empresa de soluções de segurança eletrónica para o retalho está a apresentar uma plataforma concebida para exibir e proteger os equipamentos inteligentes domésticos, do segmento da Internet das Coisas (IoT), com especial ênfase em smartphones e nos seus acessórios. O Zips IoT é uma plataforma universal económica desenvolvida para exibir e proteger diversos equipamentos de IoT e dispositivos domésticos conectados. A Gateway Portugal garante que esta consegue «facultar uma experiência única ao utilizador e assegurar uma resposta assertiva às necessidades únicas de cada retalhista. Sendo uma plataforma com um design modular, permite complementar as características do dispositivo e conta com uma enorme versatilidade». O Zips IoT dispõe de opção de alimentação energética para que o cliente possa utilizar o dispositivo na loja e explorar as suas capacidades. O Zips IoT está disponível em três diferentes ofertas pensadas para distintos cenários de exposição e utilização. Os retalhistas podem escolher entre um produto para exposição simples, com suportes para merchandising e segurança mecânica, adicionar a funcionalidade de alarme a esta opção ou, por último, optar por uma plataforma que inclui funcionalidades de alarme e de alimentação, além de garantir a segurança do produto exibido.
2. Vestuário inclusivo é oportunidade para marcas
De acordo com um estudo realizado pela Coresight Research, o mercado de vestuário inclusivo irá valer 47,3 mil milhões de dólares (cerca de 41,1 mil milhões de euros) em 2019 e deverá crescer mais de 13%, até 2023, atingindo os 54,8 mil milhões de dólares. Ao longo dos últimos anos, o fator inclusão tem sido vital no mundo da moda, numa altura em que, cada vez mais, os consumidores exigem ser ouvidos e punem as marcas que não o fazem. Para as marcas, criar artigos inclusivos é habitualmente uma boa decisão comercial. Considerando que o Departamento de Censos dos EUA revela que um em cada oito norte-americanos tem alguma espécie de deficiência, ou seja, quase 41 milhões de pessoas, o vestuário adaptável constitui uma oportunidade de negócios para as marcas de vestuário. O relatório da empresa tecnológica revela ainda que cerca de metade dos adultos norte-americanos (quase 117 milhões de cidadãos) tem problemas de saúde crónicos, com sintomas que poderiam ser minimizados com a ajuda de vestuário inclusivo, nomeadamente arterite, problemas de coração, diabetes e efeitos secundários de quimioterapia. Desse grupo, 80% têm 35 ou mais anos. «As pessoas que estão sob tratamento para doenças como o cancro ou a diabetes têm normalmente necessidades específicas de vestuário para as quais não havia resposta no passado», refere a Coresight. Segundo o relatório, o mercado mundial de vestuário inclusivo ascendeu aos 288,7 mil milhões de dólares em 2019. A nível internacional, deverá crescer mais rapidamente, com as projeções a revelarem um aumento de 17% no mercado mundial de vestuário adaptável até 2023, para um valor total de 349,9 mil milhões de dólares. «Os retalhistas e as marcas estão a começar a resolver necessidades especificas no vestuário. Nike, Tommy Hilfiger, Target e Zappos são algumas das marcas que têm inovado nesse sentido, criando coleções de vestuário adaptável em 2016 e 2017», revela a Coresight. Há também numerosas marcas mais pequenas e startups a aderir ao segmento, destaca a pesquisa da Coresight. Insígnias como a Van Heusen e a ABL Denim já aderiram, bem como a IZ Adaptive, uma marca inclusiva desenhada por Izzy Camilleri, relançada em 2018 com preços mais competitivos e um foco mais abrangente, com a extensão dos benefícios do vestuário para além da sua base de consumidores, que era de utilizadores de cadeiras de rodas.
3. Vendas a retalho em declínio no México
Em dezembro de 2018, as vendas a retalho no México diminuíram 3,2% em relação ao mês anterior, a maior quebra em mais de cinco anos num sector que é essencial para a saúde económica do país. Os dados revelados pela agência nacional de estatísticas INEGI mostram o declínio mais acentuado nas vendas desde agosto de 2013. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, as vendas a retalho diminuíram 1,3%. Tanto o banco de investimento Goldman Sachs como a agência de notação financeira Moody’s cortaram as previsões de crescimento do México para 2019, tendo em conta o reduzido investimento privado e a apreensão das empresas em relação às medidas do novo presidente do país, Lopez Obrador. «O principal motor da economia do México – o consumo privado do lado da procura e os serviços do lado da oferta – está a perder confiança a um ritmo alarmante», referiu o economista da Goldman Sachs, Alberto Ramos, após a divulgação dos dados. O crescimento económico do México abrandou para 0,2% nos últimos três meses de 2018 e a economia contraiu em dezembro, o primeiro mês do novo Governo. Lopez Obrador reiterou o seu objetivo de atingir uma média anual de 4% de crescimento durante o seu mandato, que irá durar seis anos. «Estamos a caminhar lentamente, mas estamos confiantes que haverá crescimento e que vamos atingir os nossos objetivos», afirmou aos jornalistas. A economia mexicana cresceu 2% em 2018.
4. Celebridades influenciam compras
Os britânicos gastam, anualmente, cerca de 6 mil milhões de libras (mais de 7 mil milhões de euros) em compras que foram diretamente influenciadas por celebridades, segundo um relatório da empresa de financiamento Zopa, que inquiriu cerca de 2.000 cidadãos do país. De acordo com a pesquisa, 25% dos adultos britânicos admitem ser influenciados pelas celebridades na realização de compras, com 517 libras das suas despesas anuais a serem gastas com produtos associados a celebridades. O Instagram é a rede social com maior potencial influenciador e na qual os cidadãos mais procuram inspiração por parte das celebridades. De acordo com o questionário, 20% dos britânicos admitem comprar um produto que viram algum famoso a usar ou a vestir de duas em duas semanas. Em termos de celebridades que têm maior impacto, a cara da Marks & Spencer, Holly Willoughby, é a maior influenciadora do género feminino, enquanto David Beckham lidera a lista masculina. Do lado das mulheres, Rihanna surge em segundo lugar e Kate Middleton em terceiro. Ainda na lista feminina estão as irmãs Kardashian, Kate Moss, Meghan Markle, Taylor Swift, Victoria Beckham e Emma Watson. Já Bradley Cooper e George Clooney estão em segundo e terceiro lugar, respetivamente, seguidos de Cristiano Ronaldo, Kanye West, Ryan Gosling, David Gandy, Justin Bieber e Harry Styles. Os produtos nos quais há um maior impacto são os dispositivos eletrónicos, com um gasto anual de 130 libras por pessoa. O vestuário surge em segundo lugar, com um gasto de 125 dólares anuais por pessoa, seguido do calçado, das bolsas e da joalharia. Também em alta está o segmento da beleza (cuidados com o cabelo, fragâncias e produtos de beleza em geral). As mulheres têm uma maior propensão do que os homens de serem influenciadas por celebridades (25%, enquanto nos homens é 22%), mas o género masculino tem maior probabilidade de gastar um valor mais alto do que o feminino. Os mais novos são também mais suscetíveis em relação às celebridades, com 57% dos cidadãos entre os 18 e os 24 anos a admitirem terem comprado algo por essa razão no ano passado. O número diminui para cerca de 30% nos indivíduos entre os 25 e os 34 anos e chega aos 10% nos cidadãos com mais de 55 anos.
5. Moschino é o motor das receitas da Aeffe
Para a empresa italiana, 2018 foi «um dos melhores anos» na sua história, afirma o diretor-geral da Aeffe, Marcello Tassinari. O grupo, detentor de marcas como Alberta Ferretti, Philosophy, Moschino e Pollini, e com as licenças da Jeremy Scott e da Cédric Charlier, registou um crescimento no lucro líquido de 46%, para 16,7 milhões de euros. Em 2015, o lucro do grupo era de 1,5 milhões de euros. O EBIT (lucros antes de juros e imposto de renda) aumentou 31% para 29,6 milhões de euros, enquanto o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 18,5% para 43,3 milhões de euros. As receitas líquidas anuais cresceram 10,9% (11,2% em taxas de câmbio constante) para 346,6 milhões de euros. O segmento de pronto-a-vestir ainda é a mais importante fonte de receitas do grupo – o que representa 69% das vendas totais – atingindo os 265,6 milhões de euros em 2018 (um crescimento de 11,2% em taxas de câmbio constante em relação ao ano passado), enquanto o segmento de acessórios cresceu 9,3%. Quanto às marcas, a Moschino continua a ser a força impulsionadora do grupo, com um crescimento nas vendas de 14% para 250,8 milhões de euros, contribuindo em 72% para as receitas totais, comparando com os 71% em 2017. A marca Philosophy, de Lorenzo Serafini, registou um crescimento a dois dígitos, com as receitas a aumentarem 11,9%, enquanto a Alberta Ferretti e a marca de calçado Pollini «também registaram crescimento», revela a Aeffe. Contudo, as vendas na categoria “outros”, que inclui as licenças para as marcas Cédric Charlier e Jeremy Scott, diminuíram 7,2% em relação ao ano passado. Geograficamente, as vendas da Aeffe subiram em todas as regiões em 2018, exceto em território americano, onde diminuíram 4,8% (uma redução de 1,3% em taxas de câmbio constante). No resto do globo, o incremento das receitas foi de 23,5% a taxas de câmbio constante, graças a um salto de mais de 27,8% no mercado chinês. As vendas aumentaram de um modo mais modesto na Europa, 4,6%, e o mercado doméstico registou um crescimento de 10,7%, representando 48,6% das receitas totais. A Aeffe também referiu que reduziu a sua dívida líquida financeira em 38% para 31,3 milhões de euros num ano, devido, maioritariamente, a melhorias no fluxo de caixa operacional.
6. Todos falam da pequeníssima mala da Jacquemus
É tão pequena que alguns dizem que, dentro, apenas cabe um tic tac, mas a pequeníssima mala Le Mini Chiquito, da Jacquemus, foi, provavelmente, o objeto de maior discussão na Semana da Moda de Paris. Nunca algo tão pequeno potenciou tanta paixão e brincadeiras nas redes sociais. A mala de mão (ou de dedo) estreou-se na noite de abertura dos desfiles em Paris. A versão reduzida do modelo Le Chiquito – que Rihanna e Kim Kardashian já foram vistas a usar – mede 5,2 centímetros. A Jacquemus vendeu «dezenas de milhares» das malas Le Chiquito no último ano, segundo a Cosmopolitan, com as amantes da moda desesperadas por colocar os seus dedos na versão miniatura, havendo longas filas de espera para algumas cores. Ainda que a marca tenha adiantado à AFP que ainda não foi definido um preço para a Le Mini Chiquito, se se tiver em consideração as reações no Instagram e no Twitter, a procura poderá ser intensa. A revista Dazed escreveu «Jacquemus, as tuas malas pequenas estão a tornar um pouco ridículas, mas nós adoramo-las», enquanto a revista Elle a definiu como «a bolsa do momento», antes de rapidamente admitir que apenas é possível guardar um auricular Air Pod na mesma. Um editor de moda escreveu no Twitter cinco possíveis utilizações para a mala, incluindo carregar «fio dental solto, uma unha acrílica ou um fio de cabelo encaracolado da cabeça do Jude Law», em 1999. Outro utilizador referiu que a mala tinha «o tamanho perfeito para colocar probióticos ou enzimas digestivas», enquanto um terceiro defendeu que nela poderia caber «a consciência de Donald Trump». O fundador da Jacquemus, Simon Porte, rapidamente se distinguiu na passerelle parisiense com vestuário que invoca a sensualidade da sua terra natal, no sul de França, colocando as mulheres em gigantes chapéus de palha e vestidos pequenos e curtos. O charme do designer e os preços relativamente acessíveis da marca rapidamente trouxeram-lhe seguidores, tendo oferecido alguns críticos da moda algumas das suas pequenas bolsas como convite para o seu mais recente desfile.