Breves

  1. Portugueses escolhem centros comerciais para compras de Natal
  2. Farfetch inova na pesquisa
  3. Walmart compra Art.com para atrair millennials
  4. Ikea ruma à sustentabilidade
  5. Yoox Net-A-Porter com novas ferramentas
  6. Gateway Portugal protege Benfica

1. Portugueses escolhem centros comerciais para compras de Natal

Segundo o estudo Observador Cetelem Natal 2018, a maioria dos portugueses tenciona escolher os centros comerciais (70%) para fazer as suas compras de Natal. Os super/hipermercados (45%) são o segundo local preferido dos portugueses para as compras na quadra natalícia, seguido das lojas de comércio tradicional (26%). Os super/hipermercados registam uma variação positiva de 7 pontos percentuais e são a escolha dos inquiridos nas faixas etárias entre os 25 e os 44 anos, residentes no Grande Porto (53%). O comércio tradicional sofre a maior quebra, depois de, em 2017, 48% dos inquiridos terem dito que costumam fazer compras nestes espaços. Em 2018 menos 22% dos portugueses confirmam estes estabelecimentos como locais onde tencionam fazer compras de Natal. Ainda assim, e à semelhança do que aconteceu em 2017, os residentes do Grande Porto continuam a ser os mais apreciadores (30%) do comércio tradicional. Paralelamente, as feiras/mercados e outras pequenas lojas mantém um número semelhante ao ano anterior, com 9% das intenções. Apenas 3% dos inquiridos tencionam fazer compras online, com as compras de produtos culturais a destacarem-se. Apesar desta aparente fraca adesão ao comércio eletrónico, este ano, os consumidores pretendem gastar cerca de 200 euros no canal digital, enquanto em 2017 os gastos rondaram os 85 euros.

2. Farfetch inova na pesquisa

Através de uma parceira com a startup Syte, a Farfetch adicionou uma nova funcionalidade ao seu site, que oferece aos consumidores uma pesquisa mais rica e personalizada. A nova aplicação iOS, batizada See it, Snap it, Shop it, permite aos compradores «interagirem através da inspiração que encontram no seu quotidiano, seja através de uma captura de ecrã de algo que encontram nas redes sociais ou uma fotografia de um visual que viram e gostaram», revela a gigante online. Deste modo, os clientes podem usar a câmara do seu telemóvel para fotografar algum visual que gostem e os inspire e, mais tarde, através do upload da imagem, encontrar algo (igual ou semelhante) no site. Em comunicado, as duas empresas referem que a precisão dos resultados é essencial para que os consumidores confiem e usem esta tecnologia. «Verificámos uma correlação direta entre o rigor e a satisfação dos utilizadores. Se um utilizador faz o upload da primeira imagem e encontra exatamente o que está à procura, juntamente com uma seleção de outros artigos semelhantes, fica automaticamente consciente do potencial da tecnologia e torna-se um utilizador leal. Uma tecnologia como esta consegue melhorar exponencialmente a experiência de compra dos consumidores», assegura Ofer Fryman, cofundador e CEO da Syte. A Farfetch é uma empresa bastante aberta a inovações tecnológicas, elogia Lihi Pinto, cofundadora da Syte, que acrescenta que a marketplace realmente «compreende que a experiência do consumidor, e a tecnologia que permite que essa experiência seja ainda mais maravilhosa, deve ser a principal prioridade das plataformas, para que se diferenciem e sobrevivam». Já Sara Wood, vice-presidente da gestão de produtos da Farfetch, explica que, ao implementar esta ferramenta, a retalhista de comércio eletrónico pretende «oferecer aos consumidores mais opções para melhorar a sua pesquisa». «Até ao momento, os nossos utilizadores responderam de forma positiva. Este tipo de pesquisa é a derradeira ligação entre a inspiração on e offline. Ao permitir que os utilizadores nos mostrem o que lhes interessa, conseguimos obter um conhecimento mais profundo acerca das suas necessidades, ficamos com uma maior capacidade de os inspirar com visuais semelhantes aos que procuram e criamos uma experiência de compras mais personalizada», aponta.

3. Walmart compra Art.com para atrair millennials

A gigante norte-americana adquiriu a retalhista online Art.com, por uma quantia não revelada, a fim de impulsionar o segmento da decoração de interiores e expandir a sua oferta online, como parte dos seus esforços para atrair mais millennials. A Art.com registou uma receita superior a 300 milhões de dólares (265 milhões de euros) em 2016, de acordo com um relatório da Internet Retailer. A Walmart tem vindo a adquirir retalhistas online de pequena dimensão nos últimos dois anos, numa tentativa de chegar aos consumidores mais jovens que normalmente não compram no seu site, e recupera assim o terreno perdido para a concorrência, como a Amazon.com. Em outubro, a Walmart adquiriu a retalhista online de lingerie Bare Necessities e a marca de vestuário de tamanhos grandes Eloquii. Em 2017, adquiriu a ShoeBuy, especialista em calçado e vestuário, a Moosejaw, de vestuário de outdoor, a Bonobos, de vestuário masculino, e a ModCloth, uma retalhista online de vestuário feminino. A Art.com é uma das maiores empresas de arte e decoração a nível mundial, com dois milhões de produtos à venda, segundo o blog da Walmart.

4. Ikea ruma à sustentabilidade

A retalhista sueca prometeu cortar as emissões de gases com efeito de estufa da sua produção em 80%, em termos absolutos, até 2030, comparativamente aos níveis de há dois anos. Em 2016, os fornecedores diretos da Ikea e as suas fábricas emitiram 3,4 milhões de toneladas de equivalentes de dióxido de carbono. O compromisso aplica-se às próprias fábricas da Ikea e aos seus fornecedores diretos. O anúncio surgiu dias antes de os líderes mundiais se reunirem em Katowice (2 a 14 de dezembro), na Polónia, para a mais importante reunião das Nações Unidas acerca do ambiente, desde o encontro em Paris em 2015. «Espero uma liderança que se chegue à frente, defina objetivos claros e se atreva a atingir vários compromissos», avançou o CEO da Inter Ikea, Torbjorn Loof, à Reuters. «Isto aplica-se aos governos, às empresas e a outros agentes», sublinhou, defendendo que é essencial que sejam definidos limites de emissões poluentes em termos absolutos. No encontro das Nações Unidas foi anunciado que as temperaturas poderão subir entre 3 a 5 ºC neste século. A Ikea produz cerca de 10% da sua gama e a restante é fabricada por fornecedores. A eficiência na produção e a mudança para energias renováveis vão ajudar a atingir o novo objetivo, afirmaram o CEO Torbjorn Loof e a diretora para a sustentabilidade do grupo, Lena Pripp-Kovac. Para atingir o objetivo, a Ikea planeia mudar para materiais mais leves e está a efetuar testes com uma nova cola, uma mudança que irá resultar no corte de cerca de 6% nos níveis das suas emissões.

5. Yoox Net-A-Porter com novas ferramentas

O grupo Yoox Net-A-Porter está a realizar uma grande aposta em tecnologia, tanto para esta época natalícia como para o futuro, através de duas novas ferramentas. A primeira aposta, o YooxMirror, mostra aos clientes, através de um avatar, que aspeto teriam com certas peças. A segunda ajuda os compradores a encontrar o presente ideal através de um bot no messenger do Facebook. O YooxMirror é uma ferramenta de styling virtual, construída através da Inteligência Artificial, com um avatar em 3D, batizada Daisy, que ajuda os clientes a visualizar como ficariam com peça disponível no site. Tudo funciona através de algoritmos que detetam elementos visuais, como a cor, o padrão e o formato de um produto, selecionando artigos que combinem melhor com os escolhidos. Depois, o YooxMirror veste o avatar. Todas as semanas, a ferramenta irá usar 250 produtos, envolvendo mais os consumidores do que a tradicional exibição de vários artigos. Os clientes podem ainda fazer o upload de fotos si mesmos para obterem um resultado ainda mais personalizado de como as peças lhes assentariam e, se quiserem, partilhar os resultados no Instagram ou guardá-los nas suas listas de desejos da Yoox. Quanto ao Instagram, o portal revela que, «pela primeira vez numa marca», a Daisy vai «assumir» a conta de Instagram do portal. A empresa refere que, apesar de esta ferramenta associar, obviamente, uma parte de entretenimento, tem um propósito comercial. O presidente da Yoox, Paolo Mascio, explica que «pode parecer uma ferramenta divertida, mas trata-se de uma tecnologia complexa, contruída a partir do trabalho da equipa de marketing da Yoox. A introdução representa uma adição importante para nós, oferecendo aos consumidores uma experiência personalizada e memorável, o que é também uma forma completamente nova de explorar o potencial da Yoox». A segunda ferramenta lançada pela Yoox Net-A-Porter é o Style Assistant, que funciona com uma aplicação no messenger do Facebook. O bot sugere produtos baseado nos perfis dos clientes e em respostas a certas questões, que depois ligam o comprador diretamente ao site. «Com a inovação tecnológica no coração da nossa marca, sentimos que o chat era um novo canal digital maravilhoso para a Yoox Net-A-Porter explorar e experimentar, de modo a melhorar as conversações e ainda fazer com que, este ano, a escolha do presente perfeito seja mais fácil para todos», conclui o diretor de marketing do vestuário masculino, Sabah Naqushbandi.

6. Gateway Portugal protege Benfica

A empresa de fabrico, comercialização e instalação de soluções antifurto aliou-se ao clube encarnado. A loja do Benfica, no Centro Comercial Colombo, já conta as soluções de Contagem de Pessoas e RFID da Gateway Portugal, que serão igualmente instaladas nas restantes lojas pelo país. A Contagem de Pessoas funciona de forma precisa, com sistemas de contagem bidirecionais, bem como visão artificial 2D/3D. Esta solução possibilita ainda uma gestão remota e que os dados de afluência permaneçam em memória até um máximo de 30 dias. Além disso, permite a gestão de um número ilimitado de dispositivos de contagem, geridos a partir de um único servidor centralizado na cloud. A loja do Benfica no Centro Comercial Colombo conta também com a instalação de um sistema anti-furto RFID, com antenas de teto e de chão. Este sistema invisível é capaz de combinar as funções logísticas do RFID com as de antirroubo do tradicional EAS, garantindo a segurança discreta dos espaços. A maior vantagem deste sistema RFID é a capacidade de não só gerar alarme em caso de furto, mas também de identificar especificamente, via software, qual o produto em questão que está a ser furtado.