Breves

  1. H&M muda de mãos?
  2. Portugueses estimam gastar 382€ no Natal
  3. Lion of Porches ajuda a planear o ano
  4. Microfibras têxteis banham o sul da Europa
  5. Patrícia Henriques lança edição de luxo
  6. Geração Z sensível às visões das marcas

1. H&M muda de mãos?

As compras de ações do grupo H&M por parte da Ikea Interogo Holding estão a criar a especulação de que esta empresa de origem sueca se poderá tornar na nova proprietária da sua conterrânea, afirma Daniel Schmidt, analista no Danske Bank A/S. A Ikea poderá ser «a parceira ideal» admite Schmidt. Depois da descida das ações em cerca de 50% nos últimos três anos, o sentimento dos investidores parece ter finalmente mudado. Face aos ganhos de 36% nos últimos três meses, a Bolsa de valores esqueceu as perdas que colocaram a Hennes & Mauritz AB em último lugar no OMX Stockholm 30 Index nos primeiros oito meses do ano. Os lucros estão de volta, tendo em conta que as vendas atingiram valores acima do esperado, pelo terceiro trimestre consecutivo, e as especulações de que a maior acionista da retalhista, a Chairman Stefan Persson, poderá querer privatizar o grupo. O mercado também reagiu positivamente ao encerramento da Cheap Monday, encarando esta atitude da H&M como um sinal de que o grupo não tem medo de tomar decisões difíceis. «A H&M foi do plano à execução e mudou o seu foco para onde ele deve estar: na marca H&M», elogiou o analista no Danske Bank A/S. Porém, alguns analistas não estão convencidos com o momento positivo da H&M. A maioria ainda aconselha os clientes a vender as suas ações e apenas dois dos 32 analistas que cobrem a H&M e são monitorizados pela Bloomberg têm recomendações para comprar ações da retalhista.

2. Portugueses estimam gastar 382€ no Natal

Em média, cada português deverá desembolsar 382 euros em prendas de Natal, segundo o estudo do Observador Cetelem Natal 2018. Este valor corresponde a um crescimento de 52% (130 euros) em relação a 2017. Prevê-se que praticamente metade deste valor (49%) seja gasto em presentes, seguido da compra de mercearia, com 47%. As compras sazonais, como as decorações, registam um valor mais residual, não ultrapassando os 4%. As prendas para os mais novos deverão rondar gastos médios de 125 euros. Quanto às regiões, é a Norte que o valor médio será mais elevado, em cerca de 425 euros, metade do qual em mercearia para a consoada e dias festivos. No entanto, é na região do Grande Porto onde menos se deverá gastar durante a quadra natalícia: cerca de 297 euros. Neste caso, mais de metade do valor (61%) será destinado às prendas e 35% a mercearia. Mais a sul, na Grande Lisboa, o gasto médio deverá atingir os 405 euros: 53% para mercearia e 42% para prendas. Por fim, os gastos médios serão muito próximos (entre os 371 e 376 euros) no Centro e no Sul do país, embora no Centro a maioria das despesas tenha como destino as compras de mercearias (51%), enquanto no Sul a preferência da maioria vá para a aquisição de prendas (54%).

3. Lion of Porches ajuda a planear o ano

Na contagem decrescente para o final do ano, a marca detida pela Cães de Pedra lança uma agenda de capa dura, vermelha e azul, «o acessório perfeito para organizar todos os dias do novo ano», afirma a Lion of Porches em comunicado. Trata-se de uma agenda de edição limitada, que conta com uma visão global de cada mês, seguida de várias páginas de organização da semana, onde podem ser acrescentados detalhes, tarefas e compromissos de cada dia. Existe ainda secções para complementar o planeamento diário e semanal como prioridades, não esquecer e objetivos. Uma secção final de notas faz com que este acessório seja também útil para reuniões. A novidade estará disponível online e nas lojas físicas da Lion of Porches a partir de dezembro.

4. Microfibras têxteis banham o sul da Europa

Algodão e viscose foram as principais microfibras encontras nos mares que banham o sul da Europa. De acordo com um novo estudo realizado por investigadores da Universidade de Barcelona, cerca de um quinto das partículas acumuladas em mar aberto está a cerca de 2 mil metros de profundidade. O estudo quantificou a presença de microfibras têxteis numa área que se estende entre o mar Cantábrico e o mar Negro. Os investigadores analisaram a quantidade destas fibras coloridas – que variam entre 3 e 8 milímetros em largura e têm menos de 0,1 milímetros de diâmetro – e advêm principalmente de máquinas de lavar, domésticas e industriais. Os resultados mostram a dominância de fibras celulósicas e destacam que vários oceanos acumulam e transportam microfibras para as cavidades marinhas. «Algumas destas microfibras são feitas de plástico, que não se degrada em pouco tempo, e contêm aditivos químicos que podem ser incorporados facilmente na rede trófica», destacaram os investigadores Anna Sánchez Vidal, William P de Haan e Miquel Canals no estudo publicado no jornal científico Plos One. Segundo o trabalho, os principais tipos de microfibras encontrados nos mares foram a celulose natural (algodão e linho) e a celulose regenerada (viscose), que advêm maioritariamente de têxteis industriais e vestuário. Nunca tinha sido realizado um estudo tão profundo numa área tão extensa. Os investigadores analisaram amostras do solo, de variações entre os 42 a os 3.500 metros de profundidade, partindo de 29 lugares diferentes dos mares do sul da Europa. As maiores densidades foram encontras no mar Cantábrico, seguido pelo mar das Baleares e o mar de Alborão, respetivamente, enquanto as menores densidades foram encontradas na parte ocidental do mar Mediterrâneo e no mar Negro. O estudo também revelou que a distância nos mares não é uma barreira à acumulação de microfibras, já que cerca de 20% destas partículas são acumuladas em mar aberto a mais de 2 mil metros de profundidade.

5. Patrícia Henriques lança edição de luxo

A marca portuguesa de calçado de luxo, que deu os primeiros passos em 2017, lançou uma nova coleção, assinada por Pedro Crispim e Tristana Esteves Cardoso. A edição Urban Jungle, maioritariamente em estampado animal, resulta na criação de oito pares, quatro para mulher e outros tantos para homem. A assinatura da coleção resulta da ideia de «conforto e elegância que todos necessitamos na azáfama da cidade», refere a marca em comunicado. Patrícia Henriques introduz na marca uma linha de homem, com um conjunto de botins. Os sapatos são fabricados à mão, em edições limitadas a um pequeno número de pares no segmento de luxo.

6. Geração Z sensível às visões das marcas

Um novo estudo do grupo NPD mostra que o público-alvo favorito das empresas – a geração Z – é particularmente sensível às posições das empresas relativamente a questões sociais e ambientais, o que significa que os consumidores mais jovens esperam que as visões das empresas às quais compram sejam semelhantes às suas. A NPD inquiriu mais de 3.600 consumidores norte-americanos, como parte da sua profunda investigação acerca das intenções de compra na época natalícia, e chegou à conclusão de que vão além das especificidades da altura do ano. De modo geral, atualmente, mais consumidores este ano do que o ano passado referiram que a posição de uma empresa acerca de problemas ambientais, sociais e políticos poderia afetar as suas decisões de compra durante a época natalícia. Os consumidores mais jovens são os mais afetados e isso é particularmente significativo tendo em conta que a Geração Z vai representar cerca de 40% dos consumidores em 2020. «Num ano de eleições intercalares, a polarização política e o ativismo estão em voga neste país, o que está a ter impacto na época natalícia, especialmente entre os consumidores mais jovens», destaca Marshal Cohen, analista da NPD. «Enquanto muitos podem desconsiderar as perspetivas sociais e ambientais dos mais jovens, fazem-no a seu próprio risco. No final de contas, os consumidores mais velhos da Geração Z estão agora a entrar no mercado de trabalho – e o poder de compra desta geração irá aumentar significativamente nos próximos anos». Como é que as suas perspetivas se traduzem em ações? Claramente, estão a votar com a sua carteira. 52% dos inquiridos admitiram que a posição social dos produtores e dos retalhistas em questões sociais ou ambientais afetariam a forma como gastam dinheiro nesta quadra – uma percentagem mais alta três pontos percentuais do que em 2017. Entre a Geração Z, o número aumenta para 65%, seguidos pelos millennials nos 55%. «As gerações mais jovens querem – e irão pagar mais – por marcas que revelam as suas perspetivas e por marcas que têm programas sociais alinhados com os seus valores», afirma Marshal Cohen. Simultaneamente, 47% de todos os consumidores dos EUA dizem que as questões políticas terão um papel importante no que pagam, outro número que aumentou três pontos percentuais. Também 49% dos Baby Boomers admitiram que a política de uma empresa afetaria as suas decisões de compra, seguidos da geração Z com 48% e dos millennials com 47%.