- Porto entre as mais inovadoras
- Festas felizes no retalho americano
- Indústria do Camboja sob ameaça
- Chineses abandonam Hong Kong
- Wal-Mart fecha lojas no Brasil
- Casal Beckham vale milhões
1. Porto entre as mais inovadoras
Londres foi considerada a cidade mais inovadora em 2015 na 9.ª edição do Índice de Cidades Inovadoras do 2thinknow, onde a cidade portuguesa do Porto ocupou o 99.º lugar. Considerada como a primeira capital europeia a implementar estratégias de inovação em resposta à crise financeira mundial, Londres ficou no primeiro lugar este ano, à frente de anteriores vencedoras como Silicon Valley, Viena e Boston. Seul, capital da Coreia do Sul, fechou o top 5, à frente de Nova Iorque, Amesterdão, Singapura, Paris e Tóquio, que preencheram os cinco lugares seguintes. Outras cidades em rápida ascensão incluem Barcelona (27.º), Pequim (40.º), São Petersburgo (48.º), Taipei (52.º), Madrid (56.º), Dublin (61.º), Mumbai (74.º) e Medellín (147.º), todas classificadas de acordo com critérios como condições económicas, start-ups e sectores tecnológicos.
2. Festas felizes no retalho americano
Os retalhistas americanos deverão ter festas felizes este ano, com as fortes vendas online, em conjugação com a procura por vestuário de senhora e mobiliário, a contribuírem para um aumento de 7,9% das vendas. No ano passado, as vendas a retalho nos EUA aumentaram 5,5% entre a Black Friday e a véspera de Natal, segundo o Masterdcard Advisors SpendingPulse. As vendas online cresceram 20% em comparação com o ano passado. As vendas de vestuário não têm sido fortes para muitos retalhistas, com as temperaturas mais elevadas a travarem a compra de botas, casacos e vestuário para o frio. Como as temperaturas anormalmente quentes continuaram em dezembro, muitos temiam que os retalhistas de vestuário saíssem prejudicados nesta altura, mas os dados da Mastercard sugerem que os consumidores compraram roupa. No geral, as vendas de vestuário registaram um crescimento de um dígito alto durante o período entre a Black Friday e a véspera de Natal, mas as vendas de vestuário de senhora registaram um crescimento de dois dígitos. Já as de vestuário de homem registaram uma quebra. Sarah Quinlan, vice-presidente sénior de inteligência de mercado da MasterCard Advisors, afirmou que «depois de um início lento, estou muito satisfeita por ver que a época de Natal foi quente para os retalhistas. Vimos muitas tendências promissoras. O crescimento de dois dígitos nas vendas de mobiliário, por exemplo, mostra que os consumidores estão dispostos a gastar em artigos com valor elevado. O aumento no comércio eletrónico é um indicador sólido de um consumidor conhecedor e com poder. Vamos ver se este comportamento continua em 2016». A National Retail Federation antecipa um aumento de 3,7% das vendas em novembro e dezembro deste ano, com as vendas online a deverem crescer 6% a 8%.
3. Indústria do Camboja sob ameaça
Cerca de 144 unidades de produção de vestuário e calçado encerraram em 2015 no Camboja, com os salários mais altos a afastarem os novos investimentos no país para Myanmar. Um relatório do Ministério do Comércio revela que 130 empresas de vestuário e 14 de calçado fecharam, embora mais de 50 novas tenham sido abertas. Ho Sivyong, diretor do departamento de importação e exportação do Ministério, declarou à agência noticiosa Xinhua que está em curso uma deslocalização da produção para Myanmar, com a exigência de salários mais altos por parte dos trabalhadores a tornar-se um entrave ao investimento no Camboja. Algumas marcas mundiais prometeram comprar mais produtos às empresas do Camboja, indicou, e a produção para o próximo ano continua otimista. Myanmar, que tem várias semelhanças com o Camboja, nomeadamente em termos de desenvolvimento económico e social, tem acesso sem quotas e sem taxas aduaneiras ao mercado europeu sob um acordo comercial.
4. Chineses abandonam Hong Kong
Hong Kong deverá registar o maior declínio nas vendas a retalho desde o surto de síndrome respiratória aguda em 2003. A cidade pode ainda registar a primeira quebra anual em turistas continentais desde que começou a permitir visitas de cidadãos chineses, também em 2003, o que está a dar origem a pedidos para diversificar o turismo – um elemento-chave da economia da cidade. O número de turistas chineses diminuiu, tendo baixado 15,4% em novembro em comparação com o ano anterior, o maior declínio registado durante o ano, indicou o The Wall Street Journal. As vendas a retalho caíram pelo oitavo mês consecutivo devido à diminuição do consumo dos turistas, com as vendas a retalho totais a descerem 2,7% nos primeiros 10 meses de 2015. Uma quebra mais acentuada do que em 2003, quando os turistas evitaram Hong Kong durante vários meses após o surto da síndrome respiratória aguda. As vendas de luxo começaram a baixar no final de 2013, depois de Pequim ter iniciado uma luta contra a corrupção e consumo ostensivo. A quebra alastrou-se ao retalho de massas, à medida que a economia chinesa abrandou. A valorização do dólar também tornou as viagens a Hong Kong mais caras e destinos como o Japão e a Europa tornaram-se mais atrativos para os turistas chineses. O governo de Hong Kong planeia acolher mais eventos desportivos e gastronómicos de grande escala para aumentar o turismo. Já atribuiu milhões de dólares para desenvolver novos espaços de artes e cultura e planeia novas atrações. Está ainda em conversações para construir um segundo parque temático Disneyland.
5. Wal-Mart fecha lojas no Brasil
O Wal-Mart Stores está a pensar fechar cerca de 30 lojas e arrendar algumas das suas propriedades no Brasil no próximo ano, segundo o jornal Valor Econômico, numa altura em que o maior retalhista mundial está a tentar sair dos mercados onde tem performances menos boas. O Wal-Mart não prestou diretamente declarações sobre o encerramento de lojas, tendo apenas afirmado à Reuters que está «constantemente a rever o seu portefólio e a tomar decisões com base no que é melhor para o negócio e para os clientes». Há dois meses o diretor-executivo Doug McMillon anunciou uma revisão da base de lojas mundial do Wal-Mart para eliminar unidades com performances baixas. Começou a vender negócios não centrais na América Latina, incluindo propriedades no Chile e uma cadeia de restaurantes no México. Se for implementada, a decisão pode levar ao encerramento de 5% da atual base de lojas no Brasil, destacou o jornal brasileiro. O Wal-Mart conta com 588 lojas no país, segundo o website da retalhista. Atrás dos rivais GPA e Carrefour no Brasil, a maior economia da América Latina, nos últimos quatro anos o Wal-Mart reduziu os preços e isso, juntamente com o aumento dos salários e dos custos operacionais, afetou a rentabilidade, sustentam os analistas. As vendas totais no Brasil desceram 0,4% no terceiro trimestre, abaixo da performance do GPA e do Carrefour, indicou o Valor Econômico, acrescentando que as vendas comparáveis desceram 0,6% no mesmo período.
6. Casal Beckham vale milhões
David e Victoria Beckham ganharam 60 mil libras (cerca de 81 mil euros) por dia em 2014, o que resultou num valor anual de 22,5 milhões de libras, ou 12,7 milhões de libras após impostos, representando um aumento dos rendimentos de 724%. Os números, compilados pela Companies House, mostram que o volume de negócios da Beckham Brand Holdings, que representa os interesses de Victoria Beckham na moda e o marketing da imagem de David Beckham, atingiu 65,8 milhões de libras. A marca de moda Victoria Beckham, e atividades relacionadas, gerou 34,5 milhões de libras, enquanto David foi responsável por 17,2 milhões de libras através da Beckham Brand Holdings e 14,1 milhões de libras através da Footwork (que gere a exploração do nome e imagem de Beckham). O volume de negócios da Footwork caiu ligeiramente em 2014, mas a Beckham Brand Holdings registou um crescimento de 55%. O relatório de contas mostra que a empresa está a planear expandir o tamanho do negócio de moda e a gama de produtos à venda. O marketing de David Beckham vai igualmente ser alargado através de parcerias com «grandes marcas internacionais». Em setembro de 2014, Victoria Beckham expandiu o seu império de moda com a abertura de uma flagship em Dover Street, em Londres.