Breves

  1. Indústria celebra nova lei anticontrafação
  2. Rihanna estreia-se com a Puma
  3. Comércio eletrónico desponta na Índia
  4. Yiqing Yin ascende à elite da alta-costura
  5. Retalho britânico com boas notícias
  6. Men’s Wearhouse sob pressão

1. Indústria celebra nova lei anticontrafação

A nova legislação de marca registada adotada pelo Parlamento Europeu na semana passada, que tornou mais fácil apreender bens contrafeitos em trânsito na União Europeia, foi elogiada pela Federação Europeia da Indústria de Artigos de Desporto (FESI). O número de artigos contrafeitos apreendidos caiu para 35,5 milhões em 2014, em comparação com quase 115 milhões em 2011. Isto porque a contrafação é cada vez mais importada através de pequenas embalagens no seguimento das vendas online, o que torna mais difícil apreender grandes quantidades. Além disso, a legislação europeia de contrafação ficou desatualizada para lidar com os “truques” usados pelos perpetradores, como declarar que os bens estão em trânsito pela UE e não são destinados ao mercado europeu. Contudo, a FESI acredita que a nova legislação vai reforçar a possibilidade das alfândegas europeias agirem contra os bens contrafeitos. Para o secretário-geral da FESI, Alberto Bichi, «é agora da maior importância que as alfândegas usem as suas competências reforçadas para que possamos eficazmente acelerar a luta contra a contrafação e proteger as nossas marcas». Segundo um estudo recente do Instituto de Harmonização no Mercado Interno (IHMI), anualmente perde-se 26,3 mil milhões de euros devido à contrafação de vestuário, calçado e acessórios. Um estudo semelhante revela que a contrafação de equipamento de desporto, como bolas de futebol, capacetes, tacos de golfe, raquetes de ténis e skis custam todos os anos 500 milhões de euros à indústria.

2. Rihanna estreia-se com a Puma

Rihanna vai lançar a sua primeira coleção de ténis com a Puma na Semana de Moda de Nova Iorque, em fevereiro. A cantora, que foi nomeada diretora criativa da Puma no ano passado, tem estado a trabalhar com os designers da marca numa nova gama de calçado que será revelada num desfile Puma by Rihanna que, segundo a edição britânica da Vogue, terá lugar em Nova Iorque a 12 de fevereiro.

3. Comércio eletrónico desponta na Índia

As vendas de comércio eletrónico na Índia deverão crescer 129% este ano, em comparação com o crescimento geral de 14% do retalho, segundo um estudo do eMarketer, que aponta a crescente procura online por preços mais baixos, gamas de produto mais alargadas e melhores serviços. O aumento da penetração dos smartphones está igualmente a impulsionar as vendas de comércio eletrónico, que deverão atingir 14 mil milhões de dólares (12,9 mil milhões de euros) no final deste ano. A Índia, juntamente com a China e a Indonésia, foram destacadas no estudo como motores para o crescimento do comércio eletrónico na Ásia-Pacífico. Só a China deverá representar mais de 40% das vendas a retalho online este ano, um aumento de 5% face a 2014. Em comparação com os 672 mil milhões de dólares em vendas a retalho online em 2015, os 14 mil milhões de dólares da Índia refletem um enorme potencial de crescimento, numa altura em que o país assiste ao aumento da classe média e uma crescente penetração da Internet em cidades mais pequenas. As vendas de comércio eletrónico na Índia representaram 0,8% do total das vendas a retalho em 2014, mas isso deverá mais do que duplicar para 1,7% este ano. Até 2019, o eMarketer prevê que essa quota atinja 4,4%.

4. Yiqing Yin ascende à elite da alta-costura

Yiqing Yin é a primeira designer nascida na China a ser admitida na elite dos criadores de alta-costura. Yiqing Yin, que recentemente abandonou o cargo de diretora criativa da Leonard para se concentrar na sua marca própria, é também a mais jovem, com apenas 30 anos. A designação de alta-costura é protegida por lei e atualmente só pode ser utilizada por um grupo restrito de 14 casas de moda cujas peças são feitas à mão e customizadas para cada cliente. Yin, que cresceu em França depois de ter saído da China com quatro anos, integrará a Semana de Moda de Alta-Costura, que se realiza em Paris de 24 a 28 de janeiro. A designer chinesa Guo Pei – que criou o vestido usado por Rihanna na Gala do Met em Nova Iorque em maio – irá também integrar os desfiles, mas como convidada, o mesmo acontecendo com a designer holandesa Iris Van Herpen e com o designer francês Yacine Aouadi. Yiqing Yin, que venceu o prémio Andam pela sua primeira coleção em 2011, teve a sua grande oportunidade quando a atriz Audrey Tautou escolheu usar um dos seus vestidos na cerimónia do Festival de Cinema de Cannes, em 2013.

5. Retalho britânico com boas notícias

As vendas a retalho de vestuário e calçado no Reino Unido continuaram a crescer em novembro. Segundo o gabinete de estatística do país, o volume de vendas nas lojas de têxteis, vestuário e calçado aumentou 3,5% em termos anuais no mês até 28 de novembro. Em valor, as vendas subiram 2,5%, para mil milhões de libras (1,38 mil milhões de euros), apesar dos preços médios em loja para a categoria terem descido 0,6%. As vendas pela Internet de têxteis, vestuário e calçado cresceram 18,2%, representando 13,5% do total das vendas online. As vendas a retalho no geral aumentaram 5% em volume, tornando este no 31.º mês consecutivo de crescimento em termos anuais. Em valor, as vendas subiram 1,4%. Já na comparação mensal, o volume de vendas aumentou 1,7%, enquanto o valor despendido subiu 1,4%. David McCorquodale, diretor de retalho na KPMG, considera que os números mostram que os retalhistas «viram o seu trabalho árduo compensar», acrescentando que «embora a Black Friday de 2015 tenha tido menos impacto, em termos de volume de negócios, do que no ano passado, os retalhistas que investiram nas suas estratégias de vendas, sobretudo os que fizeram melhorias nos seus canais online, viram o retorno do investimento, com as vendas online a subirem 12,7% em termos anuais». Para McCorquodale, «o desafio para a high street em dezembro será recriar o entusiasmo das vendas online da Black Friday em loja».

6. Men’s Wearhouse sob pressão

A Men’s Wearhouse lançou um aviso de que poderá ficar abaixo da projeção de lucro para o ano se as vendas da Jos A. Bank não recuperarem durante a época de Natal. A Men’s Wearhouse tinha antecipado um lucro ajustado por ação de 1,75 a 2 dólares (1,6 a 1,85 euros) em 2015 e, em 2017, de 5,75 a 6,25 dólares por ação. A empresa, que registou prejuízo no terceiro trimestre, indicou que irá atualizar as suas projeções para 2017 em março, depois de publicar os resultados para o ano fiscal, que termina a 29 de janeiro. No trimestre encerrado a 31 de outubro, a Men’s Wearhouse registou um prejuízo de 27,2 milhões de dólares em comparação com o lucro de 6,8 milhões de dólares no ano passado. As vendas comparáveis desceram para 865 milhões de dólares, em comparação com 890,6 milhões de dólares do ano passado. As vendas comparáveis na Jos A. Bank caíram 14,6% no período, em comparação com uma quebra de 8,1% de um ano antes, e deverão cair 20% a 25% no quarto trimestre. Na primeira semana de dezembro, as vendas comparáveis da Jos A. Bank desceram 35,1%. «Quando comprámos a Joseph Bank, sabíamos que tínhamos de corrigir o modelo de promoções. Contudo, subestimamos o impacto da performance a curto prazo à medida que começámos a implementar os passos difíceis mas necessários. Continuamos confiantes que estes passos irão restaurar um modelo sustentável e rentável a longo prazo e remodelar o negócio para um crescimento saudável na Jos A. Bank», resume Doug Ewert, diretor-executivo da Men’s Wearhouse.