Breves

  1. Lectra analisa profissões de moda
  2. Cluster Têxtil esclarece e-GAR
  3. Improbabilidades Criativas com Maria Gambina
  4. Gucci acusada de evasão fiscal
  5. Compras de Natal em mudança
  6. Amazon contribui para o desemprego

1. Lectra analisa profissões de moda

A Lectra recebeu recentemente vários parceiros globais da área da educação no campus Bordeaux-Cestas da empresa para o seu 8.º Congresso de Educação. O evento foi dedicado às macrotendências que moldam atualmente a indústria da moda e afetam as profissões – do design à produção. Mais de 50 representantes das escolas de moda mais importantes da Alemanha, Canadá, China, EUA, França, Hong Kong, Itália, Holanda, Polónia, Reino Unido, Suíça e Suécia participaram neste encontro bianual entre especialistas da indústria e profissionais do ensino. As profissões de moda têm vindo a evoluir à medida que as empresas vão dando os primeiros passos em direção à Indústria 4.0, às tecnologias de impressão 3D e à gestão do ciclo de vida das suas coleções graças ao PLM. O Congresso de Educação da Lectra permitiu que as escolas discutissem os papéis futuros dos designers e os elementos a serem integrados nos currículos. A Lectra anteviu as mudanças da indústria através de apresentações sobre design, modelagem, prototipagem em 3D e PLM. «É fundamental convocar os especialistas em inovação na indústria, juntamente com as escolas de moda, porque os alunos vão impulsionar a evolução desta indústria», reconheceu Pascal Denizart, diretor-geral do Centre Européen des Textiles Innovants (CETI). Trabalhar com as escolas para desenvolver planos curriculares que satisfaçam as necessidades das empresas de moda sempre esteve no centro do programa de educação da Lectra. Durante o evento, a empresa apresentou as suas experiências colaborativas com escolas e marcas de moda, como os concursos organizadas com a Missoni, Balenciaga e Armani de Itália, Peacebird da China, e JC Penney dos EUA. No Reino Unido, a Lectra colaborou com a COS (grupo H&M) e a Universidade das Artes de Bournemouth (AUB) para um concurso centrado no desenvolvimento de uma coleção com zero desperdício. O processo foi totalmente digital, do design à criação de um protótipo em 3D. «Os nossos alunos aprenderam a otimizar cada etapa do processo. Ao alavancar a utilização do Kaledo, Modaris e Diamino, o trabalho colaborativo entre a AUB, COS e a Lectra é exatamente o tipo de projeto que motiva os nossos alunos», sublinhou Penny Norman, palestrante da AUB. O evento chamou também a atenção para a China e para o seu papel de relevo na evolução da indústria da moda. «O 8.º Congresso de Educação da Lectra confirma o compromisso da empresa com as escolas parceiras. Partilhámos a análise do mercado, a digitalização do ecossistema e a forma como os princípios da Indústria 4.0 podem ser aplicados ao sector da moda. Também discutimos a personalização massificada e o papel do PLM. Embora estes sejam assuntos importantes para os nossos clientes, muitas escolas estão agora a aproximar-se deles. Estamos a preparar o amanhã, hoje», revelou Céline Choussy Bedouet, diretora de marketing e comunicação da Lectra.

2. Cluster Têxtil esclarece e-GAR

No próximo dia 15 de dezembro, o Cluster Têxtil: Tecnologia e Moda, em colaboração com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), vai promover uma sessão de esclarecimento orientada para as empresas da indústria têxtil e vestuário sobre as novas Guias Eletrónicas de Acompanhamento de Resíduos (e-GAR) e sobre o Registo de Produtores/Embaladores. A sessão, que terá lugar no auditório do CITEVE, Vila Nova de Famalicão, pelas 14h15, tem como objetivo informar sobre as mudanças inerentes à utilização das e-GAR, aprovadas pela Portaria nº145/2017, apoiando todos os envolvidos no processo a trabalhar com o novo modelo e com o módulo da plataforma eletrónica SILIAMB, sendo também uma oportunidade para esclarecer dúvidas e questões práticas. O período transitório, em que ainda podem ser utilizados os modelos de guias em papel, termina já no final do ano, sendo que a partir de janeiro de 2018 apenas poderão ser utilizadas as guias em formato eletrónico. Na sessão, haverá ainda lugar para informar sobre enquadramento legal e como fazer o enquadramento enquanto produtor/embalador – no que respeita à temática Registo de Produtores/Embaladores que procedem à colocação de produtos embalados no mercado nacional. A inscrição para a sessão é gratuita, mas sujeita a inscrição obrigatória através do email secretariado@clustertextil.pt.

3. Improbabilidades Criativas com Maria Gambina

A iniciativa Improbabilidades Criativas está de regresso já na próxima quarta-feira, 13 de dezembro, para uma sessão dedicada ao design de moda que terá como palco o Museu da Indústria Têxtil da Bacia do Ave, em Vila Nova de Famalicão. Maria Gambina, a designer que é também professora e coordenadora do curso de moda da ESAD Matosinhos, estará em Vila Nova de Famalicão para explicar as várias etapas do processo criativo de uma coleção de moda. Dotar os formandos de uma maior autonomia no desenvolvimento de projetos de design de moda é o principal objetivo desta que é a 7.ª edição da iniciativa, promovida desde 2015 pelo Gabinete das Indústrias Criativas da Câmara Municipal de Famalicão e que já dedicou sessões à música, fotografia, ilustração, pintura, cinema e dança. A iniciativa Improbabilidades Criativas decorrerá entre as 10h e as 17h e os interessados poderão efetuar inscrição através do email industriascriativas@vilanovadefamalicao.org. As inscrições são gratuitas e limitadas a 20 participantes. Aos formandos apenas é solicitado que tragam o seu computador com o software Adobe Photoshop instalado.

4. Gucci acusada de evasão fiscal

A marca detida pelo conglomerado de luxo Kering faturava em Itália, mas pagava os impostos na Suíça e, nos últimos dias, foi alvo de buscas policiais nos seus escritórios de Milão e Florença. A revista aos espaços da empresa foi anunciada este sábado, pelo La Stampa. Segundo o jornal, a polícia passou três dias à procura de provas de que a gigante da moda escolheu declarar os lucros obtidos com as vendas em Itália no regime fiscal suíço, com um regime fiscal mais apelativo. A confirmar-se, a Gucci terá economizado em impostos aproximadamente 1,3 mil milhões de euros. «A Gucci confirma que está em total colaboração com as autoridades e está confiante acerca da retidão e transparência das suas operações», afirmou, entretanto, a marca de luxo em comunicado. Depois da Prada, Giorgio Armani e Dolce & Gabbana, é agora a vez da Gucci enfrentar acusações. Em 2014, a Prada foi alvo de suspeitas de evasão fiscal, totalizando uma poupança em impostos avaliada em 470 milhões de euros. Os responsáveis da empresa acabaram então por acordar o pagamento de 420 milhões de euros. Mais recentemente, a Giorgio Armani desembolsou 270 milhões de euros, envolvendo o regime fiscal aplicado às suas subsidiárias estrangeiras. Já a dupla de designers da Dolce & Gabbana foi acusada de fraude fiscal, mas o caso foi encerrado com a retirada das acusações.

5. Compras de Natal em mudança

De acordo com uma pesquisa realizada pela Princiality Building Society, um quinto dos adultos britânicos concorda que acontecimentos como o Brexit os deixaram menos confiantes para gastar dinheiro em presentes neste Natal. A par disso, o retalho tradicional tem vindo a enfrentar semanas desafiantes desde outubro. Um dos principais fatores a influenciar essa tendência foi a conveniência dos serviços online. Cada vez mais consumidores estão a fazer as suas compras online, sabendo que características como a entrega no dia seguinte podem garantir que os presentes chegam antes do grande dia. O investigador Christian Edger, da Birmingham Business School, acredita que as vendas fracas no início da quadra natalícia são sintomáticas de uma mudança mais ampla. «Fazem parte de um declínio mais longo no retalho», admitiu. Para um sector tão flexível e adaptativo, as mudanças no comportamento do consumidor foram certamente previstas e acabarão por ser contornadas. No entanto, numa época tão crucial para o sector, qualquer retalhista que confie na tradição para impulsionar as receitas do último trimestre pode vir a falhar o alvo.

6. Amazon contribui para o desemprego

O número de trabalhadores da gigante online Amazon está a crescer 40% ao ano. No final de 2016, a empresa era o oitavo maior empregador privado nos EUA. Recentemente, o marketplace anunciou planos para construir uma segunda sede nos EUA que empregará aproximadamente 50 mil funcionários. Contudo, supondo que as atuais tendências da indústria continuem até ao final do ano, o número de funcionários dos retalhistas que competem diretamente com a Amazon diminuirá cerca de 1%. Embora seja uma pequena percentagem, o número de pessoas que poderá perder o emprego ronda os 170 mil – o primeiro declínio anual desde 2009. O crescimento do emprego na Amazon não será, por isso, suficiente para cobrir as perdas na indústria. A Amazon deverá garantir cerca de 146 mil postos de trabalho à escala global até ao final de 2017, um crescimento de 43% (excluindo os funcionários da Whole Foods). Mesmo com esse pressuposto de crescimento e incluindo os trabalhadores da Amazon em todo o mundo, o emprego combinado entre os concorrentes diretos assistirá a uma quebra de 24.000 postos. No final de 2016, a Amazon confirmou que tinha 45 mil robots, somou-lhes 35 mil robots no final do primeiro semestre de 2017 e outros 20 mil no terceiro trimestre. Assumindo-se que sejam adicionados 20.000 no quarto trimestre, poderá alcançar um total de 75.000 novos robots em 2017. Embora seja difícil provar a causalidade, os analistas reconhecem a correlação entre um declínio de 24.000 funcionários e um aumento de 75.000 robots.