- Christopher Bailey de saída da Burberry
- Jigsaw procura novo dono
- Consumidores preparam Natal
- Amazon bate todas as expectativas
- Compras móveis seduzem americanos
- Moda masculina em camadas
1. Christopher Bailey de saída da Burberry
Depois de 17 anos nos corredores da casa de moda britânica, Christopher Bailey abandona a Burberry em 2018. Para uma transição suave, Bailey continua na marca até 31 de março de 2018, data em que serão cortados os laços do designer com a empresa, de acordo com a informação avançada esta manhã, 31 de outubro, pelo portal The Business of Fashion. «Depois de 17 anos no comando e de uma contribuição enorme para a Burberry, apoiamos a decisão do recém-nomeado CEO Marco Gobetti de virar a página e procurar novos talentos criativos para a marca», comentou Luca Solca, responsável de produtos de luxo do Exane BNP Paribas. Christopher Bailey deixa a Burberry meses depois de a marca de luxo ter contratado Marco Gobbetti, que veio substituir o designer como CEO, para reestruturar o negócio que tem tido dificuldades em traduzir o sucesso no campo do design em vendas. «A Burberry sofreu uma transformação incrível desde 2001 e Christopher Bailey foi fundamental para o sucesso da empresa nesse período. Embora fique triste por não ter tido a oportunidade de estabelecer uma parceria mais longa com Bailey, o legado que ele deixa e o talento excecional que temos na Burberry dão-me uma enorme confiança para o futuro», afirmou Marco Gobbetti. «Temos uma visão clara para o próximo capítulo, que pretende acelerar o crescimento e o sucesso da marca Burberry, e estou entusiasmado com as oportunidades para as nossas equipas, os nossos parceiros e os nossos acionistas», acrescentou. Embora aclamado como designer visionário, Christopher Bailey nunca convenceu os investidores de que seria capaz de conciliar os papeis de diretor criativo com o de CEO da Burberry. No ano passado, a marca recrutou Gobbetti à arquirrival Céline, detida pelo conglomerado de luxo LVMH, para assumir as responsabilidades comerciais de Bailey. «Foi um grande privilégio para a minha vida profissional estar na Burberry, trabalhar e aprender com um grupo tão extraordinário de pessoas nos últimos 17 anos», reconheceu Christopher Bailey. «Estou empolgado em procurar novos projetos criativos, mas continuo totalmente comprometido com o sucesso futuro desta marca magnífica e em assegurar uma transição suave», admitiu.
2. Jigsaw procura novo dono
A marca britânica pode estar à procura de um novo dono, ainda para este ano, considerando que a retalhista de moda terá começado a estabelecer contacto com potenciais compradores e investidores. De acordo com a informação avançada pela Retail Week, a consultora internacional KPMG foi nomeada pelo fundador e atual acionista maioritário da Jigsaw, John Robinson, para explorar opções para o futuro, incluindo a venda de uma participação maioritária ou minoritária da marca. Um porta-voz da Jigsaw confirmou que as discussões aconteceram, mas que ainda não terá sido iniciado qualquer processo oficial de venda. «Houve um conjunto de abordagens à Jigsaw, em torno da compra de uma participação minoritária ou maioritária», revelou essa mesma fonte. Outras informações avançadas esta semana dão conta de que a Jigsaw pode ter novos proprietários ainda antes do Natal. A retalhista tem uma rede de cerca de 80 lojas no Reino Unido, bem como cerca de 50 concessões em vários grandes armazéns. No ano passado, os lucros da Jigsaw cresceram 11%, para os 6,2 milhões de libras (aproximadamente 7 milhões de euros).
3. Consumidores preparam Natal
Segundo o Holiday Purchase Intentions Survey, relatório promovido pela empresa de pesquisa NPD, os consumidores norte-americanos já não deixam as suas compras de presentes de Natal para o último minuto, apesar de ainda as adiarem. «O consumidor que costumava esperar até ao fim de semana da Ação de Graças, agora faz as compras mais cedo, especificamente durante essa semana», afirmou Marshal Cohen, analista de indústria na NPD. De acordo com o relatório, cerca de 30% dos consumidores planeiam comprar durante a semana de Ação de Graças este ano, contra 12% a 16% nos anos anteriores a 2014. Esta mudança é claramente conduzida pelo crescimento do comércio eletrónico como uma via mais conveniente de comprar presentes e comparar descontos. Dois terços dos consumidores planeiam fazer pelo menos parte das suas compras de Natal online este ano, refere o documento.
4. Amazon bate todas as expectativas
Ao terceiro trimestre, a Amazon superou todas as expectativas do mercado, uma vez que a gigante online beneficiou de uma injeção de mais de mil milhões de dólares (aproximadamente 860 milhões de euros), vindos da Whole Foods Market, e de um aumento nas receitas do negócio de computação em nuvem. As vendas líquidas da Amazon cresceram 34%, para os 43,7 mil milhões de dólares no trimestre terminado a 30 de setembro, face aos 32,7 mil milhões de dólares do ano passado. Os resultados incluem os 1,3 mil milhões de dólares da Whole Foods Market, que a Amazon adquiriu em agosto. Os resultados incluem também a divisão de computação em nuvem da Amazon (AWS), dentro da qual as receitas subiram para os 4,58 mil milhões de dólares, comparativamente aos 3,2 mil milhões de dólares do ano passado. O lucro líquido da Amazon também bateu as expectativas. O marketplace arrecadou 256 milhões de dólares, em comparação com o lucro líquido de 252 milhões no período homólogo do ano anterior. A orientação da Amazon para o quarto trimestre situa-se entre os 56 mil milhões e os 60,5 mil milhões de dólares, em linha com as estimativas dos analistas.
5. Compras móveis seduzem americanos
Este ano, os analistas esperam que o comércio móvel represente 34,5% das vendas totais de comércio eletrónico, antecipando-se a subida para os 50% até 2021, segundo o Market Commerce Roundup da eMarketer. Cerca de 60% dos executivos de retalho da América do Norte afirmam que as suas empresas têm um website adaptado aos dispositivos móveis, enquanto mais da metade dos restantes 40% espera ter essa alternativa disponível em breve, de acordo com uma pesquisa da Boston Retail Partners incluída no relatório. Em relação às aplicações móveis, quase sete em cada 10 consumidores nos EUA acedem a apps para receber promoções. A mesma percentagem aprecia a flexibilidade de comprar a qualquer momento e em qualquer lugar, revela uma pesquisa da empresa B2B Clutch também incluída no relatório. Esta compilação de indicadores corrobora um relatório recente da Deloitte que refere que mais de 50% dos consumidores vão dedicar os seus orçamentos de compras de Natal às compras online, com cerca de 40% dos consumidores a usarem os smartphones para aceder a apps de compras de um retalhista durante o período.
6. Moda masculina em camadas
Depois de ter conquistado o guarda-roupa feminino, a tendência dos jogos de sobreposição contagiou os coordenados de homem, mesmo a tempo da chegada dos dias frios. O conforto das peças em camadas foi capturado pelas lentes dos fotógrafos de estilo de rua durante as semanas de moda e depressa atingiu o mainstream. Camisas de flanela com camisolas de malha oversized e gabardinas na última camada são um dos looks sugeridos pelos amantes de moda, sendo que a camisola de malha tem o papel principal na maioria dos coordenados que jogam com a sobreposição de diferentes texturas no mesmo look. As t-shirts com camisolas de gola alta são outra das opções, podendo ser rematadas com parkas encapuzadas ou blusões de couro/denim. Neste jogo, as regras são simples, os tons devem ser devidamente ponderados, com o cor-de-vinho, verde garrafa e amarelo mostarda aconselhados ao lado dos clássicos azul-marinho, cinzento, branco e preto.