- André Saraiva colabora com a Uniqlo
- Empresa de calçado da Inditex bate recorde
- Topshop fomenta casamentos
- Os desafios do retalho de vestuário em 2017
- Justin O’Shea lança marca própria
- Novo Apple Watch poderá dispensar o telemóvel
1. André Saraiva colabora com a Uniqlo
A Uniqlo estabeleceu uma parceria com o graffiter de origem portuguesa André Saraiva para uma nova coleção. Batizada UT André, esta linha exclusiva estará disponível em lojas Uniqlo e online a partir desta sexta-feira. André Saraiva deu nas vistas como graffiter, com o seu famoso logótipo Monsieur A a invadir milhares de caixas de correio em Paris nos anos 90. Os seus designs para a Uniqlo incluem as suas muitas versões de Monsieur A, que também já foram pintadas em centenas de paredes em todo o mundo. A parceria com Saraiva marca o 10.º aniversário da Uniqlo UT e as comemorações vão centrar-se na arte urbana, incluindo a parceria com artistas emblemáticos como André Saraiva. Em 2014, a Uniqlo nomeou Nigo, DJ e designer japonês, como diretor criativo, que desenvolveu uma série de parcerias para a Uniqlo com personalidades como Pharell Williams, Hello Kitty e o mestre de manga Osamu Tezuka. André Saraiva concluiu recentemente um muro com as suas personagens em Lisboa. A notícia da parceria com Saraiva foi conhecida no mesmo dia em que a Uniqlo revelou em Nova Iorque que vai vender uma gama de peças criadas pelo designer Jonathan Anderson, diretor criativo da Loewe, que irá chegar às lojas no outono.
2. Empresa de calçado da Inditex bate recorde
A Tempe, a empresa da Inditex que desenha, comercializa e distribui calçado para as oito marcas do grupo, ultrapassou a barreira de 1,2 milhões de euros em vendas no ano passado, de acordo com informação da empresa espanhola. A especialista de calçado obteve, mais precisamente, vendas de 1,23 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 10% face a 2015, em que registou 1,11 milhões de euros. A Temple, que é parcialmente detida pela Inditex, gerou um lucro líquido de 94,84 milhões de euros em 2016, uma queda de 14% em comparação com um ano antes, segundo os registos financeiros da empresa. Os centros de produção e a sede da empresa estão localizados em Elche, uma das principais regiões industriais espanholas. A empresa tem ainda subsidiárias no México, Brasil, a Suíça e China. Em 2016, o negócio contribuiu com 27,49 milhões de euros para a Inditex na forma de dividendos, em comparação com 22,41 milhões de euros no ano anterior. A Tempe é uma joint-venture 50%/50% entre a Inditex e o empresário espanhol Vicente Garcia Torres.
3. Topshop fomenta casamentos
Considerando que os orçamentos para casamentos estão em crescendo, os casais com menos rendimento disponível têm optado por adiar o dia especial. Porém, com a ajuda da Topshop, os custos implicados num casamento tradicional podem agora ser reduzidos, a começar pelo vestido de noiva. Disponível em vários tamanhos, a coleção de noiva da Topshop inclui cinco vestidos de edição limitada com diferentes silhuetas cujos preços variam de 350 a 795 libras (aproximadamente de 328 a 745 euros). Há também uma vasta gama de vestidos de dama de honor com um leque de preços entre 85 e 245 libras. Há propostas sem alças, de ombros descobertos ou de mangas compridas, numa variedade de tons pastéis e estampados florais suaves. Além disso, a retalhista sugere também uma seleção de calçado com um preço base de 79 libras para completar a coleção, bem como lingerie e acessórios para o cabelo. A Topshop está ainda a oferecer uma experiência nupcial completa, com o atendimento personalizado para noivas disponível em lojas selecionadas.
4. Os desafios do retalho de vestuário em 2017
Ao longo de 2017, o furacão do retalho físico vai atingir de forma particular nove empresas norte-americanas e o vestuário será o sector mais afetado. As pressões que têm abalado a indústria, como o incremento do comércio eletrónico, levaram algumas empresas à falência em 2016. Outras responderam com o encerramento de lojas e o despedimento de pessoal. A Business Insider sublinha que, desde o início de 2017, já foram anunciados 1.700 encerramentos de lojas, vindos de retalhistas como Macy’s, Sears e JCPenney. Já os analistas do RBC Capital Markets ressalvam que a situação só tende a piorar. Retalhistas como a Children Place, L Brands (que detém marcas como a Victoria’s Secret e cujo crescimento deverá estagnar em 2017), Boot Barn Holdings, Ulta Salon Cosmetics and Fragrance e Ascena Retail Group (que detém marcas como a Ann Taylor e a Loft) fazem parte das nove empresas mais suscetíveis à desaceleração nas vendas durante o corrente ano. A marca de athleisure Lululemon Athletica (que deverá cair de 14% em 2016 para 9% em 2017), a Kate Spade (que desce também de 14% para 9%), a Coach (com as previsões a apontarem para uma baixa de 7% em 2016 para 1% em 2017) e a Under Armour (que deverá crescer 11% em 2017, face aos 22% de 2016) completam a lista.
5. Justin O’Shea lança marca própria
Justin O’Shea deixou os corredores da Brioni em outubro último, apenas seis meses depois de ter sido apontado como diretor criativo da casa de alfaiataria italiana. Entretanto, o buyer que se tornou influenciador e, depois, designer, já está concentrado no seu próximo papel: O’Shea revelou recentemente estar a trabalhar numa marca própria de streetwear de luxo, batizada SSS World Corp e com estreia agendada para a primavera-verão 2018, durante a semana de moda masculina de Paris. De acordo com a informação avançada pelo portal Business of Fashion, a marca terá uma gama de preços do segmento de luxo, que O’Shea descreve como sendo ligeiramente inferior ao da Acne Studios, e será esteticamente alinhada com as propostas da Off-White, Gosha Rubchinskiy e Vetements. A coleção da SSS World Corp irá incluir outerwear, alfaiataria, camisas, t-shirts, calçado e até joalharia. «Veja-se o que Demna [Gvasalia] está a fazer na Vetements, a marca faz o que quer e está a pavimentar o caminho porque segue uma trajetória própria», apontou O’Shea. «Essa [atitude] está a faltar no vestuário masculino, se compararmos com o feminino, e foi aí que encontrei a minha relevância», explicou.
6. Novo Apple Watch poderá dispensar o telemóvel
Dois anos após o lançamento oficial do Apple Watch, a terceira geração de smartwatches da marca pode ter uma entrada para um cartão SIM, de acordo com as notícias de vários websites dedicados a tecnologia. A vantagem de um smartwatch com um cartão SIM 4G é que o torna completamente autónomo e sem a necessidade de ter por perto um telemóvel. O cartão SIM torna possível comunicar (telefonar e enviar SMS ou MMS), assim como fazer a ligação à Internet com 3G ou 4G. Se a Apple der esse passo, referem os especialistas, estará a seguir uma tendência geral. A mais recente versão do Android Wear, que é o sistema operativo usado na maior parte dos dispositivos rivais do Apple Watch, consegue agora gerir autonomamente apps que pode ser instaladas diretamente no relógio e já não necessitam de um smartphone para operar. Isso levou vários produtores a oferecerem smartwatches com um cartão SIM e conectividade 4G. Alguns dos exemplos incluem o LG Watch Sport, o LG Watch Style e o Huawei Watch 2.