- Robots substituem humanos
- Imauve com morada digital
- Pele e joalharia em exposição
- Uniqlo recruta J. W. Anderson
- Online explode na Índia
- Zona Euro perde confiança económica
1. Robots substituem humanos
Os robots e computadores inteligentes não estão apenas a ameaçar os empregos dos trabalhadores das cadeias de fast-food e podem substituir até metade da força de trabalho dos EUA nas próximas duas décadas, de acordo com um estudo da Universidade de Oxford. A instituição de ensino identificou mais de 700 postos de trabalho ameaçados face à massificação da automação. Entre os trabalhos em risco destacam-se alguns voltados para o serviço e apoio ao cliente, como rececionista e barman, mas também profissões aparentemente mais criativas, como jornalistas, músicos ou chefs de cozinha. Alguns empregos da área financeira e jurídica também têm a sua morte anunciada pelo estudo da Universidade de Oxford, nomeadamente técnicos de gestão de crédito, assistentes jurídicos, conselheiros jurídicos e advogados. Os serviços até aqui garantidos por comerciais, motoristas e seguranças também deverão ficar nas mãos dos robots.
2. Imauve com morada digital
Há uma nova marca nacional, exclusivamente dedicada ao guarda-roupa feminino, à venda entre cliques. Desde a semana passada é possível comprar a coleção estreia da Imauve, batizada “Debut Collection”. Segundo Inês de Oliveira, fundadora e diretora criativa da Imauve, «a marca foi pensada com uma estratégia essencialmente digital, focada na internacionalização», mas também reconhece a importância de estar presente em espaços físicos em Portugal, «sobretudo porque a produção é nacional», sublinha. As primeiras propostas da Imauve têm como pilares «um conjunto de essenciais em qualquer guarda-roupa feminino», isto é, o blazer, a camisa branca, as calças clássicas e a gabardina, depois complementadas com algumas sugestões «mais divertidas», como vestidos e tops coloridos em seda pura, um colete com lapela larga que pode ser usado como vestido, culottes e um vestido comprido. O leque de preços oscila entre os 140 e os 455 euros. Para a fundadora da marca sediada em Lisboa, os traços distintivos da Imauve são a criteriosa seleção de matérias-primas e a confeção 100% portuguesa. A primeira coleção tem como base teórica a obra do artista plástico Frank Stella e, «se por um lado, a coleção é marcada pela utilização de linhas retas, vértices e polígonos irregulares, por outro, denotam-se referências mais orgânicas pela justaposição de semicírculos e formas curvilíneas, numa linguagem pictórica orientada pela cor», revela Inês de Oliveira. A par do portal de comércio eletrónico, a coleção estará disponível nas lojas multimarca The Feeting Room, em Lisboa e no Porto.
3. Pele e joalharia em exposição
O Palácio Pombal, em Lisboa, tem patente a exposição “O mais profundo é a pele”, que inclui joalharia medicamente prescrita desenvolvida pela designer portuguesa Olga Noronha, uma peça de Jean-Paul Gaultier e a coleção de pele humana tatuada (1910-1940) do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses português. A mostra, organizada pelo MUDE – Museu do Design e da Moda, Coleção Francisco Capelo e pelo Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, integra a programação “MUDE Fora de Portas” e está à espera de visitantes até 25 de junho. A diretora do MUDE, Bárbara Coutinho, afirmou em comunicado que os visitantes da exposição “O mais profundo é a pele” podem «conhecer uma coleção de particular valor museológico e científico, ao mesmo tempo que podem sentir a vivência dos bairros típicos de Lisboa durante as primeiras décadas do século XX, em que a tatuagem se misturava com a marginalidade, a prostituição, o fado, a marinhagem».
4. Uniqlo recruta J. W. Anderson
A Uniqlo anunciou que a próxima colaboração da marca será assinada com o designer Jonathan Anderson e terá como alvo a linha LifeWear. O atual diretor criativo da casa Loewe vai desenvolver peças masculinas e femininas para o outono-inverno 2017/2018, que vão estar disponíveis online e nas lojas físicas da Uniqlo espalhadas pelo mundo. O galardoado designer não é, contudo, um elemento estranho no campo das parcerias, tendo colaborado em coleções cápsula e exposições com nomes como o rapper A$AP Rocky, o editor Luis Venegas, o fotógrafo Ian David Baker e a artista de cerâmica Joanna Wason, entre outros. «As colaborações são incrivelmente importantes no design», afirmou Anderson em comunicado. «Quando penso na Uniqlo, penso em coisas que são bem feitas, que as pessoas passaram muito tempo a planear, é um trabalho difícil e acho que a Uniqlo faz isso muito bem», acrescentou. Já Yuki Katsuta, vice-presidente e responsável de pesquisa e design da Fast Retailing, empresa-mãe da Uniqlo, explicou que «em parceria com J.W. Anderson, uma das marcas mais inovadoras e criativas da Grã-Bretanha, vamos explorar as tradições, enquanto perseguimos o progresso em designs e tecidos, para criar estilos que são duradouramente atraentes».
5. Online explode na Índia
A Índia, país que alberga um mercado de comércio eletrónico em rápido crescimento, deverá ter o equivalente a 30 mil milhões de dólares (aproximadamente 27,9 mil milhões de euros) do mercado de moda influenciados pelo digital até 2020, garante o “Fashion Forward 2020”, relatório promovido em conjunto pelo Boston Consulting Group e pela rede social Facebook. Hoje, entre 7 mil milhões e 9 mil milhões de dólares do mercado de moda indiano (avaliado em 70 mil milhões de dólares) são influenciados pelo digital, com os números a quadruplicarem até 2020. O comércio móvel deverá também aumentar, uma vez que 85% dos consumidores de moda online preferem comprar no smartphone do que em qualquer outro dispositivo. A moda é a porta de entrada online para os consumidores, com 30% dos novos consumidores a iniciarem as suas compras no ciberespaço via vestuário ou calçado. O comércio eletrónico de moda já representa cerca de 4% do mercado de moda total, comparável às vendas físicas (3,15%). Os novos consumidores deverão garantir 40% do crescimento. Em 2020, o consumidor deixará de ser o típico homem jovem e quase metade da base de consumidores será garantida por mulheres, segundo Rohit Ramesh, sócio e diretor administrativo do The Boston Consulting Group na Índia. Os descontos podem conduzir os consumidores online atuais, mas os novos consumidores vão olhar para além disso, sendo impulsionados pela variedade e conveniência. «Este relatório estabelece o papel fundamental do digital na indústria da moda, uma tendência que não se limita às zonas urbanas e está a espalhar-se por vários segmentos geográficos e demográficos. Até 2020, 33% de todos os consumidores de moda urbana vão comprar online, o que significa que para um país móvel como a Índia, assistiremos a um grande número de compras no telemóvel», resumiu Umang Bedi, diretor da Facebook India & South Asia. O digital está agora a emergir como um canal significativo para a descoberta, investigação e compra de acordo com o relatório. Os consumidores passam cada vez mais tempo online, com 24% a fazerem transações exclusivamente online e 25% a pesquisarem online e a comprarem depois offline.
6. Zona Euro perde confiança económica
A confiança económica da Zona Euro diminuiu em março, de acordo com os resultados de um estudo da Comissão Europeia. O índice de sentimento económico baixou ligeiramente para 107,9 em março, em comparação com 108,0 em fevereiro. As expectativas eram de um aumento para 108,3. O índice de confiança industrial também caiu ligeiramente, de 1,3 para 1,2. Os analistas antecipavam uma melhoria para 1,4. Este registo quase estagnado deveu-se à avaliação semelhante para todas as questões que integram o indicador, nomeadamente no que diz respeito ao nível atual de encomendas, stocks de produtos acabados e expectativas para a produção. Já a confiança dos consumidores melhorou para -5, em linha com as estimativas, em comparação com -6,2 em fevereiro. A confiança dos consumidores aumentou tendo em conta expectativas mais positivas para a situação económica no futuro, emprego e maiores poupanças. Já o índice de confiança no retalho manteve-se estagnado em 1,8. Um outro estudo na UE revelou que o índice de confiança nos negócios manteve-se inalterado em 0,82 no mês de março.