Breves

  1. Wal-Mart cria 10.000 empregos em 2017
  2. Miranda Kerr lança coleção de jeanswear
  3. Britânicos foram às compras na Internet
  4. BCBG Max Azria prepara reestruturação
  5. Lenço especial combate poluição
  6. Fast Retailing aumenta vendas e lucros

1. Wal-Mart cria 10.000 empregos em 2017

O Wal-Mart Stores anunciou que vai criar cerca de 10 mil postos de trabalho nos EUA este ano, a somar à força de trabalho de 1,5 milhões de pessoas que já tem no país, através da abertura ou remodelação de 59 lojas e investimentos no negócio de comércio eletrónico. O número de empregos criados é consistente com os anos anteriores, indicou Lorenzo Lopez, porta-voz do Wal-Mart, o maior retalhista e empregador privado dos EUA. A retalhista está a planear investir 6,8 mil milhões de dólares (6,35 mil milhões de euros) nos EUA no próximo ano fiscal, o que, segundo o Wal-Mart, deverá apoiar cerca de 34 mil postos de trabalho. Várias empresas anunciaram planos para criar empregos nos EUA desde a vitória de Donald Trump nas eleições.

2. Miranda Kerr lança coleção de jeanswear

Miranda Kerr desvendou a sua primeira coleção de denim. A modelo, agora designer, fez uma parceria com a marca Mother, sediada em Los Angeles, para uma coleção-cápsula de 12 peças de edição limitada, com parte dos lucros a serem doados para caridade. A coleção “MirandaxMother” incorpora o estilo relaxado californiano da marca, com o visual de modelo fora das horas de trabalho que Kerr aperfeiçoou ao longo da sua carreira, incluindo um jumpsuit em denim e calções, assim como jeans com perna a abrir, jeans justos pelo tornozelo e uma saia com botões. Miranda Kerr usou o Instagram para partilhar algumas fotos vestida com peças da coleção com os seus 10,5 milhões de seguidores, combinando as peças com acessórios divertidos como botas metalizadas e óculos de sol retro. Parte dos lucros da coleção MirandaxMother serão entregues à The Royal Women’s Hospital Foundation, uma fundação sediada na Austrália que presta cuidados a bebés prematuros e suas famílias, através de equipamentos. Embora esta seja a maior colaboração na moda de Kerr até agora, a modelo já fez algumas incursões anteriores em projetos de design de moda, com uma carteira desenhada para a Samantha Thavasa e porcelanas para a Royal Albert.

3. Britânicos foram às compras na Internet

Os consumidores britânicos gastaram online 133 mil milhões de libras (154,4 mil milhões de euros) no ano passado, mais 16%, ou 18 mil milhões de libras, do que em 2015, de acordo com a pesquisa da IMRG e da Capgemini. O valor excedeu as previsões iniciais, que antecipavam um aumento de 11%, com a IMRG e a Capgemini a prever que o retalho online vai registar mais um aumento de 14% este ano. Só entre 13 de novembro e 24 de dezembro, foram gastos cerca de 25 mil milhões de libras, embora o número não mostre quanto é que se perdeu com devoluções. A IMRG e a Capgemini atribuíram a forte performance no ano passado às vendas através de smartphones. Só em dezembro, as vendas feiras em smartphones subiram 47% em termos anuais, com as vendas realizadas em tablets a descerem 3% em termos anuais. Os smartphones também representaram 54% das vendas de dispositivos móveis no mês passado, um aumento de 39% face ao ano anterior. Os tablets representaram mais 46% em vendas online em dezembro. Por sector, os acessórios e a lingerie registaram o maior aumento nas vendas online em 2016 – mais 38% e 33%, respetivamente. Seguiram-se os artigos de oferta, com mais 26%, e o calçado, com mais 21%, todos eles com crescimentos superiores à média. «2016 foi um ano turbulento com várias previsões para o retalho a irem contra o status quo. No entanto, ainda foi um ano recorde para as vendas online», indicou o consultor de envolvimento do consumidor no retalho da Capgemini, Bhavesh Unadkat, acrescentando que apesar da incerteza económica devido ao progresso e impacto do Brexit, estava seguro que 2017 será «mais um não recorde para as vendas online». O diretor-geral da IMRG, Justin Opie, sublinhou dois elementos essenciais para este desenvolvimento: «o primeiro é que a Black Friday se tornou um evento online em 2015 e isso parece ter tido um efeito duradouro no comportamento de compras e preferências das pessoas – o nosso índice registou um forte crescimento nas vendas online desde esse dia. O segundo é que as vendas através de telemóveis continuam a crescer a um ritmo muito rápido, que está a aumentar o tempo e os locais em que as pessoas podem pesquisar e envolver-se com os retalhistas online».

4. BCBG Max Azria prepara reestruturação

O grupo BCBG Maz Azria está a explorar opções para fechar algumas das suas lojas e impulsionar a oferta online na reestruturação. «Tal como muitas outras grandes marcas, a BCBG tem sido afetada negativamente pelo crescimento das vendas online e mudanças nos padrões de compra dos consumidores e, como resultado, tem uma pegada no retalho físico demasiado grande», afirmou o porta-voz da BCBG, Seth Lubove, ao site TheStreet. O porta-voz confirmou que vai mudar o foco do retalho físico para o comércio eletrónico através de uma reestruturação. A retalhista de vestuário de senhora, fundada por Max Azria, opera mais de 570 lojas em todo o mundo, com mais de 175 localizadas nos EUA.

5. Lenço especial combate poluição

Com muitas cidades a registarem níveis de poluição demasiado elevados, o Wair é uma alternativa com estilo às máscaras cirúrgicas. Há dois anos, numa das suas deslocações diárias de bicicleta em Paris, Caroline van Renterghem teve de parar por estar com dificuldades em respirar. Apesar das tentativas agressivas da cidade de diminuir o smog – desde proibições à circulação automóvel até incentivos ao aluguer de veículos elétricos – a poluição em Paris muitas vezes atinge níveis inseguros, tornando difícil andar de bicicleta. Daí surgiu a ideia do Wair, um lenço que tenta dissimular um dispositivo de filtração de ar. «Ela tentou usar todo o tipo de máscaras que não eram confortáveis nem bonitas de forma alguma. E ao aprender um pouco mais, também descobriu que eram muito ineficientes. A maior parte não filtra as micropartículas que são os elementos mais perigosos da poluição atmosférica», explica Bénédicte Viseux, diretora de comunicação da Wair. O lenço, que pode ser carregado através de USB, comunica com uma aplicação que sugere as rotas menos poluídas para os ciclistas e peões. Quando os níveis de poluição atmosférica ficam muito altos, a app envia um aviso para subir o lenço. Escondida dentro do lenço, uma pequena turbina sopra ar através de um filtro que pode apanhar virtualmente todas as micropartículas. O lenço pode também ser usado no metro para proteger alguém dos germes. «Acreditamos que o estilo é importante quando se encoraja as pessoas a protegerem-se», afirma Viseux. «Se essas máscaras antipoluição fossem mais estéticas, as pessoas usá-las-iam mais frequentemente», resume.

6. Fast Retailing aumenta vendas e lucros

A japonesa Fast Retailing Co registou um aumento de 45%, para 69,7 mil milhões de ienes (cerca de 573 milhões de euros), no lucro líquido do trimestre terminado a 30 de novembro, ajudado por sólidos resultados em algumas operações no estrangeiro e reduções de custos. A empresa, que detém a marca Uniqlo, indicou que o lucro operacional subiu 16,7%, para 88,59 mil milhões de ienes, no período de três meses. As vendas cresceram 1,6%, para 528,8 mil milhões de ienes, com as vendas domésticas a subirem 3,4%, compensando uma queda de 0,2% nas vendas internacionais. Em termos comparáveis, as vendas, incluindo online, registaram um crescimento de 2,5%, apesar das quebras registadas em setembro e outubro provocadas pelas temperaturas anormalmente altas. O negócio da Uniqlo no estrangeiro registou um aumento de 44,6% no lucro, para 30,1 mil milhões de ienes. As vendas internacionais foram particularmente fortes na China, no Sudeste Asiático e na Oceânia, revelou a empresa. O diretor financeiro Takeshi Okazaki atribuiu as vendas robustas na China à estratégia de marketing bem sucedida no país. A retalhista acrescentou que as primeiras duas lojas da Uniqlo no Canadá «tiveram um ótimo arranque» com vendas superiores ao esperado. Antecipando fortes vendas na Ásia, incluindo no Japão, China, Coreia do Sul e Sudeste Asiático, a Fast Retailing manteve a sua previsão para o atual ano fiscal, que termina a 31 de agosto, esperando um aumento das vendas de quase 4%, para 1,85 biliões de ienes, e a duplicação do lucro líquido, para 100 mil milhões de ienes.