Breves

  1. Under Armour duplica receitas
  2. Vendas online disparam na China
  3. Galerias Lafayette de cara lavada
  4. Os desafios do omnicanal nos EUA
  5. Comércio eletrónico: negócio de milhões
  6. Semana da Moda aquece economia nova-iorquina 

1. Under Armour duplica receitas

A Under Armour espera duplicar as suas receitas nos próximos três anos, fixando a meta de crescimento em 7,5 mil milhões de dólares. Kevin Plank, CEO da marca, antecipa que 15% da receita seja proveniente de mercados internacionais em 2018, superando os 12% atuais. A Under Armour é uma «empresa em crescimento, sem planos de abrandar», afirmou Plank. A segunda maior empresa de vestuário e equipamento desportivo dos EUA, superada apenas pela Nike, projeta a obtenção de 3,84 mil milhões de dólares em receitas em 2015, estimando uma ampliação para 7,5 mil milhões de dólares em 2018. Plank referiu ainda que, em 2005, a empresa não detinha presença no segmento de calçado, mas possui atualmente 40% de quota de mercado, como número dois dos Estados Unidos e alcançará a meta de 30 milhões de pares de sapatos este ano. A Under Armour anunciou também a extensão do seu contrato com o jogador mais valioso da NBA, Stephen Curry, um dos atletas mais estreitamente associados à imagem da marca. Plank revelou que a empresa pretende expandir a sua plataforma de fitness, utilizada por mais de 130 milhões de pessoas. A Under Armour lançou o seu próprio aplicativo de fitness, UA Record, no ano passado, e adquiriu os aplicativos de fitness MapMyFitness, Endomondo e MyFitnessPal.

2. Vendas online disparam na China

As vendas de comércio eletrónico chinesas cresceram 48,7% no primeiro semestre do ano, fixando-se em 252,8 mil milhões de dólares, impulsionadas pelas compras on-line transfronteiriças. As vendas a retalho online foram responsáveis por 11,4% do total das vendas de bens de consumo na China, de acordo com o último relatório do Centro de Investigação de e-Business chinês, registando um crescimento anual de 31%. O número de compradores online também aumentou 19,1%, fixando-se em 417 milhões de euros, até ao final de junho. Sobre o futuro, Mo Daiqing, analista do centro de pesquisa, disse que a atividade de comércio eletrónico transfronteiriça continuará a impulsionar o crescimento do sector e que o comércio eletrónico rural se tornará «no próximo campo de batalha» para os gigantes no mundo digital.

3. Galerias Lafayette de cara lavada

Os grandes armazéns parisienses preparam a renovação da sua principal loja, localizada na Boulevard Haussmann, no próximo ano, e pretendem inaugurar mais sete lojas no exterior até 2020. A atualização das Galerias Lafayette em Haussmann integra a estratégia de melhoramento do perfil da marca, não apenas entre os turistas, mas pretendendo também atrair mais locais. Estes planos serão incluídos no orçamento anual de gastos de capital de 100 milhões de euros. A renovação incluirá um novo logotipo, com o nome da cadeia em letras pretas, que se assemelham a pinceladas de pintor, que pretende evocar a «energia criativa», a par do seu novo slogan, “Le nouveau chic” (o novo chique, em português). Ambos serão lançados nos media e nas 64 lojas da retalhista francesa durante os próximos meses. Nicolas Houze, diretor da divisão dos grandes armazéns, revelou que a empresa tem, paralelamente, o objetivo de impulsionar as vendas de comércio eletrónico, fixando-as em 10% do volume de negócios do grupo até 2020, face aos 2% atuais. O retalhista, que é proprietário de lojas internacionais em Berlim, Casablanca, Jacarta, Dubai e Pequim, planeia inaugurar novos espaços em Milão, Doha e Istambul até 2018.

4. Os desafios do omnicanal nos EUA

A transformação das empresas em operações omnicanal está a revelar-se uma etapa difícil para diversos retalhistas americanos. De acordo com uma pesquisa e relatório do HRC Advisory, uma unidade da Hilco Global, embora os retalhistas estejam a «trabalhar arduamente para transformar as suas redes de aprovisionamento num modo omnicanal, centrado no cliente, 80% não estão preparados para a magnitude da mudança necessária». «Devoluções dispendiosas online, canibalização de vendas e sistemas ultrapassados em loja são alguns dos desafios que restringem os retalhistas», apontou a análise. Dos retalhistas inquiridos, 95% afirmaram que o seu maior desafio se prende com a «mitigação das devoluções online, que podem chegar aos 30% e são muito dispendiosas para um retalhista». Em relação à canibalização, 75% dos retalhistas consultados referiram que «algumas das suas vendas de comércio eletrónico» corroem as vendas em loja. Quando se trata de obter lucro, são revelados mais desafios. «Embora as taxas de crescimento das vendas de comércio eletrónico sejam, frequentemente, 10% a 15% maiores do que as taxas de crescimento das lojas físicas, 70% dos retalhistas ainda se debatem com o desenvolvimento de um modelo de negócio rentável para o comércio eletrónico, mantendo a rentabilidade em loja aceitável», observa o relatório. A pesquisa sugere também que a integração completa das funções de inventário entre a loja e o canal on-line é essencial. Mas mais da metade dos retalhistas consultados reconheceu que «não dispõem dos sistemas corretos que permitem fornecer a visibilidade necessária ao inventário em cada loja». No entanto, mostram-se comprometidos com esta abordagem e 60% irá «investir nos seus sistemas de comércio eletrónico, de modo a proporcionar uma melhor experiência ao cliente».

5. Comércio eletrónico: negócio de milhões

A expansão do comércio eletrónico aos não-falantes de inglês na Índia representa uma oportunidade de mercado inexplorada, avaliada em 800 milhões de dólares, ou 15% da receita gerada pelo segmento em 2014, segundo um estudo da empresa de consultoria EY. A percentagem de utilizadores de internet que podem ser captados na Índia é a terceira maior, apenas superada pela China e pelos EUA. A Índia deverá superar os EUA, tornando-se no país com a segunda maior base de utilizadores de internet em 2015. A Índia tem, também, a maior proporção de utilizadores de internet entre as idades de 15 e 35 anos entre os países BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). Embora poucas mulheres se encontrem on-line na Índia, em comparação com os outros países do BRIC, o crescimento do sector depende de outros aspetos do ecossistema. A Índia tem uma velocidade média de conexão de dados de 2 Mbps, em oposição ao Brasil, com 3 Mbps, China e Rússia, com 3.4 Mbps e 9 Mbps, respetivamente. E a penetração do cartão de crédito é de 4%, em comparação com 32% no Brasil, revelando que o ecossistema de comércio eletrónico da Índia é o menos maduro das nações do BRIC. O sector de e-tail deverá crescer à medida que o número de compradores on-line e a média de gastos aumentam proporcionalmente. Atualmente, apenas 14% dos utilizadores de internet na Índia efetuam compras on-line, face aos 30% a 35% no Brasil e Rússia e 55% na China.

6. Semana da Moda aquece economia nova-iorquina

A Semana da Moda de Nova Iorque é um motor essencial para a economia da cidade, gerando quase 900 milhões de dólares para a região metropolitana, superando, desta forma, o US Open (800 milhões de dólares), o evento desportivo anual Super Bowl (550 milhões de dólares no ano passado) ou a maratona de Nova Iorque (440 milhões de dólares) . Em acréscimo, Nova Iorque lidera a indústria da moda dos EUA, empregando 180 mil pessoas apenas nos cinco distritos da cidade. «A indústria da moda dá trabalho a um número substancial de nova-iorquinos – não é apenas brilho e glamour», afirmou a representante dos EUA, Carolyn B. Maloney, citando o relatório atualizado recentemente pelo Comité Económico do congresso nacional, “O Impacto Económico da Indústria da Moda”. «Admito que, quando solicitei este relatório, fiquei admirada com o impacto económico da semana de moda e o impacto da moda em geral, especialmente em termos dos diversos postos de trabalho bem remunerados, de classe média, para americanos», explicou Maloney.